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terça-feira, 8 de abril de 2014

ENCICLOPEDIA DO CONDUTOR 6


AQUAPLANAGEM

Está cada vez mais próxima a altura dos períodos com mais chuvas torrenciais. Sem ir mais longe, a minha rua é invadida por correntes de água várias vezes, a cada precipitação. Talvez você já chegou a rebocar carros estacionados na rua (por isso que eu tenho garagem!). Esses fatores aumentam a possibilidade de que uma poça de água traiçoeira nos faça perder o controlo de nosso veículo.

O nosso controlo sobre o veículo depende exclusivamente de que, entre os nossos pneus e o pavimento, exista uma força de atrito suficientemente grande. Por essa razão, tanto os pneus como o pavimento são feitos de materiais de alta fricção. Assim sendo, isto significa que o pneu está em contacto com o asfalto. O que acontece quando a água se intromete?

Não é que a água produza pouca fricção. De fato, como veremos adiante, ela pode produzir atrito suficiente. Assim, os barcos mais rápidos passam mais tempo no ar do que na água. O problema é que, quando passa sobre a roda, a água (o líquido) não permanece no mesmo local, todos nós que já fomos salpicados por carros e sabemos muito bem disso.


Se, debaixo do pneu em vez de asfalto existe a água, e quando o pneu tenta rodar (através da força do motor), o elemento líquido não irá oferecer nenhuma resistência à rotação. Em vez disso, vai salpicar para trás e para os lados. É como andar de skate: ele não oferece nenhuma resistência ao movimento do pé e, portanto, não fornece a força necessária que precisamos para seguir em frente. No caso da água, isso é chamado de aquaplanagem.

Para evitar esse fenómeno, os pneus têm um padrão gravado, com o intuito de guiar a água de modo a que ela não penetre entre a roda e o pavimento. Na verdade, esse aspecto é fácil de ver quando está a chover. Aquando da passagem de um carro com pneus molhados, são os sulcos dos pneus que ficam marcados no chão, quando este passa por pavimento seco.

Mas, como tudo na vida, a capacidade das rodas de reduzir os efeitos da água tem os seus limites. Se houver muita água, as marcas do pneu não vão dar vazão ao liquido, formando-se uma película de água sob o pneu e, assim, a temida aquaplanagem poderá ocorrer. Qual é o limite? Isso depende de várias circunstâncias. Vejamos detalhadamente quais.

Fatores do aquaplanagem


Provavelmente o fator mais importante, pois é a única coisa que o condutor pode controlar durante a viagem, é a velocidade. Falando em termos mundanos, quanto maior for a velocidade, menor o tempo a água terá para se “afastar”. Portanto, moderar a velocidade quando o pavimento está molhado é sempre uma boa ideia.

Outro fator importante são os próprios pneus. Se bem concebidos e com o desenho em bom estado, mais eficientes serão a afastar a água. Na verdade, todos nós sabemos que os automóveis de competição tem pneus de chuva especiais, com um design adaptado a essas condições. Claro, nós usamos pneus mais simples e que não vão ser tão bons quanto os de Alonso, Pedrosa e companhia, porque os seus pneus têm que se adaptar para todos os terrenos.

As próprias características do pneu também influenciam neste tipo de situação. Os pneus estreitos necessitam de mover menos água, assim suportam poças de água maiores. Embora isso não signifique que devemos imediatamente mudar os nossos pneus por uns mais estreitos, isso afectaria negativamente o nosso veículo. Mas isso talvez signifique que não seja uma boa ideia colocar pneus muito largas por mais bonitos que pareça (bem, é o que dizem e eu não vejo o que). O melhor mesmo é só usar os pneus recomendadas pelo fabricante.

O último fator é o peso do veículo. Os pneus dos veículos pesados ​​têm mais facilidade em se afundar nas poças de água. Sim, os veículos mais pesados tendem também a ter rodas mais largas, de modo que os dois efeitos tendem a se anular. Portanto, não há desculpa para conduzir como um louco na chuva.

A água que fica acumulada debaixo da água e leva assim à aquaplanagem não é o único risco. Também a água que fica na frente pode trazer problemas. Numa poça muito profunda, a frente do pneu acumula muita água, que fica à espera para se afastar. Isso é algo que você já viu por exemplo em uma piscina (ou até mesmo na banheira), ao empurrar a água com a mão ou o braço, verá que na frente o nível da água se eleva um pouco.

