Os motivos principais de
acidentes
Após compilar,
classificar e analisar os dados, os institutos da Virgínia que conduziram o
estudo, concluíram que os condutores foram maioritariamente distraídos por motivos externos ao veículo,
que acabaram provocando o acidente.
Eis então o top 15 dos motivos de
acidentes de viação, pela ordem em que dão origem a acidentes:
1- Olhar para o lado
(olhar para outros acidentes de viação, olhar para outros carros, etc) – 16 por
cento
2- Cansaço provocado pela condução – 12 por cento
3- Olhar para a paisagem – 10 por cento
4- Olhar para os outros passageiros ou distrair-se com as crianças – 9 por centro
5- Ajustar o rádio, leitor de cds, etc – 7 por cento
6- Falar ao telemóvel – 5 por cento
7- Olhos fora da estrada – 4,5 por centro
8- Falta de atenção, andar com a cabeça na lua – 4 por cento
9 – Comer ou beber – 4 por cento
10- Ajustar os controlos do veículo.- 4 por cento
11- Condições climatéricas – 2 por cento
12- Causas desconhecidas – 2 por cento
13- Insetos e outros animais que entram pelo carro dentro. – 2 por cento
14- Olhar para mapas, documentos, sinais, etc – 2 por cento
15 – conduzir sobre efeito de medicamentos – 2 por cento
2- Cansaço provocado pela condução – 12 por cento
3- Olhar para a paisagem – 10 por cento
4- Olhar para os outros passageiros ou distrair-se com as crianças – 9 por centro
5- Ajustar o rádio, leitor de cds, etc – 7 por cento
6- Falar ao telemóvel – 5 por cento
7- Olhos fora da estrada – 4,5 por centro
8- Falta de atenção, andar com a cabeça na lua – 4 por cento
9 – Comer ou beber – 4 por cento
10- Ajustar os controlos do veículo.- 4 por cento
11- Condições climatéricas – 2 por cento
12- Causas desconhecidas – 2 por cento
13- Insetos e outros animais que entram pelo carro dentro. – 2 por cento
14- Olhar para mapas, documentos, sinais, etc – 2 por cento
15 – conduzir sobre efeito de medicamentos – 2 por cento
Alguns factos: 62% dos
acidentes envolvendo distrações dos condutores ocorreram em áreas rurais. No
topo das distrações nas áreas
rurais estão o cansaço, animais, insetos, cães e outros animais
de estimação à solta. No topo das distrações nas áreas urbanas estão o
olhar para o lado, o tráfego, os outros veículos e falar ao telemóvel.
Portanto o principal motivo
causador de acidentes de viação é distrair-se, por ironia do destino, com
outros acidentes é um dos motivos principais, ficamos tão absorvidos em tentar
conhecer as viaturas, os intervenientes, perceber as causas e a dinamica do
acidente, que provocamos outro.
Quem viaja numa viatura
tem que ter a noção que falar com o condutor de forma a provocar a sua
distração, pode ser a causa de um acidente, tem de ser levado em conta que
durante a tarefa de conduzir a atenção
e concentração deve estar focada nessa tarefa.
Considerando estes
resultados, no nosso dia-a-dia na estrada, e tanto para quem vai ao volante,
como para quem o acompanha, consegue ter a noção exata do que devemos ou não
devemos fazer numa viagem. E infelizmente quantas e quantas vezes já vimos
discusões dentro de veículos em marcha!
Conceito de excesso de info
Infotainment é informação
baseada em conteúdo de informação
que também inclui conteúdo de entretenimento e que na vertente
que nos interessa analisar pode ser adicionados a veículos, a fim de melhorar a
experiência de ser condutor ou passageiros.
Os sistemas de
comunicações e entretenimento integrados nos automóveis estão a chegar cada vez mais a todos,
agora até os segmentos mais baixos em comercialização pelas diferentes marcas
automóveis passarão a possuir os sistemas infotainment.
Quem dará o primeiro
passo será a Opel que disponibilizará, no seu modelo do segmento de entrada da
sua gama, um sistema de infotainment que irá adotar o “Siri Eyes Free” de forma
integral, este assistente da fabricante americana Apple permite efetuar, durante a condução, uma
série de operações no telefone da marca americana, através de comandos de voz.
