Alterações tuning são legais?
Tal como em muitos
países da Europa, também em Portugal a moda do tuning quando chegou,
pegou de estaca. Muitos foram os proprietários de automóveis que deram inicio a
uma vertiginosa epopeia de alterações aos seus veículos, procurando
sempre uma personalização do mesmo ou a garantia que a força e a velocidade era
algo que passaria a estar presente.
Se é verdade que
existe uma enorme diferença entre os Tuning e os Street Racer,
até porque não gostam muito ou mesmo nada serem confundidos uns com os outros,
não é menos verdade que aos olhos do comum mortal eles se confundem e fundem,
uma vez que os Tuning também disputam a força e velocidade entre as suas
viaturas, normalmente em espaço fechado, assim como os Street Racer efetuam
alterações nas suas viaturas.
Sem que pertençam a
algum grupo Tuning ou se associem aos grupos secretos de Street Racer
que efetuam corridas na via publica a altas horas da noite, muitos são
os condutores que efetuam alterações nos seus automóveis, ou porque o querem
personalizar de uma forma mais suave ou porque foram informados por alguém que
adquiriam maior segurança se efetuassem a alteração A ou B.
Um país de legislação
Mas, uma vez que
Portugal é o país das Legislações, Decretos e Regulamentos, terá de se
ter atenção às alterações que se efectuam, uma vez que muitas delas, grande
parte, necessitam de autorização do Instituto de Mobilidade Terrestre –
IMT e de uma inspeção extraordinária que comprove a homologação do sistema,
componente, estrutura, carroçaria ou motor.
Segundo o artigo
114º do Código da Estrada, os equipamentos, sistemas, componentes e estruturas
devem estar de acordo com as regras estabelecidas em regulamentação especifica.
Se tal não acontecer, ou seja, se houver fabricantes ou vendedores com
equipamentos não aprovados, a coima aplicável pode ir até aos 6.000
euros, assim como podem ser autuados com uma coima até aos 1.250 euros os
proprietários que efetuem alterações ilegais ao seu veículo. Para além da
coima, estes últimos ainda verão o seu veículo apreendido até que este seja
aprovado em inspeção extraordinária.
Proteção das marcas
Um adepto do
Tuning, a titulo de exemplo, gosta de personalizar a sua viatura para que
marque a diferença entre os seus pares. Uma dessas transformações passa
pela pintura da carroçaria, a qual por vezes implica a utilização de tintas
especiais, com a introdução de imagens, sejam elas concretas ou abstratas.
Muitas vezes nesse conceito de cores não se encaixa o simbolo da marca do automóvel,
sendo este retirado. Com a entrada em vigor do novo Código da estrada, fica
proibida a retirada dos símbolos da marca, estando o proprietário do automóvel
sujeito a uma coima de 250 euros.
Se consultarmos o
sitio na internet do IMT, poderemos consultar um conjunto de alterações
aprovadas mediante o respeito a uns determinados pressupostos. Entre outros, a
adaptação de veículos para pessoas com deficiência, eliminação de Airbag no
lugar do passageiro à frente, carroçaria, películas de escurecimento de vidros,
instalação de catalisadores, substituição do motor, etc…
Homologação de componentes
A homologação dos
componentes que vão ser introduzidos no veículo faz-se em duas fases; A
aprovação do acessório e a aprovação da instalação do mesmo na viatura.
Pretende-se com isso garantir a segurança rodoviária que o mesmo implica, assim
como os níveis de regulamentados direcionados com a qualidade e proteção
ambiental.
No entanto, algumas
são as alterações que se podem efetuar sem que haja necessidade de solicitar
autorização ao IMT ou estar sujeito a uma inspeção extraordinária. Ainda
assim, na dúvida, deveremos sempre consultar este instituto, no sentido de
garantir que o que se está a alterar está de acordo com as alterações
regulamentadas; Lâmpadas, pneus, buzina, espelhos, áudio, cintos de segurança,
espelhos retrovisores, chapas de matricula entre outros.
Saude e carta
A obtenção da carta de
condução tem um requisito muito simples: que tenhamos boa visão, boa audição,
um mínimo de reflexos e que possamos mover-nos com desenvoltura para conduzir o
veículo. Se nos faltar algum dos parâmetros referidos, a autoridade de saúde
dirá que não estamos aptos
para a condução e informará o IMT desta circunstância.
