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terça-feira, 8 de abril de 2014

ENCICLOPEDIA DO CONDUTOR


Alterações tuning são legais?

 

Tal como em muitos países da Europa, também em Portugal a moda do tuning quando chegou, pegou de estaca. Muitos foram os proprietários de automóveis que deram inicio a uma vertiginosa epopeia de alterações aos seus veículos, procurando sempre uma personalização do mesmo ou a garantia que a força e a velocidade era algo que passaria a estar presente.

Se é verdade que existe uma enorme diferença entre os Tuning e os Street Racer, até porque não gostam muito ou mesmo nada serem confundidos uns com os outros, não é menos verdade que aos olhos do comum mortal eles se confundem e fundem, uma vez que os Tuning também disputam a força e velocidade entre as suas viaturas, normalmente em espaço fechado, assim como os Street Racer efetuam alterações nas suas viaturas.

Sem que pertençam a algum grupo Tuning ou se associem aos grupos secretos de Street Racer que efetuam corridas na via publica a altas horas da noite, muitos são os condutores que efetuam alterações nos seus automóveis, ou porque o querem personalizar de uma forma mais suave ou porque foram informados por alguém que adquiriam maior segurança se efetuassem a alteração A ou B.

Um país de legislação

Mas, uma vez que Portugal é o país das Legislações, Decretos e Regulamentos, terá de se ter atenção às alterações que se efectuam, uma vez que muitas delas, grande parte, necessitam de autorização do Instituto de Mobilidade Terrestre – IMT e de uma inspeção extraordinária que comprove a homologação do sistema, componente, estrutura, carroçaria ou motor.

Segundo o artigo 114º do Código da Estrada, os equipamentos, sistemas, componentes e estruturas devem estar de acordo com as regras estabelecidas em regulamentação especifica. Se tal não acontecer, ou seja, se houver fabricantes ou vendedores com equipamentos não aprovados, a coima aplicável pode ir até aos 6.000 euros, assim como podem ser autuados com uma coima até aos 1.250 euros os proprietários que efetuem alterações ilegais ao seu veículo. Para além da coima, estes últimos ainda verão o seu veículo apreendido até que este seja aprovado em inspeção extraordinária.

 Proteção das marcas

Um adepto do Tuning, a titulo de exemplo, gosta de personalizar a sua viatura para que marque a diferença entre os seus pares. Uma dessas transformações passa pela pintura da carroçaria, a qual por vezes implica a utilização de tintas especiais, com a introdução de imagens, sejam elas concretas ou abstratas. Muitas vezes nesse conceito de cores não se encaixa o simbolo da marca do automóvel, sendo este retirado. Com a entrada em vigor do novo Código da estrada, fica proibida a retirada dos símbolos da marca, estando o proprietário do automóvel sujeito a uma coima de 250 euros.

Se consultarmos o sitio na internet do IMT, poderemos consultar um conjunto de alterações aprovadas mediante o respeito a uns determinados pressupostos. Entre outros, a adaptação de veículos para pessoas com deficiência, eliminação de Airbag no lugar do passageiro à frente, carroçaria, películas de escurecimento de vidros, instalação de catalisadores, substituição do motor, etc…

 

Homologação de componentes

A homologação dos componentes que vão ser introduzidos no veículo faz-se em duas fases; A aprovação do acessório e a aprovação da instalação do mesmo na viatura. Pretende-se com isso garantir a segurança rodoviária que o mesmo implica, assim como os níveis de regulamentados direcionados com a qualidade e proteção ambiental.

No entanto, algumas são as alterações que se podem efetuar sem que haja necessidade de solicitar autorização ao IMT ou estar sujeito a uma inspeção extraordinária. Ainda assim, na dúvida, deveremos sempre consultar este instituto, no sentido de garantir que o que se está a alterar está de acordo com as alterações regulamentadas; Lâmpadas, pneus, buzina, espelhos, áudio, cintos de segurança, espelhos retrovisores, chapas de matricula entre outros.

Saude e carta

A obtenção da carta de condução tem um requisito muito simples: que tenhamos boa visão, boa audição, um mínimo de reflexos e que possamos mover-nos com desenvoltura para conduzir o veículo. Se nos faltar algum dos parâmetros referidos, a autoridade de saúde dirá que não estamos aptos para a condução e informará o IMT desta circunstância.