Em qualquer marca e
modelo a forma de funcionamento é idêntico, pressionando uma tecla no volante,
a reprodução de música ou instruções de navegação são interrompidas e o
utilizador poderá recorrer ao sistema de comunicação, mantendo assim os olhos
na estrada e as mãos no volante, permitindo
conduzir em segurança.
Outras marcas já
disponibilizam estes sistemas, principalmente as chamadas “premium”, e permitem
que sejam usados equipamentos de outras marcas, como o S-Voice Drive da
japonesa Samsung e diversas aplicações como por exemplo o Pandora, Stitcher,
Rhapsody e Glympse.
A proliferação destes
meios de comunicação e entretenimento, que agora podemos considerar como democratizada, onde todos
têm acesso independentemente do escalão do veículo adquirido, passa a ser
necessária para garantir a venda no momento de decisão por parte do cliente.
Infotainment é excesso de
informação?
Com tanta disponibilidade
das marcas para dar mais “informação” e tornar acessível mais “gadget’s”
eletrónicos, será que não estamos a ser colocados num ambiente hostil à
concentração do condutor?
Recordo-me de há alguns,
pronto… muitos anos atrás, estar como expositor numa feira e aquando da
passagem de alguns agentes
policiais ter uma conversa “animada”, por afirmarem que
multariam os meus carros se os encontrassem na estrada com os sistemas de televisão
e entretenimento instalados, na época nos autorrádios.
Julgo que, hoje se seguissem essa medida multariam
todos os veículos. Na época os meus sistemas tinham um sistema
de segurança, estavam ligados ao travão de mão só com ele ativado é que, por exemplo,
podiam ter acesso à televisão ou vídeo no ecrã da consola central.
No entanto, existem
muitos serviços auto intitulados de infotainment, que oferecem uma variedade de
funções e serviços, muitos dos quais chegam a incluir os vários sítios vez mais
populares, desde páginas
sociais a páginas de partilha vídeo, que estão sendo usados
diariamente por milhares de milhões de usuários em todo o mundo.
Se ao ajustar o simples
rádio deixamos de olhar, por momentos, para a estrada e esse pequeno lapso de
tempo pode provocar
acidentes, imagine-se o que pode provocar estar a olhar durante
alguns segundos para um ecrã a ler a informação, a torna-lo inteligível e
interagir com o sistema.
Sei que a maioria dos
sistemas são “hands free”, possuem sistema de comandos de voz, mas mesmo
utilizando os que melhor funcionam algumas vezes ficamos a repetir,
literalmente, dezenas de vezes um comando que é interpretado de forma incorreta
ou nem é interpretado de todo.
Até os sistemas criados
para nos ajudar criam situações que alteram a nossa atenção na estrada, por
exemplo o GPS numa situação normal é configurado quando estamos parados antes
de iniciarmos a marcha, porém, quanto mais perto estamos do nosso destino,
maior a probabilidade de encontrar
imprevistos, a estrada está em obras, foi criada uma estrada
alternativa que não consta do nosso mapa e lá vamos nós ajustar manualmente e
em andamento o novo percurso.
Hoje em dia pode
consultar praticamente tudo o que quiser enquanto conduz, o que isso afeta na
concentração dos condutores deverá ser mais analisados, porque se utilizar o
telemóvel é considerada como sendo equivalente a estar ébrio com um grau de até
0,8 gramas de álcool no sangue, deveremos
ter cuidados redobrados ao usar o infotainment
Peoes e passadeiras
Ter ao dispor uma boa visibilidade é
algo que proporciona ao condutor a possibilidade de analisar o meio rodoviário
e antecipar eventuais acontecimentos
impróprios ao à segurança rodoviária.
Segundo o Código da
estrada, todo o condutor que pretenda parar ou estacionar nas imediações de uma passadeira
e antes desta, terá de deixar entre o seu veículo e esse espaço destinado á
travessia da faixa de rodagem, uma distância numca inferior a cinco metros.