Esta acumulação de água produz uma resistência adicional ao avanço do pneu. Dito de outro modo, a energia necessária para levantar e mover toda esta água é extraída a partir da energia cinética do veículo. Em suma, ela tende a parar-nos. A situação piora se apenas um pneu está a pisar a poça de água, pois isso fará com que o carro tenda a divergir.

Portanto, se não pudermos evitar a passagem por uma poça de água o melhor é garantir que os pneus de ambos os lados entrem na água. E, se possível, ao mesmo tempo. Você vai notar que se dará uma pequena desaceleração, especialmente se não podemos desacelerar, mas pelo menos continuará em uma linharecta.

Tenha em mente que muitas destas tempestades torrenciais sazonais variam de local para local. É perfeitamente possível que faça uma viagem para um lugar onde acaba de chover e não tinha como se informar de tal facto. Assim, especialmente nesta altura de chuvas, é aconselhável ter cautela ao primeiro sinal de pavimento molhado.

Finalmente, mesmo sabendo de tudo isso e como podemos evitar que a aquaplanagem ocorra, devemos saber como reagir para recuperar o controlo do veículo. É sempre bom estar preparado.

CINTO DE SEGURANÇA

Hoje em dia já não se ouve, salvo raras exceções contadas pelos dedos da mão, aquelas histórias fantasmas sobre mortes e destroços causados pelo cinto de segurança. Recordo com especial interesse o caso do filho de quem foi o meu primeiro chefe, embora estivesse eu ainda longe da segurança rodoviária. Rebentou uma roda dianteira, caiu a um precipício e ficou um vegetal. O médico culpabilizou o cinto de segurança como o responsável pela lesão medular: Foi seccionada a partir do nível da C5, tetraplegia por necessidade.

Ao meu chefe de então nada lhe tirava da cabeça que o cinto tinha destruído as costas do seu filho. Por isso nunca o vi utilizá-lo, sem se importar das multas das multas que ia recebendo. Provavelmente o que este doutor queria dizer, porque não duvido por nada do seu conhecimento e sua experiência em casos de atenção urgente em acidentes rodoviários, era que o cinto agravou as lesões e inclusive provocou a mais grave de todas elas. Mas não seria pelo motivo em si de levar o cinto, mas sim por o levar mal regulado e mal colocado. Algo que parece tão óbvio e que é estudado rapidamente na aulas teóricas, converte-se logo em algo perigoso, algo em que ninguém repara devido à força do habito.

Aprendemos a colocar o cinto… de novo?

O primeiro passo para o correto uso do cinto é manter uma postura correta dentro do habitáculo. Sem isto percebido, é impossível pedir ao cinto que nos proteja. Também é extremamente importante evitar capas que cubram os bancos, que, mais tarde ou mais cedo, iriam retirar eficácia à correia que nos une à vida.

Uma vez posicionados corretamente, teremos que apertar o cinto tal como fazemos diariamente, sem dar mais importância ao assunto. A partir de aqui refinaremos os detalhes. Por exemplo, a faixa torácica deve passar sobre a nossa clavícula, sem se aproximar nem roçar no pescoço. Para tal podemos usar o regulador vertical da altura, embora nem sempre seja eficaz. No caso de, mesmo depois do acima, não ficar bem colocado teríamos que mover o assento, procurando três coisas: que não percamos a visibilidade ao mudar de posição, que a postura seja correta e cômoda para retardar o aparecimento da fadiga e que o cinto fique bem colocado. Mas, o que fazemos se mesmo assim não ficar bem?

O cinto de segurança e as pessoas baixas


Este ultimo caso acontece especialmente com pessoas baixas, naqueles que têm excesso de peso e em mulheres com bustos salientes. Devido à forma física do condutor, o cinturão não pode cumprir a sua função em condições e sempre fica mal. Supondo que pretendíamos trocar ou estamos a adquirir um carro, teremos que procurar qual o que se ajusta melhor. Não são recomendados os carros de três portas para esta faixa de população, devido a terem as portas maiores e os seus tensores estão mais recuados, o que implicará que o cinto suba com mais frequência e vá tocar no pescoço. Alguns veículos como os derivados de turismo e os carros comerciais mistos adaptáveis podem resultar melhor nesse aspeto, já que pela colocação e postura do lugar do condutor facilitam que a faixa passe pelo ombro, tal como deve acontecer.

