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terça-feira, 8 de abril de 2014

ENCICLOPEDIA DO CONDUTOR 3


Os motivos principais de acidentes


Após compilar, classificar e analisar os dados, os institutos da Virgínia que conduziram o estudo, concluíram que os condutores foram maioritariamente distraídos por motivos externos ao veículo, que acabaram provocando o acidente.

Eis então o top 15 dos motivos de acidentes de viação, pela ordem em que dão origem a acidentes:

1- Olhar para o lado (olhar para outros acidentes de viação, olhar para outros carros, etc) – 16 por cento
2- Cansaço provocado pela condução – 12 por cento
3- Olhar para a paisagem – 10 por cento
4- Olhar para os outros passageiros ou distrair-se com as crianças – 9 por centro
5- Ajustar o rádio, leitor de cds, etc – 7 por cento
6- Falar ao telemóvel – 5 por cento
7- Olhos fora da estrada – 4,5 por centro
8- Falta de atenção, andar com a cabeça na lua – 4 por cento
9 – Comer ou beber – 4 por cento
10- Ajustar os controlos do veículo.- 4 por cento
11- Condições climatéricas – 2 por cento
12- Causas desconhecidas – 2 por cento
13- Insetos e outros animais que entram pelo carro dentro. – 2 por cento
14- Olhar para mapas, documentos, sinais, etc – 2 por cento
15 – conduzir sobre efeito de medicamentos – 2 por cento

Alguns factos: 62% dos acidentes envolvendo distrações dos condutores ocorreram em áreas rurais. No topo das distrações nas áreas rurais estão o cansaço, animais, insetos, cães e outros animais de estimação à solta. No topo das distrações nas áreas urbanas estão o olhar para o lado, o tráfego, os outros veículos e falar ao telemóvel.

Portanto o principal motivo causador de acidentes de viação é distrair-se, por ironia do destino, com outros acidentes é um dos motivos principais, ficamos tão absorvidos em tentar conhecer as viaturas, os intervenientes, perceber as causas e a dinamica do acidente, que provocamos outro.

Quem viaja numa viatura tem que ter a noção que falar com o condutor de forma a provocar a sua distração, pode ser a causa de um acidente, tem de ser levado em conta que durante a tarefa de conduzir a atenção e concentração deve estar focada nessa tarefa.

Considerando estes resultados, no nosso dia-a-dia na estrada, e tanto para quem vai ao volante, como para quem o acompanha, consegue ter a noção exata do que devemos ou não devemos fazer numa viagem. E infelizmente quantas e quantas vezes já vimos discusões dentro de veículos em marcha!

Conceito de excesso de info

Infotainment é informação baseada em conteúdo de informação que também inclui conteúdo de entretenimento e que na vertente que nos interessa analisar pode ser adicionados a veículos, a fim de melhorar a experiência de ser condutor ou passageiros.

Os sistemas de comunicações e entretenimento integrados nos automóveis estão a chegar cada vez mais a todos, agora até os segmentos mais baixos em comercialização pelas diferentes marcas automóveis passarão a possuir os sistemas infotainment.

Quem dará o primeiro passo será a Opel que disponibilizará, no seu modelo do segmento de entrada da sua gama, um sistema de infotainment que irá adotar o “Siri Eyes Free” de forma integral, este assistente da fabricante americana Apple permite efetuar, durante a condução, uma série de operações no telefone da marca americana, através de comandos de voz.

Em qualquer marca e modelo a forma de funcionamento é idêntico, pressionando uma tecla no volante, a reprodução de música ou instruções de navegação são interrompidas e o utilizador poderá recorrer ao sistema de comunicação, mantendo assim os olhos na estrada e as mãos no volante, permitindo conduzir em segurança.

Outras marcas já disponibilizam estes sistemas, principalmente as chamadas “premium”, e permitem que sejam usados equipamentos de outras marcas, como o S-Voice Drive da japonesa Samsung e diversas aplicações como por exemplo o Pandora, Stitcher, Rhapsody e Glympse.

A proliferação destes meios de comunicação e entretenimento, que agora podemos considerar como democratizada, onde todos têm acesso independentemente do escalão do veículo adquirido, passa a ser necessária para garantir a venda no momento de decisão por parte do cliente.