Pretende-se com esta
distância mínima criar uma área
de segurança que permita, não apenas aos condutores mas também
aos peões, perceberem se podem abordar o espaço da travessia em condições de
segurança para ambos os intervenientes.
No entanto, deparamo-nos
com situações rodoviárias reais que entram em conflito com esta pretensão. Ou
por incúria e falta de civismo dos condutores, associada a uma deficiente
fiscalização por parte das entidades competentes, ou por autorização expressa
de quem regula e orienta o trânsito dentro das localidades, leia-se autarquias
municipais que, na ânsia de conseguirem mais lugares de estacionamento, marcam e definem lugares de
estacionamento nessa área de segurança.
Acontece que, não
deixando livre esse espaço que antecede a passadeira, os condutores que dela se
acercam, apenas se conseguem aperceber da exist~encia de peões, quando estão a
entrar na zona por ela ocupada, o que implica um risco demasiado elevado. Se
nos recordarmos que em muitos casos os veículos ali estacionados são da
categoria “mercadorias” e ostentam dimensões enormes, facilmente percebemos que
a possibilidade de avistar
peões na proximidade da passadeira e com intensões de a
utilizar, diminui exponencialmente.
Já os peões, ao desejarem
atravessar a via utilizando a passadeira, ficam condicionados na sua segurança,
uma vez que apenas conseguem avaliar o trânsito que circula e deste modo
darem-se a ver, quando saem detrás dos veículos estacionados, ou seja, em
muitos casos, já no meio da faixa de rodagem.
Devemos recordar-nos que
anualmente, em Portugal, muitas são as vitimas mortais ou gravemente feridas
por atropelamento.
Muitas delas em plena passadeira.
Sabendo-se deste facto,
dos elevados valores e nefastas consequências, já é horas das entidades com
responsabilidade de gestão do trânsito em localidades e fiscalização rodoviária
olharem para este problema de frente e intervirem, nomeadamente implementando
soluções preventivas e dissuasoras ao não estacionamento naquele espaço, assim
como penalizar efetivamente quem o utilize de forma negligente.
Em relação aos peões,
deverá ser lançada uma campanha agressiva de sensibilização, no sentido de
levar os peões a utilizarem e fazerem utilizar as passadeiras e com maior
segurança.
Afinal, quantas mais
pessoas terão de “tombar” para que se tomem providências eficientes?
Chicotada cervical
“Ia a conduzir pela
rua que atravessa a cidade. Não circulava rápido nem nada. Ia mesmo tranquilo
quando, de repente, tive de travar porque um miúdo saltou para a estrada.
Depois senti um forte embate na parte de trás do carro. O sujeito que vinha atrás
de mim tinha-me batido. Ao princípio não senti nada mais a não ser o susto.
Porém, a minha vida não voltou a ser a mesma desde aquele dia. Tudo me dói, não
estou bem e, embora tenha visitado dezenas de médicos, nenhum me dá uma
solução.”
Estas frases,
tiradas da minha produtiva e imaginativa cartola, poderiam ter sido
pronunciadas por qualquer um dos milhares de feridos ligeiros resultantes
de algumas colisões consideradas de pouca importância, dessas que normalmente
aparecem nas grandes estatísticas mas das quais sofrem diariamente muitos
condutores e seus acompanhantes. Trata-se da lesão por golpe de chicote
cervical, que pode chegar a afetar quase 30% dos sinistrados.
Mas o que é
o golpe de chicote cervical? Designa-se com este nome o processo mecânico
pelo qual algumas das estruturas que formam o pescoço sofrem uns súbitos
movimentos que os médicos denominam de “hiperflexão e hiperextensão bifásicas”.
Ou seja, quando o condutor ou os seus acompanhantes sofrem um forte embate no
carro, facilmente sucede que alguns músculos do pescoço se comprimam de um lado
e se estiquem para o lado oposto, voltando de imediato à sua posição inicial,
como se se agitasse um chicote ao mais puro estilo do Indiana Jones. Daí, o
nome deste fenómeno, que é especialmente grave em colisões traseiras,
mesmo a baixas velocidades, e em choques laterais. De facto, o
golpe de chicote não é mais que um processo mecânico, mas quando este se produz
de forma quase instantânea, o pescoço tende a lesionar-se.