Se como a grande maioria dos habitantes não podes trocar de carro como de roupa interior, visita a tua oficina de confiança e explica-lhes o teu caso. Decerto que podem colocar-te um tensor externo homologado que obrigue o cinto a adotar uma boa postura.

Não se trata de comodidade apenas, mas também de segurança. Uma almofadinha para evitar que o cinto roce no pescoço não vai solucionar o problema. Se tens um acidente e a correia ficar tensa provavelmente acabará por danificar a tua traqueia e lesionar gravemente os cervicais (lembra-te que quanto mais acima se produza uma lesão na medula, mais graves serão as suas consequências).

A faixa torácica e a faixa abdominal


Os cintos de segurança de três pontos de fixação demonstraram em inúmeros estudos que podem reduzir consideravelmente tanto o número e a gravidade das lesões bem como o número de falecimentos sofridos pelos ocupantes de um veiculo em caso de acidente. As vantagens do seu uso compensam largamente os seus potenciais problemas.

Todavia, os males ocasionados pela má utilização do cinto não dependem especialmente da faixa torácica, mas sim mais da parte abdominal. Nós a colocamos sobre o intestino, à altura da bexiga e de forma tal que fica paralela Às costas. Isto provoca um estresse interno considerável, já que comprime todas as vísceras provocando uma pressão idêntica em todas elas (princípio de Pascal), com a possibilidade de acabar em lacerações graves e hemorragias internas. Deita-te de costas e encolhe a tripa (não lhe estou chamando gorda), põe as tuas mãos nesses ossos que existem nos quadris e sobressaem logo por baixo do teu abdómen e antes do início dos músculos. Vêm-se nitidamente na imagem.


Portanto, coloca a faixa abdominal aqui e paralela, cuidado, não nas costas, nem nos músculos. Apenas assim poderá o cinto garantir com segurança para o nosso corpo a inércia como aquela a seremos expedidos em caso de acidente (entre 20 e 50 vezes o nosso peso corporal) Para as mulheres grávidas está desaconselhada esta maneira de colocar o cinto, já que pela situação e natureza do seu estado pode originar deslocamentos uterinos e traumatismos fetais. Se estás grávida, coloca o cinto da mesma forma que foi acima indicado mas no início dos teus músculos.

Em qualquer dos casos, evita o uso de almofadas e pinças: não vale a pena brincar com a vida e ainda menos colocar-se em perigo os que viajam contigo. Porque se não usas o cinto, converter-te-ás num projétil que causará mais dano do que o acidente em si. Apenas de ti depende.

RADARES

Preventivos, punitivos, tributários… Existe muita controversia sobre a idoneidade dos dispositivos automáticos de controlo de velocidade. Este artigo não se destina a aprofundar esta polémica mas a aprender como funciona o tipo mais comum de cinemómetro: o radar de velocidade.

Todos os tipos de de radar funcionam segundo o mesmo princípio básico: emitem uma onda eletromagnética em direção ao objecto a detetar, sendo esta onda refletida de volta para a antena. Analisando o sinal que retorna, podem ser conhecidas muitas características do objeto em questão.

As ondas eletromagnéticas são oscilações do campo eletromagnético que se propagam em linha reta à velocidade constante de 299 792 458 m/s, ou seja, um pouco menos de 300 000 km/s. Uns mil milhões de quilómetros por hora. A esta velocidade, seria possível dar a volta à Terra sete vezes e meia a cada segundo.

Ao número de oscilações que se produzem a cada segundo chama-se frequência. Os nossos olhos são capazes de ver as ondas eletromagnéticas que se produzem entre os 400 e os 800 mil milhões de oscilações por segundo; este tipo de frequências eletromagnéticas recebem o nome de luz. No entanto, as ondas utilizadas nos radares são frequências muito mais baixas.

Muitas pessoas pensam que o radar mede o tempo que o feixe eletromagnético demora a voltar à antena, mas isso não é verdade. Como a velocidade da luz é tão grande, o radar deveria ser capaz de medir tempos muito curtos, o que se torna muito difícil e dispendioso. Na realidade, o cinemómetro por radar baseia-se no efeito Doppler.