Infotainment é excesso de informação?


Com tanta disponibilidade das marcas para dar mais “informação” e tornar acessível mais “gadget’s” eletrónicos, será que não estamos a ser colocados num ambiente hostil à concentração do condutor?

Recordo-me de há alguns, pronto… muitos anos atrás, estar como expositor numa feira e aquando da passagem de alguns agentes policiais ter uma conversa “animada”, por afirmarem que multariam os meus carros se os encontrassem na estrada com os sistemas de televisão e entretenimento instalados, na época nos autorrádios.

Julgo que, hoje se seguissem essa medida multariam todos os veículos. Na época os meus sistemas tinham um sistema de segurança, estavam ligados ao travão de mão só com ele ativado é que, por exemplo, podiam ter acesso à televisão ou vídeo no ecrã da consola central.

No entanto, existem muitos serviços auto intitulados de infotainment, que oferecem uma variedade de funções e serviços, muitos dos quais chegam a incluir os vários sítios vez mais populares, desde páginas sociais a páginas de partilha vídeo, que estão sendo usados diariamente por milhares de milhões de usuários em todo o mundo.

Se ao ajustar o simples rádio deixamos de olhar, por momentos, para a estrada e esse pequeno lapso de tempo pode provocar acidentes, imagine-se o que pode provocar estar a olhar durante alguns segundos para um ecrã a ler a informação, a torna-lo inteligível e interagir com o sistema.

Sei que a maioria dos sistemas são “hands free”, possuem sistema de comandos de voz, mas mesmo utilizando os que melhor funcionam algumas vezes ficamos a repetir, literalmente, dezenas de vezes um comando que é interpretado de forma incorreta ou nem é interpretado de todo.

Até os sistemas criados para nos ajudar criam situações que alteram a nossa atenção na estrada, por exemplo o GPS numa situação normal é configurado quando estamos parados antes de iniciarmos a marcha, porém, quanto mais perto estamos do nosso destino, maior a probabilidade de encontrar imprevistos, a estrada está em obras, foi criada uma estrada alternativa que não consta do nosso mapa e lá vamos nós ajustar manualmente e em andamento o novo percurso.

Hoje em dia pode consultar praticamente tudo o que quiser enquanto conduz, o que isso afeta na concentração dos condutores deverá ser mais analisados, porque se utilizar o telemóvel é considerada como sendo equivalente a estar ébrio com um grau de até 0,8 gramas de álcool no sangue, deveremos ter cuidados redobrados ao usar o infotainment

Peoes e passadeiras

Ter ao dispor uma boa visibilidade é algo que proporciona ao condutor a possibilidade de analisar o meio rodoviário e antecipar eventuais acontecimentos impróprios ao à segurança rodoviária.

Segundo o Código da estrada, todo o condutor que pretenda parar ou estacionar nas imediações de uma passadeira e antes desta, terá de deixar entre o seu veículo e esse espaço destinado á travessia da faixa de rodagem, uma distância numca inferior a cinco metros.

Pretende-se com esta distância mínima criar uma área de segurança que permita, não apenas aos condutores mas também aos peões, perceberem se podem abordar o espaço da travessia em condições de segurança para ambos os intervenientes.

No entanto, deparamo-nos com situações rodoviárias reais que entram em conflito com esta pretensão. Ou por incúria e falta de civismo dos condutores, associada a uma deficiente fiscalização por parte das entidades competentes, ou por autorização expressa de quem regula e orienta o trânsito dentro das localidades, leia-se autarquias municipais que, na ânsia de conseguirem mais lugares de estacionamento, marcam e definem lugares de estacionamento nessa área de segurança.

Acontece que, não deixando livre esse espaço que antecede a passadeira, os condutores que dela se acercam, apenas se conseguem aperceber da exist~encia de peões, quando estão a entrar na zona por ela ocupada, o que implica um risco demasiado elevado. Se nos recordarmos que em muitos casos os veículos ali estacionados são da categoria “mercadorias” e ostentam dimensões enormes, facilmente percebemos que a possibilidade de avistar peões na proximidade da passadeira e com intensões de a utilizar, diminui exponencialmente.