Os métodos utilizados pela autoridade de saúde são muitas vezes objeto de críticas pela sua simplicidade. Duvida-se dos critérios empregues e inclusivamente da eficácia destes exames. O certo é que quando um condutor perde temporariamente as suas capacidades psicofísicas dificilmente o admite abertamente e mais dificilmente deixará o seu automóvel quieto e utilize o autocarro.

É curioso quando dizemos, por um lado, que os exames da autoridade médica são muito simples e pouco exigentes e, por outro lado, desvalorizemos quando temos um impedimento que não nos permite movermo-nos convenientemente.

As fraturas necessitam de um demorado processo de cura durante o qual tem que permanecer imóvel a zona afetada. Este processo pode prolongar-se devido às complicações do próprio traumatismo ou por outras causas.

A imobilização e o repouso são a melhor receita para a reparação dos ossos e dos tecidos. Se se descura esta fase, o processo de cura pode prolongar-se mais.

Outro ponto que caracteriza as fraturas é a dor que sofre a pessoa afetada. A dor pode aliviar-se com analgésicos embora o natural para uma pessoa que sofreu uma fratura seja buscar continuamente a posição que mais acalme o sofrimento.

Todos estes pontos fazem com que a condução seja uma atividade incompatível com o facto de ter um osso fraturado.

Saúde e condução, um binômio de segurança


Do ponto de vista da saúde, a condução obriga o condutor a mexer-se dentro do habitáculo: a sentar-se, a mexer nos comandos, a observar um e outro lado do veículo… Ainda que não sejam comparáveis com os movimentos necessários para disputar uma partida de futebol, a condução não é de forma alguma equiparável ao repouso, que é a forma ideal para que se produza a regeneração dos tecidos magoados.

Do ponto de vista da segurança rodoviária, conduzir com um osso fraturado tem várias implicações. A mais evidente é a falta de mobilidade. Se quando fazemos o exame médico que nos habilita a conduzir nos apresentarmos com um braço engessado, não seriamos considerados aptos. É muito simples: se não nos conseguimos mover, não podemos conduzir.

Outro ponto em que se tem que ter em conta é o tratamento da dor. Se se fizer com analgésicos, e estes não serão um simples paracetamol mas sim poderosos fármacos que além de acalmar a dor, acalmam todo o sistema nervoso, com o perigo óbvio para a perda de reflexos por parte do condutor. Por outro lado, a procura de uma posição que acalme a dor pode distrair o condutor daquela que tem que ser a sua atividade principal quando não única: conduzir.

Qual é então a alternativa? Em primeiro lugar há que pensar que a melhor forma de prejudicar um tratamento e atrasar a recuperação é interrompê-lo. Conduzir pressupõe interromper o tratamento de uma fratura. Assim, qualquer alternativa será preferível a eternizar um processo que já é longo por natureza: transportes públicos, a ajuda de um familiar ou conhecido ou simplesmente o repouso uma vez que todas as coisas perdem a sua importância quando as comparamos com o nosso estado de saúde.

O volante

De certeza que há muita gente a pensar assim quando lê o título deste artigo. E, apesar de parecer uma piada, não o é: saber manejar o volante significa, antes de mais, comodidade e, em segundo lugar, segurança. Basta apenas sentar-se ao lado de um piloto profissional e prestar muita atenção ao seu jogo de mãos, à forma como não se atrapalham ou entrecruzam para mexer no rádio, à forma como ele segura o volante… Esqueçamos todos os nossos vícios e costumes e reaprendamos a segurar e utilizar correctamente o volante.

Quanto à posição correcta das mãos, não há dúvidas, é claro para toda a gente. Devem posicionar-se entre as dez para as duas e um quarto para as três. Actualmente, a maioria dos estudos e dos pilotos profissionais tem optado exclusivamente pela posição das dez e dez.

Para conseguir perceber se chegamos ao volante de forma correcta, sem nos cansarmos e de maneira a termos mais estabilidade, devemos unir os pulsos e colocá-los na parte superior da circunferência do volante, sem que para isso tenhamos que afastar as costas do banco. Depois, as nossas mãos devem descair ligeiramente na circunferência do volante mas sempre mantendo as costas apoiadas no banco.