Os métodos utilizados
pela autoridade de saúde são muitas vezes objeto de críticas pela sua
simplicidade. Duvida-se dos critérios empregues e inclusivamente da eficácia
destes exames. O certo é que quando um condutor perde temporariamente as suas
capacidades psicofísicas dificilmente o admite abertamente e mais dificilmente
deixará o seu automóvel quieto e utilize o autocarro.
É curioso quando dizemos,
por um lado, que os exames
da autoridade médica são muito simples e pouco exigentes e, por
outro lado, desvalorizemos quando temos um impedimento que não nos permite
movermo-nos convenientemente.
A imobilização e o repouso
são a melhor receita para a reparação dos ossos e dos tecidos. Se se descura
esta fase, o processo de cura pode prolongar-se mais.
Outro ponto que
caracteriza as fraturas é a dor
que sofre a pessoa afetada. A dor pode aliviar-se com analgésicos embora o
natural para uma pessoa que sofreu uma fratura seja buscar continuamente a
posição que mais acalme o sofrimento.
Todos estes pontos fazem
com que a condução seja uma atividade
incompatível com o facto de ter um osso fraturado.
Saúde e condução, um binômio
de segurança
Do ponto de vista da
saúde, a condução obriga o condutor a mexer-se dentro do habitáculo: a
sentar-se, a mexer nos comandos, a observar um e outro lado do veículo… Ainda
que não sejam comparáveis com os movimentos necessários para disputar uma
partida de futebol, a condução não é de forma alguma equiparável ao repouso,
que é a forma ideal para que se produza a regeneração dos tecidos magoados.
Do ponto de vista da
segurança rodoviária, conduzir com um osso fraturado tem várias implicações. A
mais evidente é a falta de mobilidade. Se quando fazemos o exame médico que nos
habilita a conduzir nos apresentarmos com um braço engessado, não seriamos
considerados aptos. É muito simples: se não nos conseguimos mover, não podemos
conduzir.
Outro ponto em que se tem
que ter em conta é o tratamento da dor. Se se fizer com analgésicos, e estes
não serão um simples paracetamol mas sim poderosos fármacos que além de acalmar
a dor, acalmam todo o sistema nervoso, com o perigo óbvio para a perda de reflexos
por parte do condutor. Por outro lado, a procura de uma posição que acalme a
dor pode distrair o condutor daquela que tem que ser a sua atividade principal
quando não única: conduzir.
Qual é então a
alternativa? Em primeiro lugar há que pensar que a melhor forma de prejudicar
um tratamento e atrasar a recuperação é interrompê-lo. Conduzir pressupõe
interromper o tratamento de uma fratura. Assim, qualquer alternativa será
preferível a eternizar um processo que já é longo por natureza: transportes
públicos, a ajuda de um familiar ou conhecido ou simplesmente o repouso uma vez
que todas as coisas perdem a sua importância quando as comparamos com o nosso
estado de saúde.
O volante
De certeza que há
muita gente a pensar assim quando lê o título deste artigo. E, apesar de
parecer uma piada, não o é: saber manejar o volante significa, antes de
mais, comodidade e, em segundo lugar, segurança. Basta apenas sentar-se ao lado
de um piloto profissional e prestar muita atenção ao seu jogo de mãos, à forma
como não se atrapalham ou entrecruzam para mexer no rádio, à forma como ele
segura o volante… Esqueçamos todos os nossos vícios e costumes e reaprendamos a
segurar e utilizar correctamente o volante.
Quanto à posição
correcta das mãos, não há dúvidas, é claro para toda a gente. Devem
posicionar-se entre as dez para as duas e um quarto para as três. Actualmente,
a maioria dos estudos e dos pilotos profissionais tem optado exclusivamente
pela posição das dez e dez.
Para conseguir
perceber se chegamos ao volante de forma correcta, sem nos cansarmos e de
maneira a termos mais estabilidade, devemos unir os pulsos e colocá-los na
parte superior da circunferência do volante, sem que para isso tenhamos que
afastar as costas do banco. Depois, as nossas mãos devem descair ligeiramente
na circunferência do volante mas sempre mantendo as costas apoiadas no banco.