O efeito Doppler ocorre quando o recetor da onda se move em relação ao emissor ou vice-versa. Se o emissor se está a mover, significa que cada nova oscilação parte de uma posição ligeiramente diferente. Como consequência disto, a distância entre cada crista da onda será diferente. Pensemos, por exemplo, na onda emitida no mesmo sentido do movimento. Depois de emitir uma oscilação, o emissor desloca-se para a frente, fazendo com que a oscilação seguinte esteja mais próxima do que se o emissor estivesse imóvel.

Quando estas ondas mais próximas chegam ao recetor, parece-lhe que a frequência é maior. Contrariamente, as ondas emitidas no sentido contrário à marcha sofrem o fenómeno contrário: se o emissor se distancia do recetor, a frequência recebida é menor. Este fenómeno ocorre também com as ondas sonoras. É muito fácil notar isto nos automóveis de competição, o som é muito agudo quando se aproximam e, de repente, se converte em grave quando passam em frente e começam a afastar-se (daí utilizar-se a onomatopeia “fiiiiiuuuuuuuuu”).

Mas voltemos aos radares que vigiam as nossas estradas. Quando uma onda atinge o nosso automóvel, devido ao facto de este se mover a uma certa velocidade, a sua frequência muda. Bem, medindo a diferença na frequência, o radar pode saber a que velocidade se movia o veículo.

Mas não é assim tão simples. De novo, a diferença nas frequências é muito pequena devido ao facto de a velocidade a que circula ser muito pequena em comparação com a velocidade da luz. Para medir a frequência com tamanha precisão seriam necessários instrumentos muito caros e delicados.

No entanto, existe uma forma de poder medir alterações muito pequenas na frequência com facilidade: sobrepor a onda original e a refletida. Ao sobrepor duas ondas, as suas oscilações adicionam-se e formam uma única onda final. Se as duas ondas estão a oscilar para o mesmo lado, então a onda total terá o dobro do tamanho (interferência construtiva). Pelo contrário, se as duas ondas estão a oscilar em direções opostas, se anularão mutuamente e a onda final será muito pequena (interferência destrutiva).


No caso do radar, como as frequências das duas ondas são um pouco diferentes, o ritmo em que varia a direção da oscilação de cada uma também é diferente, como pudemos ver no diagrama anterior. Começam a oscilar ambas em direção ao mesmo sentido, o que faz com que a onda resultante (a laranja) seja maior. No entanto, ao fim de um bocado, oscilarão em sentido contrário, fazendo com que a onda laranja praticamente desapareça. E assim acontece ciclicamente.

Isto significa que a amplitude da onda total vai mudando com o tempo e se produzem pulsações. De novo, este fenómeno ocorre com todas as ondas; por exemplo, nas ondas sonoras utiliza-se para afinar instrumentos (i.e. se ao sobrepor um diapasão calibrado com uma corda de piano escutarmos pulsações, isto significa que a corda do piano não está bem afinada).

Pois bem, sabendo a largura de cada pulsação, o radar de velocidade pode conhecer a frequência da onda refletida. E sabendo a frequência, calcula a velocidade a que se movia o nosso carro. Com um bom equipamento, bem calibrado, podem ser obtidas medições muito boas da velocidade. Por exemplo, numa experiência de laboratório do segundo ano do curso de Física, com uma antena de microondas e um osciloscópio, eu mesmo pude medir a velocidade de um comboio elétrico com uma precisão de 1%.

FERRAMENTAS

Antigamente, o porta – malas de um carro era mais parecido com um armário de um motor do que um espaço destinado a levar os pertences do(s) ocupante(s) do(s) veículo(s). Por exemplo, garrafas de óleo, garrafas com água e uma caixa de ferramentas pesada, viajam para cima e para baixo quase prevendo possíveis acidentes.

Hoje em dia, todos nós sabemos que os automóveis (ou melhor dizendo,os veículos) são pura electrónica. Assim, em última análise, a(s) melhor(es) ferramenta(s) para obter a resolução dos mais variados problemas consiste num computador portátil, um conector para o sistema de diagnóstico EOBD (European On Board Diagnosis) e o software adequado. Isto é, a maior parte dos problemas devem ser resolvidos pelos profissionais das oficinas (os mecânicos), tendo em conta o grau de confiança da mesma.

Porém, há algumas ferramentas para o carro, ou ferramentas básicas que qualquer condutor deveria levar no porta – malas do seu veículo.