Já os peões, ao desejarem atravessar a via utilizando a passadeira, ficam condicionados na sua segurança, uma vez que apenas conseguem avaliar o trânsito que circula e deste modo darem-se a ver, quando saem detrás dos veículos estacionados, ou seja, em muitos casos, já no meio da faixa de rodagem.

Devemos recordar-nos que anualmente, em Portugal, muitas são as vitimas mortais ou gravemente feridas por atropelamento. Muitas delas em plena passadeira.

Sabendo-se deste facto, dos elevados valores e nefastas consequências, já é horas das entidades com responsabilidade de gestão do trânsito em localidades e fiscalização rodoviária olharem para este problema de frente e intervirem, nomeadamente implementando soluções preventivas e dissuasoras ao não estacionamento naquele espaço, assim como penalizar efetivamente quem o utilize de forma negligente.

Em relação aos peões, deverá ser lançada uma campanha agressiva de sensibilização, no sentido de levar os peões a utilizarem e fazerem utilizar as passadeiras e com maior segurança.

Afinal, quantas mais pessoas terão de “tombar” para que se tomem providências eficientes?

Chicotada cervical

“Ia a conduzir pela rua que atravessa a cidade. Não circulava rápido nem nada. Ia mesmo tranquilo quando, de repente, tive de travar porque um miúdo saltou para a estrada. Depois senti um forte embate na parte de trás do carro. O sujeito que vinha atrás de mim tinha-me batido. Ao princípio não senti nada mais a não ser o susto. Porém, a minha vida não voltou a ser a mesma desde aquele dia. Tudo me dói, não estou bem e, embora tenha visitado dezenas de médicos, nenhum me dá uma solução.”

Estas frases, tiradas da minha produtiva e imaginativa cartola, poderiam ter sido pronunciadas por qualquer um dos milhares de feridos ligeiros resultantes de algumas colisões consideradas de pouca importância, dessas que normalmente aparecem nas grandes estatísticas mas das quais sofrem diariamente muitos condutores e seus acompanhantes. Trata-se da lesão por golpe de chicote cervical, que pode chegar a afetar quase 30% dos sinistrados.

Mas o que é o golpe de chicote cervical? Designa-se com este nome o processo mecânico pelo qual algumas das estruturas que formam o pescoço sofrem uns súbitos movimentos que os médicos denominam de “hiperflexão e hiperextensão bifásicas”. Ou seja, quando o condutor ou os seus acompanhantes sofrem um forte embate no carro, facilmente sucede que alguns músculos do pescoço se comprimam de um lado e se estiquem para o lado oposto, voltando de imediato à sua posição inicial, como se se agitasse um chicote ao mais puro estilo do Indiana Jones. Daí, o nome deste fenómeno, que é especialmente grave em colisões traseiras, mesmo a baixas velocidades, e em choques laterais. De facto, o golpe de chicote não é mais que um processo mecânico, mas quando este se produz de forma quase instantânea, o pescoço tende a lesionar-se.

Para entender o possível alcance de uma lesão por golpe de chicote cervical há que ter em conta que o pescoço é um estreito canal móvel formado por vértebras, articulações, ligamentos e músculos pelos quais passam nervos, vasos sanguíneos, o esófago, a traqueia e a medula. Com tudo isso metido lá dentro, não é preciso ser-se muito experiente para entender que uma aceleração brusca ou uma desaceleração repentina, como a que se sofre mesmo na menor das colisões, danifique algumas das estruturas que compõem o pescoço, tanto na musculatura como nalguma outra vértebra que pode acabar por se fraturar por esmagamento.

O espectro de lesões pode ir desde o simples entorse leve até ao seccionamento medular com tetraplegia. E não de estranhar que nas crianças as lesões sejam mais graves devido à desproporção entre cabeça e tronco, o que aumenta as possibilidades de que o pescoço sofra quando tem de fazer frente a um golpe de chicote. Em qualquer caso, um simples entorse pode manter-nos fora de acção durante varias semanas, já que o processo de recuperação costuma ser lento e exigir imobilização. Por isso, costuma ser incompatível com a condução. Normalmente esta lesão manifesta-se através de uma dor muscular acompanhada de uma certa rigidez que responde à necessidade que o organismo tem de manter imóvel a zona afetada.