Na altura de
segurar o volante há algo a que quase ninguém presta atenção e muita gente nem sequer
sabe: como colocar os dedos polegares. Estes devem permanecer do lado de
fora, apoiados por cima do círculo do volante e, em caso algum, devem ser
virados para o lado de dentro. Isto é importante porque no caso de um embate
forte, a coluna de transmissão da direcção passará aos dedos as vibrações do
terreno, provocando lesões mais graves ou entorses. Além disso, com a forma
correcta dos dedos, ganharemos velocidade no manejo do volante para mudar de
direcção já que mantemos sempre um apoio mas não um travão.
Sendo assim, se
conhecemos a postura correcta para o posicionamento, porque é que quando
arrancamos começamos logo a rodar o volante de forma incorrecta e largamos as
mãos? Não só aquela é a forma mais eficaz para controlar o carro como é a única
pensada para garantir a segurança. Na posição certa, o airbag não pode
causar-nos lesões graves e os nossos braços mover-se-ão a nosso favor em caso
de colisão, suportando grande parte do choque e mantendo-nos no nosso lugar.
Por isso, a consciencialização e o reacostumar o nosso corpo a esta postura
deve ser a nossa primeira preocupação.
Nas curvas ligeiras
Quando estamos a
fazer curvas cujo o ângulo é amplo, por exemplo quando estamos numa
auto-estrada, não é necessário tirar as mãos do volante em nenhuma ocasião.
Durante a curva, no entanto, é normal que as nossas mãos não permaneçam
precisamente na posição das dez para as duas, elas podem chegar às nove ou às
três em ponto, oito e cinco ou algo semelhante. É fundamental rodar o volante
com ambas as mãos, apesar de ter que haver uma delas que solta um pouco o
volante (a do lado da curva), enquanto a outra o roda.
Nas curvas fechadas e com pouco
ângulo
Nestes casos, as
mãos devem deslocar-se no volante mas nunca largá-lo completamente. A melhor
maneira de explicar isto, é exemplificar-vos com uma situação real. Por
exemplo, vamos imaginar que estou a fazer uma curva ao lado esquerdo:
1.
Apercebemo-nos da
curva e preparamos o carro para a ultrapassar e começamos a mover as mãos, que
até agora estavam posicionadas na posição das dez e dez.
2.
Deixamos de fixar o
volante com a mão esquerda, mas não a separamos do volante. Pomos essa mão de
forma a marcar a posição das doze horas. Quando estiver no sítio certo, fixamos
essa mão e é a vez de a mão direita afrouxar a pressão no volante. Nesta
altura, a mão esquerda puxará o volante para baixo e a mão direita, sem fazer
força, permanecerá no lugar correcto.
3.
Deve repetir-se o
ponto número 2 tantas vezes quanto o necessário para rodar o volante. No
entanto, não deve ser preciso mais do que uma vez (na condução defensiva e não
em situações de desportos ou situações especialmente rápidas). Aqui, a mão
esquerda tenderá a voltar à sua posição inicial, “às dez”, e, quando estamos
dentro da curva, agimos como se estivéssemos a fazer uma curva suave.
4.
Depois de completar a
curva, na hora de endireitar o volante, devemos fazer exactamente o que fizemos
para preparar a curva mas trocando as mãos. A esquerda permanece na posição,
apenas afrouxando a pressão, enquanto a mão direita subirá até às “doze” e
puxará o volante tudo o que for necessário até ele ficar na direcção correcta.
Assim, regressaremos à posição inicial e estamos prontos para prosseguir a
marcha.
O fundamental desta
forma de conduzir, baseia-se em dois princípios: uma das mãos permanece sempre
na posição correcta e o volante deve ser rodado sempre a partir da sua zona
mais alta.
Esta técnica
aplica-se normalmente na condução desportiva e apresenta grandes vantagens se
utilizada na condução diária apesar de inicialmente poder parecer de difícil
execução ou mais lenta. É precisamente nisso, na rapidez e na capacidade de
executar os movimentos correctamente e sem olhar para o volante, que
demonstramos ser os melhores condutores, pelo menos a nível técnico.
Não é muito
conveniente treinar esta técnica em estradas abertas ao trânsito. Normalmente
ficamos nervosos e temos tendência a olhar para o volante em vez de olharmos
para o que se passa à frente dele. Um volante de jogos de consola, uma bandeja
ou um prato grande lá de casa ou então no nosso carro num descampado serão os
melhores lugares. Mas é claro que se nada disto for possível, deve fazer-se
numa estrada mas fechada ao trânsito. Quando ganharmos à vontade, aí sim, chega
a altura certa de conduzir e pô-la em prática.