Ferramentas para o carro


Em primeiro lugar, para mudar algumas lâmpadas do carro deve usar-se uma chave de fenda e chave de estrela. Existem chaves de cabeça intercambiáveis que contêm ambos os tipos. As chaves totalmente intercambiáveis só são uma boa opção, mas apenas se temos a certeza que não vamos perdê-las nos piores momentos.

Outro ponto-chave serão os alicates, que são úteis para aqueles trabalhos que nos obrigam a agarrar peças que não conseguimos alcançar com os dedos. Estes devem ter uma zona de corte, para que se possa cortar qualquer coisa que seja necessária.

Claro que, para cortar, a melhor coisa são as tesouras. É uma ferramenta muito simples que só pode ser apreciada quando a possuímos, no entanto, esta pode levar-nos a mais um problema.

E, se o que vamos fazer com os alicates é tirar uma porca, é aconselhável fazê-lo com uma chave inglesa para evitar a destruição da peça que tentamos soltar.

Igualmente simples é ter um rolo de fita adesiva, que será essencial para pequenos reparos de emergência, marcar pontos, ou para impermeabilizar algo momentaneamente…

Para lidar com todas essas ferramentas será conveniente usar umas boas luvas, que devem estar arrumadas no porta-malas. Protegemos, assim, a pele de manchas, e também escoriações e queimaduras que podem acontecer quando estamos em contacto com as partes, ou elementos, mais quentes do veículo.

lanterna é outra ferramenta que é importantíssima em qualquer carro. Se nós não a levarmos, corremos o risco de perder algo que possa cair no compartimento do motor, ou até mesmo sob o banco. O mesmo se aplica ao facto de termos de fazer uma reparação num local pouco ou nada iluminado.

Ferramentas para ir um pouco mais além


Chaves de fenda Torx. Em muitas ocasiões utiliza-se um tipo particular de rosca, chamado Torx. Isto porque nos componentes do painel de instrumentos para o motor de arranque, pode ser usado parafusos Torx. Para extraí-los, precisamos de uma chave de fenda adequada.

Chaves Allen. Da mesma forma como ocorre com os parafusos Torx, sucede-se o mesmo com os parafusos Allen. Sendo assim, é útil ter um conjunto de chaves deste tipo.

Chave de catraca. Útil para aceder aos elementos que se encontram ligeiramente escondidos, como é o caso dos parafusos que compõem a fixação da bateria, por exemplo.

Nesta lista de ferramentas recusamo-nos a incluir o martelo, que é frequentemente recomendado para soltar os parafusos que prendem as rodas.Se alguma vez sentir necessidade de usar algo mais do que a chave de origem que traz o nosso carro, mais vale pedir ajuda especializada. Pelo contrário, se nos entusiasmamos a martelar podemos acabar por romper algum vaso ou partir a cabeça do parafuso que pretendemos soltar.

Finalmente, dependendo do modelo do automóvel, iremos dispor de um lugar mais ou menos adequado para levar todos esses elementos essenciais. Se não for o caso, podemos adquirir uma caixa de plástico pequena para levar as nossas quatro, mas imprescindíveis, ferramentas. Sempre é melhor do que levar numa bolsa de supermercado.

MASSA DO VEICULO

A massa do veículo está diretamente relacionada com três fatores básicos e essenciais na sua utilização, quanto maior a massa maior a energia necessária para desloca-lo, maior a dificuldade em fazê-lo mudar de direção e maior a distância necessária para pará-lo.

Em 1687, Isaac Newton, já tinha descoberto todas estas relações e escreveu na sua primeira lei diz que “Todo corpo continua em seu estado de repouso ou de movimento uniforme em uma linha reta, a menos que seja forçado a mudar aquele estado por forças imprimidas sobre ele”, mas vamos por partes e interpretar este assunto na perspetiva do mundo automobilístico.

Deslocar a massa do veículo


Começando pelo primeiro ponto, a massa influi a capacidade do motor em fazer deslocar o veículo, quando maior a massa mais energia é necessária para movê-lo. Comparando um veículo que tenha todas as características iguais – motor, relações de caixa de velocidade, dimensões de pneu, etc. – o mais leve será mais rápido a atingir determinada velocidade.