Mas do golpe de chicote cervical podem resultar outros danos, como dores de cabeça, náuseas, tonturas, desequilíbrio, dor cervical, formigueiros nos braços… E à medida que o tempo passa e a pessoa afectada vê que estes problemas não se solucionam, surgem problemas como as mudanças de humor, que podem chegar à ansiedade e à depressão, e todas as consequências sociais, familiares e laborais que se podem adivinhar. Na verdade, uma baixa laboral motivada por uma lesão derivada de um golpe de chicote cervical pode durar mais de três meses. Por isso, não é de estranhar que alguns feridos ligeiros vítimas de uma simples colisão traseira acabem por perder o trabalho, agravando-se assim o seu estado anímico.


Como prevenir o golpe de chicote cervical?

Vale a pena passar por este calvário? De todo, não. No entanto, embora a tecnologia nos ajude cada vez mais a mitigar o problema do golpe de chicote cervical com a crescente presença de apoios de cabeça nos veículos, o certo é que ainda há um longo caminho a percorrer até que a protecção que se dê à cabeça seja tão eficaz como a do que resulta do cinto de segurança segurando o tronco do condutor e de seus acompanhantes.

Precisamente por isto, os melhores conselhos que se podem dar para evitar as lesões derivadas de um golpe de chicote cervical são os seguintes:

Sentarmo-nos corretamente. Uma má posição no assento, como a que adotam involuntariamente os nossos acompanhantes quando adormecem ou como a que assumem muitos condutores ao agarrarem o volante apenas com uma mão, pode agravar as lesões causadas por um golpe de chicote cervical.

Manter a distância de segurança. Se um condutor em dificuldades que nos segue a meio palmo de distância nos alcança, seguramente sofreremos um bom golpe de chicote. Mas se nós não guardámos uma distância de segurança suficiente, o mais provável é que acabemos por nos enfaixar num pobre infeliz que não tem culpa de que nós estejamos ali e também agravaremos a nossa lesão por forçarmos o pescoço, não com um golpe de chicote mas com dois. Isto acontece habitualmente quando há atrasos no trânsito e os condutores não deixam espaço suficiente entre os veículos. Chega um condutor em despiste, choca com o último carro da fila e este, por sua vez, embate no seguinte: Duplo golpe de chicote cervical, é quase garantido.

Antecipar-nos ao problema. Se nos acostumarmos a observar o que nos rodeia, especialmente os veículos que nos seguem, seremos capazes de prever e até de assistir em tempo real a uma colisão traseira. Ainda que tal não seja agradável, pode servir-nos saber que alguém está a ponto de colidir contra nós para protegermos o nosso pescoço. Como? Pondo em tensão os músculos do pescoço, o que criará uma almofada cervical natural que até certo ponto nos protegerá.

Se, apesar de tudo, sofremos uma colisão traseira, nunca será demais sermos vistos por um médico. Há que ter em conta que uma lesão derivada de golpe de chicote cervical nem sempre se manifesta de forma imediata, mas pode ficar latente e aparecer ao fim de umas horas ou até um dia depois, sob a forma de dor e rigidez muscular. Quanto mais cedo tratarmos a questão da saúde, melhor. E, se há alguém não seja muito amigo de recorrer a uma consulta, quanto mais cedo tivermos um atestado médico que explique o ocorrido, mais claramente poderemos argumentar sobre a nossa lesão perante as seguradoras.

Amaxofobia

Quando ouvi pela primeira vez a palavra eu também disse que “amax…o quê?”. Agora eu sei que “amaxofobia” é um termo composto por amaxos, que significa “carruagem” e fobia, uma palavra que todos nós sabemos o que quer dizer. As pessoas afetadas pela amaxofobia sentem um medo irracional de conduzir.

Um amaxofóbico relata assim a sua experiência: “Eu tenho a minha carta de condução há vários anos, mas raramente conduzo. A ideia de ter de conduzir para algum lado deixa-me me em pânico. É mais forte do que eu. Por vezes, saía do carro a correr, e sentia que o problema estava a ficar cada vez mais grave “. Essa é a amaxofobia.

Veiculo de instrução

Uma escola de condução existe para, como qualquer outra instituição com a denominação “escola”, serve para prestar um serviço de formação na(s) área(s) de sua competência. Existem escolas que apenas prestam formação teórica e existem escolas que prestam formação teórica e prática.