Na altura de segurar o volante há algo a que quase ninguém presta atenção e muita gente nem sequer sabe: como colocar os dedos polegares. Estes devem permanecer do lado de fora, apoiados por cima do círculo do volante e, em caso algum, devem ser virados para o lado de dentro. Isto é importante porque no caso de um embate forte, a coluna de transmissão da direcção passará aos dedos as vibrações do terreno, provocando lesões mais graves ou entorses. Além disso, com a forma correcta dos dedos, ganharemos velocidade no manejo do volante para mudar de direcção já que mantemos sempre um apoio mas não um travão.

Sendo assim, se conhecemos a postura correcta para o posicionamento, porque é que quando arrancamos começamos logo a rodar o volante de forma incorrecta e largamos as mãos? Não só aquela é a forma mais eficaz para controlar o carro como é a única pensada para garantir a segurança. Na posição certa, o airbag não pode causar-nos lesões graves e os nossos braços mover-se-ão a nosso favor em caso de colisão, suportando grande parte do choque e mantendo-nos no nosso lugar. Por isso, a consciencialização e o reacostumar o nosso corpo a esta postura deve ser a nossa primeira preocupação.

Nas curvas ligeiras

Quando estamos a fazer curvas cujo o ângulo é amplo, por exemplo quando estamos numa auto-estrada, não é necessário tirar as mãos do volante em nenhuma ocasião. Durante a curva, no entanto, é normal que as nossas mãos não permaneçam precisamente na posição das dez para as duas, elas podem chegar às nove ou às três em ponto, oito e cinco ou algo semelhante. É fundamental rodar o volante com ambas as mãos, apesar de ter que haver uma delas que solta um pouco o volante (a do lado da curva), enquanto a outra o roda.

Nas curvas fechadas e com pouco ângulo

Nestes casos, as mãos devem deslocar-se no volante mas nunca largá-lo completamente. A melhor maneira de explicar isto, é exemplificar-vos com uma situação real. Por exemplo, vamos imaginar que estou a fazer uma curva ao lado esquerdo:

1.             Apercebemo-nos da curva e preparamos o carro para a ultrapassar e começamos a mover as mãos, que até agora estavam posicionadas na posição das dez e dez.

2.             Deixamos de fixar o volante com a mão esquerda, mas não a separamos do volante. Pomos essa mão de forma a marcar a posição das doze horas. Quando estiver no sítio certo, fixamos essa mão e é a vez de a mão direita afrouxar a pressão no volante. Nesta altura, a mão esquerda puxará o volante para baixo e a mão direita, sem fazer força, permanecerá no lugar correcto.

3.             Deve repetir-se o ponto número 2 tantas vezes quanto o necessário para rodar o volante. No entanto, não deve ser preciso mais do que uma vez (na condução defensiva e não em situações de desportos ou situações especialmente rápidas). Aqui, a mão esquerda tenderá a voltar à sua posição inicial, “às dez”, e, quando estamos dentro da curva, agimos como se estivéssemos a fazer uma curva suave.

4.             Depois de completar a curva, na hora de endireitar o volante, devemos fazer exactamente o que fizemos para preparar a curva mas trocando as mãos. A esquerda permanece na posição, apenas afrouxando a pressão, enquanto a mão direita subirá até às “doze” e puxará o volante tudo o que for necessário até ele ficar na direcção correcta. Assim, regressaremos à posição inicial e estamos prontos para prosseguir a marcha.

O fundamental desta forma de conduzir, baseia-se em dois princípios: uma das mãos permanece sempre na posição correcta e o volante deve ser rodado sempre a partir da sua zona mais alta.

Esta técnica aplica-se normalmente na condução desportiva e apresenta grandes vantagens se utilizada na condução diária apesar de inicialmente poder parecer de difícil execução ou mais lenta. É precisamente nisso, na rapidez e na capacidade de executar os movimentos correctamente e sem olhar para o volante, que demonstramos ser os melhores condutores, pelo menos a nível técnico.

Não é muito conveniente treinar esta técnica em estradas abertas ao trânsito. Normalmente ficamos nervosos e temos tendência a olhar para o volante em vez de olharmos para o que se passa à frente dele. Um volante de jogos de consola, uma bandeja ou um prato grande lá de casa ou então no nosso carro num descampado serão os melhores lugares. Mas é claro que se nada disto for possível, deve fazer-se numa estrada mas fechada ao trânsito. Quando ganharmos à vontade, aí sim, chega a altura certa de conduzir e pô-la em prática.