Nada de desanimares
se no início fores muito lento ou te custar muito utilizar esta técnica. Talvez
numa curva mais apertada precises de rodar o volante como fazias antes. O mais
importante é a tua persistência e que percebas que conduzir desta forma de vai
trazer grandes vantagens: comodidade, segurança e eficácia. E isto porque
graças a um correcto manuseamento do volante, acabarás por controlar muito
melhor a velocidade com que deves entrar e sair das curvas, entre outras
coisas.
Obras na via
Portugal é um país onde
se verificam muitas obras,
das mais variadas intervenções, mas onde grande parte delas tem uma intervenção
directa na via pública e faixa de rodagem. Intervenções estas que, também no
nosso Portugal, dificilmente após a reparação existe um novo tratamento com
qualidade e atempado, que coloque o espaço público, no minimo, como antes se
encontrava.
No entanto, pior que essa
realidade que só por si já não é boa, são as alterações violentas no pavimento que tantas
vezes levam a que os condutores
não se apercebam da violenta surpresa que os aguarda, levando a que o veículo
sai danificado ou mesmo brutalmente acidentado com as consequências que daí
possam advir.
Sinalizar adequadamente
as obras
Quando se efetua uma
intervenção na via pública que implique a condicionalidade da faixa de rodagem,
berma ou passeio, para além daquilo que a legislação contempla, deverão as entidades
responsáveis promover uma sinalização capaz de diminuir ou evitar que haja
qualquer tipo de acidente
rodoviário ou problemas à circulação dos veículos, mas também
dos peões.
Para a segurança dos
peões a legislação vigente impõe que seja criada uma zona de circulação,
devidamente identificada e segura, sempre que as intervenções de obra impliquem
que o passeio seja vedado à circulação dos peões. Esse corredor deverá estar
devidamente sinalizado e delineado com material reflector.
Na faixa de rodagem, para
que a segurança seja realmente eficaz, a sinalização deverá ser composta por sinais em boas condições,
nomeadamente, de acordo com as dimensões e cores regulamentadas, para que os
condutores os possam avistar e perceber atempadamente. Só desta forma se poderá
optar por uma acção, pensada e enquadrada com a realidade envolvente.
Acontece que existe um
mau hábito em Portugal de colocar a sinalização no local inadequado, uma vez
que tantas são as vezes em que os condutores são surpreendido com sinalização
colocada no local exato da ocorrência, o que leva a reações muitas vezes inapropriadas
e outras tantas vezes sem distancia adequada a um bom resultado.
Seria importante que as
entidades com competência para regular, fiscalizar ou orientar as obras na via
e sinalização, tenham uma intervenção mais ativa, no sentido de se poder ter
uma sinalização, ainda que temporária, que apresente boas condições e colocada
no local e à distância certa. Se tal acontecer, irá diminuir-se bastante a taxa
de sinistralidade registada junto a esses locais.
Ciclistas
Muito se tem falado e
escrito sobre as novas regras de trânsito
onde os ciclistas estão envolvidos, nomeadamente na sua prioridade sobre os
demais condutores, algo que até então não estava previsto. No entanto, devemos
ler e interpretar a legislação,
no sentido de percebermos o que está realmente regulamentado.
Sabendo-se da importância
da comunicação social na informação das pessoas, é fundamental que essa mesma
comunicação social não desinforme quem procura o saber que lhe podem fornecer,
nomeadamente falhando com pequenos pormenores que podem ter enormes
consequências nefastas para a segurança
rodoviária e seus intervenientes.
O direito de passar em
primeiro
Sempre foi sabido que os
ciclistas, erradamente, não eram utilizadores da via publica com direito de
passagem em primeiro lugar, numa intersecção, em relação aos demais condutores,
com excepção aos condutores de outros veículos sem motor. Com a alteração
às normas legislativas, coloca-se a questão “E agora, já têm?” A resposta é
sim, mas com alguma atenção.
Com a entrada em vigor da
actual legislação do código
de estrada português, passou-se a publicitar que os ciclistas
teriam novos direitos. Ora, não sendo de todo errado, não é completamente
correto colocar a informação nestes termos. Ou seja, lendo e interpretando a
lei, a verdade é que os ciclistas realmente têm o direito de passar em primeiro
lugar, no entanto não sem antes verificarem se o podem fazer com a devida
segurança.