O espectro de
lesões pode ir desde o simples entorse leve até ao
seccionamento medular com tetraplegia. E não de estranhar que
nas crianças as lesões sejam mais graves devido à desproporção
entre cabeça e tronco, o que aumenta as possibilidades de que o pescoço sofra
quando tem de fazer frente a um golpe de chicote. Em qualquer caso, um simples
entorse pode manter-nos fora de acção durante varias semanas, já que o
processo de recuperação costuma ser lento e exigir imobilização. Por
isso, costuma ser incompatível com a condução. Normalmente esta lesão
manifesta-se através de uma dor muscular acompanhada de uma certa rigidez que
responde à necessidade que o organismo tem de manter imóvel a zona afetada.
Mas do golpe de
chicote cervical podem resultar outros danos, como dores de cabeça,
náuseas, tonturas, desequilíbrio, dor cervical, formigueiros nos braços… E à
medida que o tempo passa e a pessoa afectada vê que estes problemas não se
solucionam, surgem problemas como as mudanças de humor, que podem
chegar à ansiedade e à depressão, e todas as consequências sociais, familiares
e laborais que se podem adivinhar. Na verdade, uma baixa laboral motivada
por uma lesão derivada de um golpe de chicote cervical pode durar mais de três
meses. Por isso, não é de estranhar que alguns feridos ligeiros vítimas de uma
simples colisão traseira acabem por perder o trabalho, agravando-se assim o seu
estado anímico.
Como prevenir o golpe de chicote
cervical?
Vale a pena passar
por este calvário? De todo, não. No entanto, embora a tecnologia nos ajude cada
vez mais a mitigar o problema do golpe de chicote cervical com a crescente
presença de apoios de cabeça nos veículos, o certo é que ainda há um longo
caminho a percorrer até que a protecção que se dê à cabeça seja tão
eficaz como a do que resulta do cinto de segurança segurando o tronco do
condutor e de seus acompanhantes.
Precisamente por
isto, os melhores conselhos que se podem dar para evitar as
lesões derivadas de um golpe de chicote cervical são os seguintes:
- Sentarmo-nos
corretamente. Uma má posição no assento, como a que adotam
involuntariamente os nossos acompanhantes quando adormecem ou como a que assumem
muitos condutores ao agarrarem o volante apenas com uma mão, pode agravar as
lesões causadas por um golpe de chicote cervical.
- Manter a
distância de segurança. Se um condutor em dificuldades que nos segue a
meio palmo de distância nos alcança, seguramente sofreremos um bom golpe de
chicote. Mas se nós não guardámos uma distância de segurança suficiente, o mais
provável é que acabemos por nos enfaixar num pobre infeliz que não tem culpa de
que nós estejamos ali e também agravaremos a nossa lesão por forçarmos o
pescoço, não com um golpe de chicote mas com dois. Isto acontece habitualmente
quando há atrasos no trânsito e os condutores não deixam espaço suficiente
entre os veículos. Chega um condutor em despiste, choca com o último carro da
fila e este, por sua vez, embate no seguinte: Duplo golpe de chicote cervical,
é quase garantido.
- Antecipar-nos
ao problema. Se nos acostumarmos a observar o que nos rodeia,
especialmente os veículos que nos seguem, seremos capazes de prever e até de
assistir em tempo real a uma colisão traseira. Ainda que tal não seja
agradável, pode servir-nos saber que alguém está a ponto de colidir contra nós
para protegermos o nosso pescoço. Como? Pondo em tensão os músculos do pescoço,
o que criará uma almofada cervical natural que até certo ponto nos protegerá.
Se, apesar de tudo,
sofremos uma colisão traseira, nunca será demais sermos vistos por um
médico. Há que ter em conta que uma lesão derivada de golpe de chicote
cervical nem sempre se manifesta de forma imediata, mas pode ficar
latente e aparecer ao fim de umas horas ou até um dia depois, sob a forma de
dor e rigidez muscular. Quanto mais cedo tratarmos a questão da saúde, melhor.
E, se há alguém não seja muito amigo de recorrer a uma consulta, quanto mais
cedo tivermos um atestado médico que explique o ocorrido, mais claramente
poderemos argumentar sobre a nossa lesão perante as seguradoras.
