O ACOMPANHANTE
A segurança rodoviária é
condicionada por uma série de fatores, geralmente damos atenção aos que estão
relacionados com o comportamento dos condutores, com a dinâmica dos veículos,
com o estado da via e com as condições atmosféricas, descurando geralmente quem
levamos connosco, os acompanhantes
no veículo.
No entanto se pensarmos
no comportamento, ou características, dos passageiros que circulam connosco, vemos que
existem imensas probabilidades de sermos distraídos por estes, desde a idade, o
estado emocional em que se encontram, as conversas insistentes, o barulho
provocado por estes ou em casos extremos as brigas, mesmo que sejam só verbais.
Caos a bordo
O fator mais comum
provavelmente é o barulho,
seja proveniente de conversas entre os passageiros, ou seja dos sistemas de
entretenimento do veículo, o que interessa é o resultado final, o barulho acaba
nos distraindo do trânsito e das condições onde circulamos.
O segundo fator que mais
distúrbio causa geralmente são as crianças,
as mais pequenas geralmente são muito ativas, balbuciando palavras indecifráveis
e tentando atrair a nossa atenção, atirando os seus brinquedos, chuchas e
demais objetos.
E mesmo quando finalmente
sucumbem ao sono, ainda são uma fonte de distração
quando o condutor viaja só com a criança,
pois aí somos nós, que somos tentados a olhar regularmente para a criança a
tentar perceber se estão bem.
As crianças maiores
querem fazer o que não devem, querem circular com os vidros abertos, com os
braços, ou cabeça, de fora do veículo, soltos dos seus cintos de segurança.
Em casos mais graves, mas
felizmente menos comuns, são aqueles em que os passageiros passam mal, ou
aqueles casos em que os desaguisados verbais ou até por vezes a violência
física, comprometem a capacidade de conduzir de forma segura e eficiente.
Por isso, lembre-se que
antes de iniciar uma viagem deve verificar
que todas as condições ideais estão reunidas, não permita que
os passageiros desviem a
sua atenção e coloque as crianças corretamente no banco de trás, com cinto de
segurança ou o dispositivo de retenção adequado para a idade
MAUS CONDUTORES
As melhorias na
tecnologia tanto a nível dos automóveis como da construção das estradas melhorou a experiencia da condução, mais pessoas
conduzem com mais comodidade e por distâncias cada vez maiores, muitas afirmam
que já praticam uma condução segura.
Nós conduzimos carros
mais seguros, em estradas mais seguras, ouvimos décadas de publicidades e
campanhas de informação pública sobre condução
segura, como resultado disso os números de acidentes baixaram,
os mortos e feridos também diminuíram, mas será que ainda nos lembramos do
básico? Quem são os maus condutores?
Se todos afirmam que se
lembram do básico então porque acontecem ainda tantos acidentes rodoviários?
Mais, se nos lembramos das regras básicas e achamo-nos bons condutores, porque
é que a maioria dos acidentes é resultado de erro humano?
É um fato que a melhor
maneira de reduzir o risco de estar envolvido em um acidente é a prática de
comportamentos de condução segura. Se está apenas aprendendo a conduzir ou já é
experiente atrás do volante, é uma boa ideia rever algumas regras básicas.
Maus condutores
Às vezes, não importa o
quão seguro você conduz, poderá estar conduzindo dentro do limite de velocidade
e obedecer a todas as regras de trânsito e os outros condutores podem não o
fazerem, como estará seguro na estrada?
Alguns especialistas
recomendam que uma boa regra para usar é: “Suponha que todos os outros na
estrada são maus condutores”, em outras palavras, esteja preparado para
mudanças imprevisíveis de faixa de rodagem, travagens bruscas, mudanças de
direção sem pisca, desvios e todos os outros maus comportamentos ao
volante que possa imaginar.
É impossível listar todas
as coisas possíveis de outro condutor fazer, mas existem alguns exemplos
comuns. Se está saindo de uma garagem, ou outra situação que não tenha
prioridade, e um carro que se aproxima faz sinal de luzes, não assuma que é
para avançar.
Se está se aproximando de
um cruzamento onde tem prioridade e um outro carro se aproxima, não assuma que
o outro vai realmente parar. Ao se aproximar, alivie o pé do acelerador e
esteja preparado para travar.
Mas estar preparado
requer consciência, por isso certifique-se de verificar os espelhos e manter-se
atento às ruas laterais para que saiba que os outros carros estão ao seu redor.
Não se concentre apenas na estrada em frente do seu carro.
“Os outros”
Em Portugal, quando se
trata de se auto-avaliar ao volante, somos os melhores do mundo, ou melhor cada
um acha que é o melhor do mundo, os outros é que não sabem conduzir, são os
outros que fazem asneiras e são os outros que não respeitam as regras.
Num artigo do Público
sobre prevenção rodoviária mais de metade dos condutores portugueses afirmavam
que acha que os “outros” são maus condutores, mas quando inquiridos sobre se
passar um sinal amarelo é perigoso, 82% acha que não.
Sessenta por cento assume
que anda em excesso de velocidade nas cidades e 51 nas auto-estradas, 38% dos
condutores, mesmo depois de duas bebidas, afirma que não se preocupa com o
álcool quando conduz.
Quase todos reconhecem
que conduzem depressa e a escassos metros do carro da frente, falam ao
telemóvel e alguns ainda conduzem sem cinto de segurança, apesar de
reconhecerem que estas são situações de elevado risco, quer para eles quer para
os outros.
Mas ainda temos salvação,
pois segundo esse estudo, 85 por cento dos condutores portugueses acham muito
importante a prevenção rodoviária, se o investimento na formação existir os
condutores evoluirão, não se melhora através da repressão, mas sim através da
educação
Seleçao:NUNO RICARDO
Textos:varios autores in circulaseguro.pt
Este manual serve de apoio ao ensino e é da
responsabilidade dos autores,sendo apenas esta uma forma de seleçao do melhor
conteudo e não de plagio
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