Vamos tentar perceber de
uma forma mais directa e simples. Se até então a ligação existente entre ciclovias e vias
cicláveis através de marca horizontal (linhas) não estava regulamentada, agora
está. Assim, sempre que um ciclista queira aceder a uma ciclovia ou via ciclável saindo de
outra, tem prioridade equivalente a um peão quando este pretende atravessar a via
utilizando a passadeira.
Contrariamente ao que
acontecia até finais de dezembro de 2013, agora também os ciclistas têm prioridade de passagem
nos cruzamentos ou entroncamentos não sinalizados, se se apresentarem pela
direita de outro condutor. No entanto, e estando apenas o ciclista e um outro
condutor de veículo sem motor (veículo tracção animal) e estando este pela
direita, deverá o ciclista ceder-lhe passagem.
Se é verdade que esse
direito adquirido é um principio de elevado valor para o ciclista, não é menos
verdade que o grande problema prende-se na forma como esta alteração foi
noticiada, quase que dando um direito absoluto ao ciclista. Depois existe ainda
uma condicionante; Uma vez que esta é uma lei feita, essencialmente, para as
grandes cidades, uma vez que os meios mais pequenos ou não se encontram
equipados com ciclovias ou vias cicláveis, ou não têm uma rede activa, ou
simplesmente não pintam, as autarquias, as linhas indicadoras de ligação entre
ciclovias ou vias cicláveis.
Outro grande problema é a
questão da formação.
Não basta publicitar um conjunto de direitos e nada mais. muitos são os
ciclistas que apenas escutam o que lhes convém, adaptando uma interpretação
informal e passam a optar por comportamentos inapropriados, sem cuidados e
regra que vise uma postura rodoviária positiva.
Uma responsabilidade
civil segura
É verdade que algumas
alterações são uma conquista de direitos para quem é ciclista. Mas não se
pode cair no esquecimento que tal responsabilidade evoca. Se é atribuído um
direito, paralelamente deverá ser atribuída uma responsabilidade.
Responsabilidade essa que seja, tal como acontece com os restantes veículos
motorizados, garantida por uma companhia de seguros, através de um seguro de responsabilidade civil.
Afinal, caso exista um sinistro com culpa do ciclista, haverá que garantir a
reparação dos estragos provocados a terceiros
Mobilidade urbana
A nossa capacidade de
deslocarmo-nos nas grandes cidades é cada vez mais difícil, em especial em
locais onde a densidade urbana é elevada, ou nos casos onde esta ocorreu de
forma desordenada, impedindo o planeamento e a criação de infraestruturas adequadas.
A mobilidade urbana é a
capacidade de levar do ponto A, ao ponto B, pessoas e bens, dentro do espaço de
uma cidade para a realização das atividades quotidianas sem percas de tempo,
naturalmente de modo confortável e seguro.
Sabe que custos são agravados quando a mobilidade urbana não é prioridade?
As perdas pela falta de
mobilidade urbana
A possibilidade de
conseguir se deslocar eficientemente
é uma das premissas da mobilidade urbana que tem grande impacto
na economia local e na qualidade de vida das pessoas, pois as perdas de
eficiência e eficácia além de problemáticas, custam caro, tanto ao estado
quanto à sociedade, em virtude das perdas que proporciona.
A tão falada produtividade diminui, de
uma forma geral, e todos nós perdemos, seja de forma direta, em tempo ou no
valor do combustível, mas também pela ineficiência dos transportes
no geral, pois se uma mercadoria demorar
mais quem irá pagar será o consumidor final e se o estado arrecadar menos
impostos pelas vendas irá arranjar outras formas de ir buscar a verba que
necessita.
Noutro nível, existem
custos para a saúde,
diversos estudos mostram que consegue-se medir o custo com doenças respiratórias
e stresse, o quanto isso sobrecarrega o sistema se saúde.
A nível do transporte de mercadorias, o valor gasto com as perdas de bens
perecíveis, ou então, com os cuidados necessários para sua conservação, também
são mesuráveis.
Implicações a longo prazo
Algo que é negligenciado
e que a longo prazo será o principal custo, decorre dos impactos ambientais causados pelas
emissões de dióxido de carbono para a atmosfera, resultante do funcionamento
dos motores dos veículos que utilizam combustíveis fósseis, que ficam parados
nos congestionamento ou a circular
a velocidades pouco eficientes.