Amaxofobia
Quando ouvi pela primeira
vez a palavra eu também disse que “amax…o quê?”. Agora eu sei que “amaxofobia” é um termo composto
por amaxos, que significa “carruagem” e fobia, uma palavra que
todos nós sabemos o que quer dizer. As pessoas afetadas pela amaxofobia sentem
um medo irracional de
conduzir.
Um amaxofóbico relata
assim a sua experiência: “Eu tenho a minha carta de condução há vários anos,
mas raramente conduzo. A ideia de ter de conduzir para algum lado deixa-me
me em pânico. É mais forte do que eu. Por vezes, saía do carro a correr, e
sentia que o problema estava a ficar cada vez mais grave “. Essa é a amaxofobia.
Veiculo de instrução
Uma escola de condução existe
para, como qualquer outra instituição com a denominação “escola”, serve para
prestar um serviço de formação na(s) área(s) de sua competência. Existem
escolas que apenas prestam formação teórica e existem escolas que prestam
formação teórica e prática.
Se é verdade que existem
escolas cuja formação
prática é ministrada em espaço privado, no caso das escolas de condução o
ensino prático é efetuado em contexto real de trânsito, ou seja nas ruas,
estradas e auto-estradas, conjuntamente com os restantes condutores.
O veículo de instrução
Segundo o Decreto Lei 86/98 de 3 de
Abril, ao abrigo do número 3 do artigo 17º, “Só podem ser utilizados no ensino
da condução os veículos licenciados para o efeito, salvo as excepções previstas
em regulamento.” Estes veículos para além das características especificas,
terão ainda de estar identificados com uma chapa azul e branca com a inscrição
da letra “L”
a branco acima do nome do concelho onde está sediada a escola de condução, a
vermelho, como se pode ver na imagem. Ou seja, um veículo de instrução
automóvel está muito bem identificado e é de fácil percepção aos demais
utilizadores da via pública.
Serve esta interação para
preparar os futuros condutores para a realidade rodoviária e as suas diversas
contingências. Deste modo consegue-se incrementar estímulos sensoriais diversos
que vão enriquecer o futuro condutor e contribuir para uma maior segurança rodoviária.
O processo formativo
Durante a formação
prática o formando vai aprender o mecanismo da viatura, criar rotina de acção,
desenvolver os seus sentidos
sensoriais e a sua capacidade de análise e resolução de
problemas complexos. Acontece que ao longo deste processo formativo o futuro
condutor é um elemento na via, muito imprevisível e de certo modo vulnerável
nas suas acções.
Ora, se assim é e estando
a viatura de instrução muito bem identificada através da placa com a letra “L”,
não se percebe porque razão os outros condutores se acercam tanto da traseira
do veículo
que está a ministrar formação?! O facto desses condutores se aproximarem em
demasiado da traseira dos veículos de formação, vai fazer com que os formandos
fiquem ansiosos, diminuindo assim a sua concentração, estado de alerta e
capacidade de raciocínio para recolher, analisar e resolver problemas.
Parece, muitas vezes, que
os veículos de instrução das escolas de condução são invisíveis.
Distância de segurança
obrigatória
Preparar um formando, futuro
condutor, para o meio rodoviário vai muito mais além do simples domínio da
viatura em busca do exame perfeito. Afinal, conseguir “moldar” o futuro
condutor com as melhores atitudes e comportamentos rodoviários e cívicos, vai
garantir, à partida, um condutor mais responsável, seguro, tolerante e
respeitador das normas.
Ora, se assim é, temos
de, dentro da interacção que se pretende, garantir uma distância de segurança
entre os outros condutores e o veículo de instrução da escola de condução.
Sabendo-se que devemos circular sempre com distância de segurança em relação
aos outros condutores, estipular em Lei um valor na distância que se deva
deixar de um veículo de instrução de escola de condução, não será uma ideia
absurda.