Nada de desanimares se no início fores muito lento ou te custar muito utilizar esta técnica. Talvez numa curva mais apertada precises de rodar o volante como fazias antes. O mais importante é a tua persistência e que percebas que conduzir desta forma de vai trazer grandes vantagens: comodidade, segurança e eficácia. E isto porque graças a um correcto manuseamento do volante, acabarás por controlar muito melhor a velocidade com que deves entrar e sair das curvas, entre outras coisas.

Obras na via

Portugal é um país onde se verificam muitas obras, das mais variadas intervenções, mas onde grande parte delas tem uma intervenção directa na via pública e faixa de rodagem. Intervenções estas que, também no nosso Portugal, dificilmente após a reparação existe um novo tratamento com qualidade e atempado, que coloque o espaço público, no minimo, como antes se encontrava.

No entanto, pior que essa realidade que só por si já não é boa, são as alterações violentas no pavimento que tantas vezes levam a que os condutores não se apercebam da violenta surpresa que os aguarda, levando a que o veículo sai danificado ou mesmo brutalmente acidentado com as consequências que daí possam advir.

Sinalizar adequadamente as obras


Quando se efetua uma intervenção na via pública que implique a condicionalidade da faixa de rodagem, berma ou passeio, para além daquilo que a legislação contempla, deverão as entidades responsáveis promover uma sinalização capaz de diminuir ou evitar que haja qualquer tipo de acidente rodoviário ou problemas à circulação dos veículos, mas também dos peões.

Para a segurança dos peões a legislação vigente impõe que seja criada uma zona de circulação, devidamente identificada e segura, sempre que as intervenções de obra impliquem que o passeio seja vedado à circulação dos peões. Esse corredor deverá estar devidamente sinalizado e delineado com material reflector.

Na faixa de rodagem, para que a segurança seja realmente eficaz, a sinalização deverá ser composta por sinais em boas condições, nomeadamente, de acordo com as dimensões e cores regulamentadas, para que os condutores os possam avistar e perceber atempadamente. Só desta forma se poderá optar por uma acção, pensada e enquadrada com a realidade envolvente.

Acontece que existe um mau hábito em Portugal de colocar a sinalização no local inadequado, uma vez que tantas são as vezes em que os condutores são surpreendido com sinalização colocada no local exato da ocorrência, o que leva a reações muitas vezes inapropriadas e outras tantas vezes sem distancia adequada a um bom resultado.

Seria importante que as entidades com competência para regular, fiscalizar ou orientar as obras na via e sinalização, tenham uma intervenção mais ativa, no sentido de se poder ter uma sinalização, ainda que temporária, que apresente boas condições e colocada no local e à distância certa. Se tal acontecer, irá diminuir-se bastante a taxa de sinistralidade registada junto a esses locais.

Ciclistas

Muito se tem falado e escrito sobre as novas regras de trânsito onde os ciclistas estão envolvidos, nomeadamente na sua prioridade sobre os demais condutores, algo que até então não estava previsto. No entanto, devemos ler e interpretar a legislação, no sentido de percebermos o que está realmente regulamentado.

Sabendo-se da importância da comunicação social na informação das pessoas, é fundamental que essa mesma comunicação social não desinforme quem procura o saber que lhe podem fornecer, nomeadamente falhando com pequenos pormenores que podem ter enormes consequências nefastas para a segurança rodoviária e seus intervenientes.

O direito de passar em primeiro


Sempre foi sabido que os ciclistas, erradamente, não eram utilizadores da via publica com direito de passagem em primeiro lugar, numa intersecção, em relação aos demais condutores, com excepção aos condutores de outros veículos sem motor.  Com a alteração às normas legislativas, coloca-se a questão “E agora, já têm?” A resposta é sim, mas com alguma atenção.

Com a entrada em vigor da actual legislação do código de estrada português, passou-se a publicitar que os ciclistas teriam novos direitos. Ora, não sendo de todo errado, não é completamente correto colocar a informação nestes termos. Ou seja, lendo e interpretando a lei, a verdade é que os ciclistas realmente têm o direito de passar em primeiro lugar, no entanto não sem antes verificarem se o podem fazer com a devida segurança.