Se é verdade que existem escolas cuja formação prática é ministrada em espaço privado, no caso das escolas de condução o ensino prático é efetuado em contexto real de trânsito, ou seja nas ruas, estradas e auto-estradas, conjuntamente com os restantes condutores.

O veículo de instrução


Segundo o Decreto Lei 86/98 de 3 de Abril, ao abrigo do número 3 do artigo 17º, “Só podem ser utilizados no ensino da condução os veículos licenciados para o efeito, salvo as excepções previstas em regulamento.” Estes veículos para além das características especificas, terão ainda de estar identificados com uma chapa azul e branca com a inscrição da letra “L” a branco acima do nome do concelho onde está sediada a escola de condução, a vermelho, como se pode ver na imagem. Ou seja, um veículo de instrução automóvel está muito bem identificado e é de fácil percepção aos demais utilizadores da via pública.

Serve esta interação para preparar os futuros condutores para a realidade rodoviária e as suas diversas contingências. Deste modo consegue-se incrementar estímulos sensoriais diversos que vão enriquecer o futuro condutor e contribuir para uma maior segurança rodoviária.

O processo formativo


Durante a formação prática o formando vai aprender o mecanismo da viatura, criar rotina de acção, desenvolver os seus sentidos sensoriais e a sua capacidade de análise e resolução de problemas complexos. Acontece que ao longo deste processo formativo o futuro condutor é um elemento na via, muito imprevisível e de certo modo vulnerável nas suas acções.

Ora, se assim é e estando a viatura de instrução muito bem identificada através da placa com a letra “L”, não se percebe porque razão os outros condutores se acercam tanto da traseira do veículo que está a ministrar formação?! O facto desses condutores se aproximarem em demasiado da traseira dos veículos de formação, vai fazer com que os formandos fiquem ansiosos, diminuindo assim a sua concentração, estado de alerta e capacidade de raciocínio para recolher, analisar e resolver problemas.

Parece, muitas vezes, que os veículos de instrução das escolas de condução são invisíveis.

Distância de segurança obrigatória


Preparar um formando, futuro condutor, para o meio rodoviário vai muito mais além do simples domínio da viatura em busca do exame perfeito. Afinal, conseguir “moldar” o futuro condutor com as melhores atitudes e comportamentos rodoviários e cívicos, vai garantir, à partida, um condutor mais responsável, seguro, tolerante e respeitador das normas.

Ora, se assim é, temos de, dentro da interacção que se pretende, garantir uma distância de segurança entre os outros condutores e o veículo de instrução da escola de condução. Sabendo-se que devemos circular sempre com distância de segurança em relação aos outros condutores, estipular em Lei um valor na distância que se deva deixar de um veículo de instrução de escola de condução, não será uma ideia absurda.

Da minha parte deixo já um contributo; 7 a 10 metros dentro das localidades e de 20 a 30  metros fora das localidades, auto-estradas e vias equiparadas a estas. Deste modo garantia-se uma maior tranquilidade na aprendizagem dos futuros condutores

Credibilidade

Portugal sofre de um problema de credibilidade rodoviária, não apenas no um para um, mas essencialmente na formação e legislação que a suporta. Ou seja, em toda a sua amplitude, Portugal rodoviário é uma estrutura podre e enferrujada que se tenta maquilhar com algumas revisões ao código da estrada ou noutra legislação paralela.

É verdade que ao longo dos anos se têm produzido alterações ao código da estrada que vão de encontro ao objetivo “menos mortes nas estradas”. No entanto esse objetivo é muito limitado, porque também aqui não se está a percorrer o melhor caminho, mas sim aquele que apenas serve um lado.

A importância de uma boa formação


Tenho constatado que, quando se aborda o tema “formação“, aborda-se essencialmente a aprendizagem das normas do código da estrada. Mas, muito diferente disso, é a formação que se deveria desenvolver e não desenvolve. A formação do caráter, da índole e do respeito. A formação da base de um individuo que se quer cumpridor e promotor das regras de cidadania e condução.