Da minha parte deixo já
um contributo; 7 a 10 metros dentro das localidades e de 20 a 30 metros
fora das localidades, auto-estradas e vias equiparadas a estas. Deste modo
garantia-se uma maior tranquilidade na aprendizagem
dos futuros condutores
Credibilidade
Portugal sofre de um
problema de credibilidade
rodoviária, não apenas no um para um, mas essencialmente na
formação e legislação que a suporta. Ou seja, em toda a sua amplitude, Portugal
rodoviário é uma estrutura podre e enferrujada que se tenta maquilhar com
algumas revisões ao código da estrada ou noutra legislação paralela.
É verdade que ao longo
dos anos se têm produzido alterações ao código
da estrada que vão de encontro ao objetivo “menos mortes nas
estradas”. No entanto esse objetivo é muito limitado, porque também aqui não se
está a percorrer o melhor caminho, mas sim aquele que apenas serve um lado.
A importância de uma boa
formação
Tenho constatado que,
quando se aborda o tema “formação“,
aborda-se essencialmente a aprendizagem das normas do código da estrada. Mas,
muito diferente disso, é a formação que se deveria desenvolver e não
desenvolve. A formação do caráter, da índole e do respeito. A formação da base
de um individuo que se quer cumpridor e promotor das regras de cidadania e condução.
E é aqui que toda a
estrutura tem uma elevada debilidade que vai condicionar todo o equilíbrio
futuro. É aqui que o projeto tem de se iniciar, para que estacas de apoio de
tempo limitado não tenham de ser usadas na compensação de ausência de uns
alicerces sólidos, sóbrios e fortes, capazes de proporcionar atitudes e
comportamentos válidos e de tempo ilimitado.
Credibilidade
rodoviária
Para que possa haver uma
credibilidade rodoviária que promova uma real diminuição nos valores da sinistralidade rodoviária
e suas consequências nefastas, é necessário implementar um processo formativo
continuo que tenha inicio no pré-escolar e acompanhe o individuo ao longo de
toda a sua via. Para tal é necessário integrar os pais das crianças nesse
processo formativo. Só desta forma conseguiremos que esses pais percebam, ao longo
do tempo, a riqueza social que tal tem para a comunidade em geral, sua
segurança e bem-estar.
Depois, e indo ao
encontro da recente alteração legislativa que prevê a revalidação do titulo de
condução para idades mais baixas, deverá ser introduzida nessa mesma legislação a frequência,
do individuo que vai renovar a sua carta de condução, em horas de formação
teórica numa primeira fase e teórica/ prática numa segunda fase. Tal vai fazer
com que os participantes se mantenham atualizados às alterações e novidade do
código da estrada, assim como das novas tecnologias que equipam os veículos.
É verdade que estamos uns
30 anos atrasados em relação a estas e outras tantas alterações que devem ser
efetuadas, mas não é menos verdade que, continuando a lamentar esse atraso,
nada se faça em concreto e mais profundo, apenas porque as pessoas vão reclamar
ou não é politicamente social. Temos de olhar para as consequências positivas
que tais normas irão promover em uma ou duas décadas. As baixas reais da sinistralidade, das
consequências nefastas, dos custos económicos e sociais associados.
Se nada for feito, estaremos
dentro de 30 anos a lamentar o elevado número de mortos nas estradas
portuguesas, tal como agora e continuaremos a ter uma enorme falta de credibilidade rodoviária
aos olhos da Europa, mas essencialmente aos olhos dos familiares que perdem os
seus entes queridos
Manutenção auto
As melhorias na
tecnologia tanto a nível dos automóveis como da construção das estradas melhorou a experiencia da condução, mais pessoas
conduzem com mais comodidade e por distâncias cada vez maiores, muitas afirmam
que já praticam uma condução segura.
Nós conduzimos carros
mais seguros, em estradas mais seguras, ouvimos décadas de publicidades e
campanhas de informação pública sobre condução
segura, como resultado disso os números de acidentes baixaram,
os mortos e feridos também diminuíram, mas será que ainda nos lembramos do
básico?
Pois, todos afirmam que
se lembram do básico, então porque acontecem ainda tantos acidentes
rodoviários? Mais, se nos lembramos das regras básicas e achamo-nos bons
condutores, porque é que a maioria dos acidentes é resultado de erro humano?