Vamos tentar perceber de uma forma mais directa e simples. Se até então a ligação existente entre ciclovias e vias cicláveis através de marca horizontal (linhas) não estava regulamentada, agora está. Assim, sempre que um ciclista queira aceder a uma ciclovia ou via ciclável saindo de outra, tem prioridade equivalente a um peão quando este pretende atravessar a via utilizando a passadeira.

Contrariamente ao que acontecia até finais de dezembro de 2013, agora também os ciclistas têm prioridade de passagem nos cruzamentos ou entroncamentos não sinalizados, se se apresentarem pela direita de outro condutor. No entanto, e estando apenas o ciclista e um outro condutor de veículo sem motor (veículo tracção animal) e estando este pela direita, deverá o ciclista ceder-lhe passagem.

Se é verdade que esse direito adquirido é um principio de elevado valor para o ciclista, não é menos verdade que o grande problema prende-se na forma como esta alteração foi noticiada, quase que dando um direito absoluto ao ciclista. Depois existe ainda uma condicionante; Uma vez que esta é uma lei feita, essencialmente, para as grandes cidades, uma vez que os meios mais pequenos ou não se encontram equipados com ciclovias ou vias cicláveis, ou não têm uma rede activa, ou simplesmente não pintam, as autarquias, as linhas indicadoras de ligação entre ciclovias ou vias cicláveis.

Outro grande problema é a questão da formação. Não basta publicitar um conjunto de direitos e nada mais. muitos são os ciclistas que apenas escutam o que lhes convém, adaptando uma interpretação informal e passam a optar por comportamentos inapropriados, sem cuidados e regra que vise uma postura rodoviária positiva.

Uma responsabilidade civil segura


É verdade que algumas alterações são uma conquista  de direitos para quem é ciclista. Mas não se pode cair no esquecimento que tal responsabilidade evoca. Se é atribuído um direito, paralelamente deverá ser atribuída uma responsabilidade. Responsabilidade essa que seja, tal como acontece com os restantes veículos motorizados, garantida por uma companhia de seguros, através de um seguro de responsabilidade civil. Afinal, caso exista um sinistro com culpa do ciclista, haverá que garantir a reparação dos estragos provocados a terceiros

Mobilidade urbana

A nossa capacidade de deslocarmo-nos nas grandes cidades é cada vez mais difícil, em especial em locais onde a densidade urbana é elevada, ou nos casos onde esta ocorreu de forma desordenada, impedindo o planeamento e a criação de infraestruturas adequadas.

A mobilidade urbana é a capacidade de levar do ponto A, ao ponto B, pessoas e bens, dentro do espaço de uma cidade para a realização das atividades quotidianas sem percas de tempo, naturalmente de modo confortável e seguro. Sabe que custos são agravados quando a mobilidade urbana não é prioridade?

As perdas pela falta de mobilidade urbana


A possibilidade de conseguir se deslocar eficientemente é uma das premissas da mobilidade urbana que tem grande impacto na economia local e na qualidade de vida das pessoas, pois as perdas de eficiência e eficácia além de problemáticas, custam caro, tanto ao estado quanto à sociedade, em virtude das perdas que proporciona.

A tão falada produtividade diminui, de uma forma geral, e todos nós perdemos, seja de forma direta, em tempo ou no valor do combustível, mas também pela ineficiência dos transportes no geral, pois se uma mercadoria demorar mais quem irá pagar será o consumidor final e se o estado arrecadar menos impostos pelas vendas irá arranjar outras formas de ir buscar a verba que necessita.

Noutro nível, existem custos para a saúde, diversos estudos mostram que consegue-se medir o custo com doenças respiratórias e stresse, o quanto isso sobrecarrega o sistema se saúde. A nível do transporte de mercadorias, o valor gasto com as perdas de bens perecíveis, ou então, com os cuidados necessários para sua conservação, também são mesuráveis.

Implicações a longo prazo


Algo que é negligenciado e que a longo prazo será o principal custo, decorre dos impactos ambientais causados pelas emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, resultante do funcionamento dos motores dos veículos que utilizam combustíveis fósseis, que ficam parados nos congestionamento ou a circular a velocidades pouco eficientes.