Pensar na mobilidade
urbana, como algo urgente e necessário à nossa evolução é essencial, melhorando os
transportes públicos, com melhor aproveitmento das tecnologias existentes e com
a aplicação de mais tecnologia, novas ideias e métodos inovadores, este é um
dos mais urgentes desafios do século XXI.
É necessário pensar a
mobilidade urbana de modo mais eficiente em termos sociais, económicos e
ambientais, é necessário procurar transformar a mobilidade urbana em mobilidade
urbana sustentável.
Boa viagem.
Condução económica
O que é a condução eficente? Hum…
No posto de gasolina estão prestes a estender-me uma passadeira vermelha. Passo
a cada 48 horas por lá. São coisas que acontecem quando uma pessoa se dedica
dia sim, dia sim, a esta coisa de dar voltas pela cidade a bordo de um
automóvel. O que aconteceu foi que um dia destes, enquanto pagava (ouch!) a
conta de encher o meu depósito de gasóleo a preço de ouro negro, reparei nuns
pedacinhos de papel que estavam sobre o balcão.
Eram uns folhetos que
continham “10 conselhos
para ajudá-lo a conduzir de forma mais eficiente”. Editados
pela Comissão Europeia, esses pedaços de papel resumem de uma forma bastante
acertada o que deveria ser o decálogo de um condutor que não quer acabar por
comer da caridade por ter que manter o seu veículo, já que dizem que estamos em
tempos de vacas magras e há que apertar o cinto (ainda mais).
Não são conselhos
excessivamente inovadores, mas podem ser seguidos sem que haja necessidade de
se ser um perito do volante.
1. Observe as instruções de manutenção do seu automóvel e verifique periodicamente o nível do óleo.
Um carro mal cuidado é um
carro que consome mais e polui muito mais. Cada motor precisa de um programa de
manutenção, de umas revisões, de umas mudanças de óleo. Cada automóvel tem um
livro de manutenção onde se especifica que períodos devem decorrer entre cada
revisão. Não ter esta manutenção em dia significa expor-se a gastar mais e a
ficar desprovido no momento menos oportuno.
2. Verifique
a pressão dos pneus todos os meses.
Uns pneus com uma pressão
inferior à definida pelo fabricante pode aumentar o consumo até 4%, segundo
dados da Agência Internacional da Energia, para além de ser um passaporte para
o desgaste precoce e irregular do único ponto de contacto do veículo com o
solo.
3. Retire o
peso desnecessário da bagageira e dos assentos traseiros.
Quanto mais carregado
estiver o automóvel, mais o motor terá de trabalhar para o deslocar e mais
combustível consumirá. Os artigos de praia não fazem falta nenhuma na bagageira
quando na rua está a cair granizo, da mesma forma que não existe razão para
acarretar uma lata de óleo se o carro não tem perdas. Dez coisas que pesam “um
quilinho de nada” somam 10 Kg.
4. Feche as
janelas, sobretudo quando circular a alta velocidade e retire as barras ou
malas de tejadilho quando estiverem vazias.
Assim se reduz a
resistência ao ar e se pode diminuir o consumo de combustível e as emissões de
CO2 até 10%, segundo dados da Comissão Europeia. Circular por estrada ou
auto-estrada com as janelas abertas ou com barras de tejadilho montadas
equivale a ignorar uma boa parte dos estudos de aerodinâmica que se levam a
cabo na conceção do veículo.
5. Utilize o
ar condicionado apenas quando for necessário.
O uso excessivo do ar
condicionado aumenta o consumo de combustível e as emissões de CO2 até 5%,
segundo dados da Comissão Europeia. Claro que, se tivermos que escolher,
circulando a alta velocidade, sempre será melhor utilizar o ar condicionado do
que circular com as janelas abertas.
6. Inicie a
marcha logo que ligue o motor e apague-o quando estiver parado durante mais do
que um minuto.
Os motores modernos estão
concebidos para serem mais eficientes quando o condutor começa o trajeto logo
que liga o motor. Para trás ficaram os tempos do “liga-o já e deixa que vá
aquecendo”. Hoje em dia, a injeção de combustível realiza-se considerando,
entre outros parâmetros, a temperatura do motor. Gastar com o carro parado é
tolice. Apaga-se quando não faz falta, liga-se quando é preciso e pronto.
7. Conduza a
velocidades razoáveis e, sobretudo, faça-o com suavidade.
Sem comentários:
Enviar um comentário