É um fato que a melhor
maneira de reduzir o risco de estar envolvido em um acidente é a prática de
comportamentos de condução segura. Se está apenas aprendendo a conduzir ou já é
experiente atrás do volante, é uma boa ideia rever algumas regras básicas.
Manutenção
A manutenção do veículo
não é apenas uma forma importante de aumentar a vida do seu carro é também uma
questão de segurança. Alguns dos problemas de manutenção mais evidentes são
abordados nas inspeções obrigatórias.
No entanto, intervalos de
um ano ou mais entre as inspeções, podem não ser suficientes para garantir que
o veículo assegura todos os critérios necessários de segurança para a sua
circulação na via pública.
Os proprietários de
automóveis precisam de estar cientes de quaisquer possíveis problemas de
segurança e levá-los para serem reparados antes de ocorrer um acidente. Leve-o
ao seu mecânico se suspeitar de alguma anomalia, ele saberá o que fazer para
corrigi-lo.
Um dos problemas mais
comuns de manutenção que pode levar a uma falha, é a deficiente pressão do
pneu, a pressão dos pneus desigual, ou casos em que é muito alta ou baixa,
afeta o desempenho e pode levar à ocorrência de acidentes, em especial em
carros de alto desempenho ou veículos de grande massa, como os SUV’s.
Você pode comprar um
medidor de pressão barato em qualquer loja de peças para automóveis, ou até num
supermercado, e verificar a pressão atual contra a recomendação do manual do
proprietário. Enquanto está a verificar os pneus pode aproveitar para verificar
se o piso dos pneus tem indícios de desgaste diferente da frente e da traseira,
podendo optar por rodar os pneus para promover o
desempenho e um desgaste equivalente.
Outra área-chave são os travões do carro. Se você notar alguma ” suavidade ” no pedal do travão,
ou sentir uma vibração anómala quando trava, leve o seu carro a um mecânico.
No guia da manutenção
responsável, da Revista das Oficinas, indicam diversas verificações a efectuar
regularmente para manter a sua viatura em forma para enfrentar as dificuldades
diárias que encontra na estrada.
Verificações trimestrais
(ou todos os 5.000 km’s)
- Bateria e cabos
(alimentação e massa)- Correias (tensão, estado)
- Filtro do ar (verificar, substituir)
- Óleo e filtro do motor (lubrificantes
minerais)
- Escape (verificar fugas, suportes, borrachas)
- Filtro de combustível (verificar/substituir)
- Mangueiras (fugas, estado de conservação)
- Iluminação (substituir lâmpadas, focagem, se necessário)
- Pressão e estado dos pneus (verificar, corrigir)
- Água de lavagem dos vidros (atestar, com líquido próprio)
- Escape (verificar fugas, suportes, borrachas)
- Filtro de combustível (verificar/substituir)
- Mangueiras (fugas, estado de conservação)
- Iluminação (substituir lâmpadas, focagem, se necessário)
- Pressão e estado dos pneus (verificar, corrigir)
- Água de lavagem dos vidros (atestar, com líquido próprio)
Verificações Semestrais
(ou todos os 10.000 km’s)
- Bateria e cabos
(alimentação e massa)
- Correias (tensão, estado)
- Lubrificação do chassis (sendo necessário)
- Filtro do ar (verificar/substituir)
- Óleo e filtro do motor (lubrificantes minerais)
- Escape (fugas, suporte, borrachas)
- Filtro de combustível (verificar/substituir)
- Mangueiras (fugas, estado de conservação)
- Iluminação (substituir lâmpadas, focagem, se necessário)
- Fluido da direcção assistida (nível, estado)
- Fluido da transmissão automática (nível, estado)
- Pressão e estado dos pneus (verificar/corrigir)
- Água de lavagem dos vidros (atestar, com líquido próprio)
- Escovas limpa-vidros (verificar/substituir)
- Correias (tensão, estado)
- Lubrificação do chassis (sendo necessário)
- Filtro do ar (verificar/substituir)
- Óleo e filtro do motor (lubrificantes minerais)
- Escape (fugas, suporte, borrachas)