E é aqui que toda a estrutura tem uma elevada debilidade que vai condicionar todo o equilíbrio futuro. É aqui que o projeto tem de se iniciar, para que estacas de apoio de tempo limitado não tenham de ser usadas na compensação de ausência de uns alicerces sólidos, sóbrios e fortes, capazes de proporcionar atitudes e comportamentos válidos e de tempo ilimitado.

 Credibilidade rodoviária


Para que possa haver uma credibilidade rodoviária que promova uma real diminuição nos valores da sinistralidade rodoviária e suas consequências nefastas, é necessário implementar um processo formativo continuo que tenha inicio no pré-escolar e acompanhe o individuo ao longo de toda a sua via. Para tal é necessário integrar os pais das crianças nesse processo formativo. Só desta forma conseguiremos que esses pais percebam, ao longo do tempo, a riqueza social que tal tem para a comunidade em geral, sua segurança e bem-estar.

Depois, e indo ao encontro da recente alteração legislativa que prevê a revalidação do titulo de condução para idades mais baixas, deverá ser introduzida nessa mesma legislação a frequência, do individuo que vai renovar a sua carta de condução, em horas de formação teórica numa primeira fase e teórica/ prática numa segunda fase. Tal vai fazer com que os participantes se mantenham atualizados às alterações e novidade do código da estrada, assim como das novas tecnologias que equipam os veículos.

É verdade que estamos uns 30 anos atrasados em relação a estas e outras tantas alterações que devem ser efetuadas, mas não é menos verdade que, continuando a lamentar esse atraso, nada se faça em concreto e mais profundo, apenas porque as pessoas vão reclamar ou não é politicamente social. Temos de olhar para as consequências positivas que tais normas irão promover em uma ou duas décadas. As baixas reais da sinistralidade, das consequências nefastas, dos custos económicos e sociais associados.

Se nada for feito, estaremos dentro de 30 anos a lamentar o elevado número de mortos nas estradas portuguesas, tal como agora e continuaremos a ter uma enorme falta de credibilidade rodoviária aos olhos da Europa, mas essencialmente aos olhos dos familiares que perdem os seus entes queridos

Manutenção auto

As melhorias na tecnologia tanto a nível dos automóveis como da construção das estradas melhorou a experiencia da condução, mais pessoas conduzem com mais comodidade e por distâncias cada vez maiores, muitas afirmam que já praticam uma condução segura.

Nós conduzimos carros mais seguros, em estradas mais seguras, ouvimos décadas de publicidades e campanhas de informação pública sobre condução segura, como resultado disso os números de acidentes baixaram, os mortos e feridos também diminuíram, mas será que ainda nos lembramos do básico?

Pois, todos afirmam que se lembram do básico, então porque acontecem ainda tantos acidentes rodoviários? Mais, se nos lembramos das regras básicas e achamo-nos bons condutores, porque é que a maioria dos acidentes é resultado de erro humano?

É um fato que a melhor maneira de reduzir o risco de estar envolvido em um acidente é a prática de comportamentos de condução segura. Se está apenas aprendendo a conduzir ou já é experiente atrás do volante, é uma boa ideia rever algumas regras básicas.

Manutenção


A manutenção do veículo não é apenas uma forma importante de aumentar a vida do seu carro é também uma questão de segurança. Alguns dos problemas de manutenção mais evidentes são abordados nas inspeções obrigatórias.

No entanto, intervalos de um ano ou mais entre as inspeções, podem não ser suficientes para garantir que o veículo assegura todos os critérios necessários de segurança para a sua circulação na via pública.

Os proprietários de automóveis precisam de estar cientes de quaisquer possíveis problemas de segurança e levá-los para serem reparados antes de ocorrer um acidente. Leve-o ao seu mecânico se suspeitar de alguma anomalia, ele saberá o que fazer para corrigi-lo.

Um dos problemas mais comuns de manutenção que pode levar a uma falha, é a deficiente pressão do pneu, a pressão dos pneus desigual, ou casos em que é muito alta ou baixa, afeta o desempenho e pode levar à ocorrência de acidentes, em especial em carros de alto desempenho ou veículos de grande massa, como os SUV’s.