Com um peso superior a energia necessária para atingir a velocidade de cruzeiro, por exemplo os 110/120 km/h desde a entrada num troço de autoestrada, será superior também. Ou seja a capacidade de aumentar a velocidade também é afetada.

Vendo pelo prisma do seu bolso… perdão, da economia, considerando um veículo médio, com aproximadamente 1100 kg, se transportar 50 kg extra o seu consumo médio subirá em cerca de 5%. Não se esqueça disso a próxima vez que levar a passear a “tralha” que tem na bagageira.

Mudar a direção


Quando vira o volante e tenta efetuar uma mudança de direção no seu automóvel e segue em frente, a massa do veículo é uma das principais culpadas pela dificuldade em conseguir efetuar essa manobra. Aqui pode consultar a influência da aderência do pneu.

Essa força chama-se energia cinética e atua sobre qualquer objeto em movimento, e a sua ação é a de tentar continuar em frente e como já deve ter percebido quanto mais pesado o seu carro estiver ou quanto maior a velocidade, maior é a energia cinética e maior é a dificuldade em virar.

Newton descreveu que “A mudança de movimento é proporcional à força motora imprimida, e é produzida na direção da linha reta na qual aquela força é imprimida.” Inversamente podem considerar que quando a massa do veículo está em repouso, ou seja, a velocidade é nula, a energia cinética também é nula.

Se está habituado a circular numa estrada e efetua uma curva a uma determinada velocidade, o facto de tentar efetuá-la com o veículo mais pesado irá influenciar o desfecho dessa manobra. Com certeza que para evitar que a trajetória sejá alargada terá que reduzir a velocidade.

Parar a massa do veículo


Tão importante como mudar a trajetória é parar o automóvel. Ao tentar parar o seu veículo terá que lidar não só com a massa do seu veículo mas também com o fator vetorial da velocidade que sobre ele atua, ou seja a velocidade.

Quanto mais rápido for, maior distância percorrerá até conseguir imobilizar o veículo, segundo dados da Prevenção Rodoviária Portuguesa (PRP) circulando a 80km/h e considerando um tempo de reação de 1,2 segundos, percorrerá 58 metros para imobilizar um veículo, 27 metros devido ao tempo de reação e mais 31 metros para a travagem propriamente dita.

Aumentando 50% a velocidade, para os 120km/h a velocidade máxima permitida nas autoestradas, passamos a necessitar de 40 metros do tempo de reação e 71 metros da travagem, totalizando 111 metros. Constata-se um aumento de 91% da distância necessária para imobilizar o veículo.

Na construção e condução de veículos


A massa do veículo deve ser considerada como algo fundamental na segurança rodoviária, a sua influência sobre a dinâmica de um veículo automóvel é tão grande que não a levar em consideração é negligenciar um fator crucial quando conduzimos.

Todos os dias os construtores estão a adicionar “gadgets” aos veículos e dessa forma aumentando a massa do veículo, o seu peso, por outro lado novas técnicas de construção, novas formas de modelar o aço, novas ligas de metais e outros materiais leves estão a ser aplicados na construção para contrabalançar esse problema.

Aos construtores interessa construir automóveis com uma massa reduzida, pois quando menor esta for, mais fácil é fazê-la deslocar-se e com menos combustível, permitindo oferecer mais performance e economia só com a redução da massa do veículo.

EMBRAIAGEM

A questão é simples: arrancar com a embraiagem pressionada, sim ou não?

A resposta também é óbvia: Sim, se tivermos deixado uma mudança posta. Uma resposta um pouco mais elaborada: Sim, de modo a que se consiga evitar danos no motor de arranque e bateria.

Talvez a primeira coisa seja definir quais são os elementos que entram em jogo quando se inicia o motor de um carro, e a segunda é definir como é que a embraiagem atua no processo. Desta forma, tudo irá ficar suficientemente claro.

O que é uma embraiagem?



Normalmente num carro encontramos um motor, que é uma engenhoca que converte o combustível em movimento circular. Este movimento é transmitido para as rodas que, em contacto com o asfalto se transformam em movimento circular na deslocação do veículo. Para se conseguir a potência necessária para movimentar o veículo, à saída do motor encontramos um jogo de engrenagens, às quais chamamos de caixa de velocidades, entre relações de velocidade, as vulgares “mudanças”.