- Filtro de combustível (verificar/substituir)
- Mangueiras (fugas, estado de conservação)
- Iluminação (substituir lâmpadas, focagem, se necessário)
- Fluido da direcção assistida (nível, estado)
- Fluido da transmissão automática (nível, estado)
- Pressão e estado dos pneus (verificar/corrigir)
- Água de lavagem dos vidros (atestar, com líquido próprio)
- Escovas limpa-vidros (verificar/substituir)
Verificar todos os 9
meses
(ou todos os 15.000 km’s)
- Bateria e cabos
(alimentação e massa)
- Correias (tensão, estado)
- Filtro do ar (verificar/substituir)
- Óleo e filtro do motor (lubrificantes minerais, semi-sintéticos)
- Escape (fugas, suportes, borrachas)
- Filtro de combustível (verificar/substituir)
- Mangueiras (fugas, estado de conservação)
- Iluminação (substituir lâmpadas, focagem)
- Fluido da direção assistida (nível, estado)
- Fluido da transmissão automática (nível, estado)
- Pressão e estado dos pneus (verificar, corrigir)
- Água de lavagem dos vidros (atestar, com detergente próprio)
- Correias (tensão, estado)
- Filtro do ar (verificar/substituir)
- Óleo e filtro do motor (lubrificantes minerais, semi-sintéticos)
- Escape (fugas, suportes, borrachas)
- Filtro de combustível (verificar/substituir)
- Mangueiras (fugas, estado de conservação)
- Iluminação (substituir lâmpadas, focagem)
- Fluido da direção assistida (nível, estado)
- Fluido da transmissão automática (nível, estado)
- Pressão e estado dos pneus (verificar, corrigir)
- Água de lavagem dos vidros (atestar, com detergente próprio)
Verificações Anuais
(ou todos os 20.000 km’s)
- Bateria e cabos
(alimentação e massa)
- Correias (tensão, estado)
- Travões (pastilhas, discos, fluido)
- Filtro do habitáculo (verificar/substituir)
- Lubrificação do chassis (se necessário)
- Luz avisadora de avarias ativada
- Polir a pintura
- Fluido de arrefecimento do motor (verificar/substituir)
- Fluido da transmissão automática (nível, estado)
- Filtro de ar (verificar/substituir)
- Óleo e filtro do motor (lubrificantes minerais,semi-sintéticos)
- Escape (fugas, suportes, borrachas)
- Filtro de combustível (verificar/substituir)
- Mangueiras (fugas, estado de conservação)
- Iluminação (substituir lâmpadas, focagem, se necessário)
- Velas de ignição/incandescência (verificar/substituir)
- Direção e suspensão (folgas, alinhamento, geometria)
- Pressão e estado dos pneus (verificar/corrigir)
- Água de lavagem dos vidros (atestar, com líquido próprio)
- Escovas limpa-vidros (verificar/substituir)
- Correias (tensão, estado)
- Travões (pastilhas, discos, fluido)
- Filtro do habitáculo (verificar/substituir)
- Lubrificação do chassis (se necessário)
- Luz avisadora de avarias ativada
- Polir a pintura
- Fluido de arrefecimento do motor (verificar/substituir)
- Fluido da transmissão automática (nível, estado)
- Filtro de ar (verificar/substituir)
- Óleo e filtro do motor (lubrificantes minerais,semi-sintéticos)
- Escape (fugas, suportes, borrachas)
- Filtro de combustível (verificar/substituir)
- Mangueiras (fugas, estado de conservação)
- Iluminação (substituir lâmpadas, focagem, se necessário)
- Velas de ignição/incandescência (verificar/substituir)
- Direção e suspensão (folgas, alinhamento, geometria)
- Pressão e estado dos pneus (verificar/corrigir)
- Água de lavagem dos vidros (atestar, com líquido próprio)
- Escovas limpa-vidros (verificar/substituir)
A manutenção preventiva é
sempre a melhor opção, porque quando esperamos que algo rebente para o
susbtituir, estaremos sujeitos a que algo mais que a primeira peça seja
danificada, aumentando o custo da reparação e pondo em causa a segurança do
automóvel e a integridade do condutor, dos passageiros e dos outros utentes da
via pública. Lembre-se mais vale prevenir que remediar
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