Pensar na mobilidade urbana, como algo urgente e necessário à nossa evolução é essencial, melhorando os transportes públicos, com melhor aproveitmento das tecnologias existentes e com a aplicação de mais tecnologia, novas ideias e métodos inovadores, este é um dos mais urgentes desafios do século XXI.

É necessário pensar a mobilidade urbana de modo mais eficiente em termos sociais, económicos e ambientais, é necessário procurar transformar a mobilidade urbana em mobilidade urbana sustentável. Boa viagem.

Condução económica

O que é a condução eficente? Hum… No posto de gasolina estão prestes a estender-me uma passadeira vermelha. Passo a cada 48 horas por lá. São coisas que acontecem quando uma pessoa se dedica dia sim, dia sim, a esta coisa de dar voltas pela cidade a bordo de um automóvel. O que aconteceu foi que um dia destes, enquanto pagava (ouch!) a conta de encher o meu depósito de gasóleo a preço de ouro negro, reparei nuns pedacinhos de papel que estavam sobre o balcão.

Eram uns folhetos que continham “10 conselhos para ajudá-lo a conduzir de forma mais eficiente”. Editados pela Comissão Europeia, esses pedaços de papel resumem de uma forma bastante acertada o que deveria ser o decálogo de um condutor que não quer acabar por comer da caridade por ter que manter o seu veículo, já que dizem que estamos em tempos de vacas magras e há que apertar o cinto (ainda mais).

Não são conselhos excessivamente inovadores, mas podem ser seguidos sem que haja necessidade de se ser um perito do volante.


1. Observe as instruções de manutenção do seu automóvel e verifique periodicamente o nível do óleo.

Um carro mal cuidado é um carro que consome mais e polui muito mais. Cada motor precisa de um programa de manutenção, de umas revisões, de umas mudanças de óleo. Cada automóvel tem um livro de manutenção onde se especifica que períodos devem decorrer entre cada revisão. Não ter esta manutenção em dia significa expor-se a gastar mais e a ficar desprovido no momento menos oportuno.

2. Verifique a pressão dos pneus todos os meses.

Uns pneus com uma pressão inferior à definida pelo fabricante pode aumentar o consumo até 4%, segundo dados da Agência Internacional da Energia, para além de ser um passaporte para o desgaste precoce e irregular do único ponto de contacto do veículo com o solo.

3. Retire o peso desnecessário da bagageira e dos assentos traseiros.

Quanto mais carregado estiver o automóvel, mais o motor terá de trabalhar para o deslocar e mais combustível consumirá. Os artigos de praia não fazem falta nenhuma na bagageira quando na rua está a cair granizo, da mesma forma que não existe razão para acarretar uma lata de óleo se o carro não tem perdas. Dez coisas que pesam “um quilinho de nada” somam 10 Kg.

4. Feche as janelas, sobretudo quando circular a alta velocidade e retire as barras ou malas de tejadilho quando estiverem vazias.

Assim se reduz a resistência ao ar e se pode diminuir o consumo de combustível e as emissões de CO2 até 10%, segundo dados da Comissão Europeia. Circular por estrada ou auto-estrada com as janelas abertas ou com barras de tejadilho montadas equivale a ignorar uma boa parte dos estudos de aerodinâmica que se levam a cabo na conceção do veículo.

5. Utilize o ar condicionado apenas quando for necessário.

O uso excessivo do ar condicionado aumenta o consumo de combustível e as emissões de CO2 até 5%, segundo dados da Comissão Europeia. Claro que, se tivermos que escolher, circulando a alta velocidade, sempre será melhor utilizar o ar condicionado do que circular com as janelas abertas.

6. Inicie a marcha logo que ligue o motor e apague-o quando estiver parado durante mais do que um minuto.

Os motores modernos estão concebidos para serem mais eficientes quando o condutor começa o trajeto logo que liga o motor. Para trás ficaram os tempos do “liga-o já e deixa que vá aquecendo”. Hoje em dia, a injeção de combustível realiza-se considerando, entre outros parâmetros, a temperatura do motor. Gastar com o carro parado é tolice. Apaga-se quando não faz falta, liga-se quando é preciso e pronto.

7. Conduza a velocidades razoáveis e, sobretudo, faça-o com suavidade.

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