Para não danificar as engrenagens da caixa de velocidades, cada vez que passarmos de uma mudança para outra devemos utilizar a embraiagem, que é basicamente um conjunto formado por duas placas ou pratos queinterrompe ou transmite o movimento do motor para a caixa de velocidades e, a partir desta, para as rodas.

Antes de nos concentrarmos sobre o papel da embraiagem ao ligar o motor, devemos rever toda a situação entre aembraiagem e o motor. O que faz transformar o motor térmico (ou seja, o motor do carro) é um motor elétrico que é ligado quando ativamos a chave ou o botão de arranque do veículo ao qual curiosamente chamamos de motor de arranque.

Esse pequeno motor envolve momentaneamente o volante, que é o prato que está sempre conectado ao motor térmico do carro e agindo contra a embraiagem. De que forma se engata o motor de arranque ao volante? Engrenando-se na coroa do volante, que é serrilhada. Ao rolar o motor de arranque, o seu movimento começa a girar o volante, iniciando-se o ciclo do motor térmico, onde o ar e o combustível entram nos cilindros e começa o festival de combustão ou explosão, dependendo se usamos diesel ou gasolina. Só nesse momento é que soltamos a chave (ou no caso do botão de energia, é interrompida a alimentação do circuito térmico) e o motor de arranque é desengatado da coroa do volante.

Como é óbvio, o motor de arranque tem a capacidade suficiente para pôr em movimento o motor térmico, mas submete-lo a um esforço maior do que o necessário pode gerar não só a fadiga do motor, como também um consumo desnecessário da energia elétrica que sai da bateria. Um exemplo de consumo desnecessário é quando o motor térmico não arranca à primeira. Neste caso, nunca devemos manter o motor de arranque por mais de 4 segundos. Se passado esse tempo não conseguirmos com que o motor se coloque em movimento, esperamos 15 a 20 segundos até tentar novamente. Desta forma, daremos tempo para que a bateria se recupere um pouco antes da nova tentativa.

Então, que diferença faz o uso da embraiagem quando o motor está em funcionamento? Único. Se não ativarmos o pedal da embraiagem, submetemos o motor de arranque a um esforço desnecessário. Qual? O arraste a caixa de velocidades do eixo de entrada da engrenagem. E isso ocorre pois, embora não tenhamos nenhuma embraiagem, temos a alavanca das velocidades em ponto morto, com a embraiagem engatada o movimento do motor atinge o eixo de entrada da caixa de velocidades.

Isso, com o motor frio, é um problema uma vez que o óleo que banha as engrenagens da caixa de velocidades é extremamente denso, pelo que arrancar com o motor tão frio é um esforço considerável para o mesmo e que se pode perfeitamente prescindir sem qualquer dificuldade. Basta pisar a embraiagem até que o motor se ponha em marcha, depois basta soltar a embraiagem e seguir caminho.

ZONAS INDUSTRIAIS

É publico e sabido que Portugal, nos meios populacionais mais pequenos, ainda tem uma rede rodoviária em nada adaptada à realidade do século XXI, do fluxo de tráfego existente e da segurança rodoviária que se exige para as populações que se movimentam nesses locais, muitas vezes maioritáriamente compostas por idosos.

Se efetuarmos uma análise breve sobre a industria portuguesa, mais propriamente a sua localização, verificamos que, nos anos 60, 70 e até mesmo 80, as grandes empresas eram edificadas fora das zonas populacionais, no entanto o que acontecia, é que ao redor dessas industrias começavam a nascer povoados que hoje são freguesias. Locais com, agora, um número considerável de população.

Obstáculos na via


Hoje trago um caso real que servirá de exemplo ao que quero abordar. Certamente que ao longo do país existem outros casos muito idênticos. Situações que colocam em questão a segurança alheia e que a responsabilidade de tal acontecer não poderá ser imputada aos diretos intervenientes, pois não lhes é disponibilizada outra solução.

Na zona da Figueira da Foz, existe uma pequena vila de nome Fontela. Aí, existe uma fábrica de vidro desde a longínqua data de 1 de Maio de 1920, ano de inicio de produção. Acontece que quando foi edificada ao seu redor nada ou pouco existia. Hoje a realidade é bem diferente. Hoje existe uma densidade populacional que, não sendo muito elevada, apresenta um fluxo elevado de movimentação.