Você pode comprar um medidor de pressão barato em qualquer loja de peças para automóveis, ou até num supermercado, e verificar a pressão atual contra a recomendação do manual do proprietário. Enquanto está a verificar os pneus pode aproveitar para verificar se o piso dos pneus tem indícios de desgaste diferente da frente e da traseira, podendo optar por rodar os pneus para promover o desempenho e um desgaste equivalente.

Outra área-chave são os travões do carro. Se você notar alguma ” suavidade ” no pedal do travão, ou sentir uma vibração anómala quando trava, leve o seu carro a um mecânico.

No guia da manutenção responsável, da Revista das Oficinas, indicam diversas verificações a efectuar regularmente para manter a sua viatura em forma para enfrentar as dificuldades diárias que encontra na estrada.

Verificações trimestrais


(ou todos os 5.000 km’s)
- Bateria e cabos (alimentação e massa)
- Correias (tensão, estado)
- Filtro do ar (verificar, substituir)
- Óleo e filtro do motor (lubrificantes

minerais)
- Escape (verificar fugas, suportes, borrachas)
- Filtro de combustível (verificar/substituir)
- Mangueiras (fugas, estado de conservação)
- Iluminação (substituir lâmpadas, focagem, se necessário)
- Pressão e estado dos pneus (verificar, corrigir)
- Água de lavagem dos vidros (atestar, com líquido próprio)

Verificações Semestrais


(ou todos os 10.000 km’s)

- Bateria e cabos (alimentação e massa)
- Correias (tensão, estado)
- Lubrificação do chassis (sendo necessário)
- Filtro do ar (verificar/substituir)
- Óleo e filtro do motor (lubrificantes minerais)
- Escape (fugas, suporte, borrachas)
- Filtro de combustível (verificar/substituir)
- Mangueiras (fugas, estado de conservação)
- Iluminação (substituir lâmpadas, focagem, se necessário)
- Fluido da direcção assistida (nível, estado)
- Fluido da transmissão automática (nível, estado)
- Pressão e estado dos pneus (verificar/corrigir)
- Água de lavagem dos vidros (atestar, com líquido próprio)
- Escovas limpa-vidros (verificar/substituir)

Verificar todos os 9 meses


(ou todos os 15.000 km’s)

- Bateria e cabos (alimentação e massa)
- Correias (tensão, estado)
- Filtro do ar (verificar/substituir)
- Óleo e filtro do motor (lubrificantes minerais, semi-sintéticos)
- Escape (fugas, suportes, borrachas)
- Filtro de combustível (verificar/substituir)
- Mangueiras (fugas, estado de conservação)
- Iluminação (substituir lâmpadas, focagem)
- Fluido da direção assistida (nível, estado)
- Fluido da transmissão automática (nível, estado)
- Pressão e estado dos pneus (verificar, corrigir)
- Água de lavagem dos vidros (atestar, com detergente próprio)

Verificações Anuais


(ou todos os 20.000 km’s)

- Bateria e cabos (alimentação e massa)
- Correias (tensão, estado)
- Travões (pastilhas, discos, fluido)
- Filtro do habitáculo (verificar/substituir)
- Lubrificação do chassis (se necessário)
- Luz avisadora de avarias ativada
- Polir a pintura
- Fluido de arrefecimento do motor (verificar/substituir)
- Fluido da transmissão automática (nível, estado)
- Filtro de ar (verificar/substituir)
- Óleo e filtro do motor (lubrificantes minerais,semi-sintéticos)
- Escape (fugas, suportes, borrachas)
- Filtro de combustível (verificar/substituir)
- Mangueiras (fugas, estado de conservação)
- Iluminação (substituir lâmpadas, focagem, se necessário)
- Velas de ignição/incandescência (verificar/substituir)
- Direção e suspensão (folgas, alinhamento, geometria)
- Pressão e estado dos pneus (verificar/corrigir)
- Água de lavagem dos vidros (atestar, com líquido próprio)
- Escovas limpa-vidros (verificar/substituir)

A manutenção preventiva é sempre a melhor opção, porque quando esperamos que algo rebente para o susbtituir, estaremos sujeitos a que algo mais que a primeira peça seja danificada, aumentando o custo da reparação e pondo em causa a segurança do automóvel e a integridade do condutor, dos passageiros e dos outros utentes da via pública. Lembre-se mais vale prevenir que remediar

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