Ora, o facto de existir um fluxo elevado de movimentação, só por si não cria grande problema. A questão coloca-se quando o acesso a essa fábrica se faz por apenas dois lados com uma entrada comum. Ou seja, para os muitos automóveis pesados de mercadorias terem acesso à referida fábrica, seja para descarregarem matéria prima, seja para carregarem produto elaborado, terão de transitar por uma das duas vias de acesso que só por si são muito limitadas na sua dimensão.

Vindo do lado da cidade da Figueira da Foz, esses automóveis pesados de mercadorias terão de utilizar uma via muito estreita onde as habitações e comercio existentes têm uma saída direta para a faixa de rodagem. Existem algumas curvas apertadas, espaços muito estreitos e total ausência de passeios ou bermas. Se se deslocarem vindos a A14, então irão os motoristas dos automóveis pesados encontrar uma estrada igualmente estreita, com algum transito de veículos pequenos e conduzidos por idosos

Se até aqui a coisa é complicada, mais se torna quando estes veículos de dimensões mais elevadas alcançam as instalações da referida fábrica. Acontece que para terem acesso ao interior da mesma, os motoristas terão de efetuar um “chek-in” e somente depois poderão deslocar o veículo para o seu interior. Esta é uma situação comum em qualquer meio fabril.

O grande problema é que enquanto efetuam o “chek-in” e aguardam a sua vez para operarem, as viaturas ficam estacionadas na via pública, muitas vezes em enormes filas e a proporcionar uma situação de obstáculo que condiciona a fluidez, já por si escassa, e a segurança rodoviária no local. Tal situação é acrescida por ausência de sinalização que indique os demais condutores para a eventualidade da via se encontrar parcialmente obstruída.

Uma vez que ao longo do país existem tantas situações deste tipo, era espectável que as entidades industriais e as autarquias encontrassem soluções capazes de ir ao encontro da segurança rodoviária e fluidez do tráfego. No caso especifico aqui descrito, tal seria facilmente solucionado, bastando para tal que se criasse um espaço para paragem destes veículos ou no interior da empresa ou num espaço existente contíguo à fábrica.

VIAS EM PARALELOS

Existem muitas estradas, ruas, praças e pátios cujo pavimento é construído com paralelepípedo, algumas delas já são seculares e até algumas julga-se que já são milenares, mas que ainda hoje em dia servem a população. Esses pavimentos de paralelepípedo resistiram aos passar dos séculos.

Há uma infinidade de cidades antigas com pavimentos de paralelepípedo, que são preservadas na atualidade, em especial nas zonas históricas. Só por curiosidade, existem pavimentos com mais de 100 anos que se encontram em perfeito estado de conservação e parecem ter sido feitos recentemente.


Na Capela Sistina, em Roma, obra construída entre 1508 e 1512, o calçamento foi feito cerca de 20 anos depois. O Coliseu, em Roma, concluído no ano 37 e sem registro do ano do calcetamento são talvez as duas obras mais famosas onde existe a utilização de paralelepípedos que se mantém até aos nossos dias.

Outros locais de relevo são a Praça vermelha, em Moscovo, cujo pavimento em pedra foi feito provavelmente há 1200 anos e o Arco do Triunfo, em Paris, que possuí um calçamento com mais de 700 anos.

Em Lisboa existem diversos arruamentos cujo pavimento conta com mais de 500 anos e pode-se considerar que está em perfeito estado de conservação. Naturalmente que algumas sofreram com o desgaste provocado pelo aumento da massa dos veículos que nelas circulam, passando de aproximadamente 500 quilos (cavalos) para perto de 2.000 quilos alguns dos veículos (SUV’s) que usamos no dia-a-dia.

A influência do clima


Todos os calçamentos dos tipos paralelepípedo, sem juntas de cimento são considerados pavimentos ecologicamente corretos, pois permitem a infiltração da água da chuva. As vantagens desta infiltração vão desde a recarga do lençol freático, à diminuição da vazão escoada para os mananciais, o que diminui os riscos de enchentes.

O asfalto, embora sendo uma camada fina, tem o poder de absorver calor durante o período de insolação, este calor é liberado para o meio ambiente, o qual pode ser sentido ao andar pelas ruas asfaltadas. A temperatura é tanta que podemos sentir a liberação do calor nos pés.

O pavimento de asfalto ainda continua irradiando calor por um bom tempo após o sol se pôr, o aumento da temperatura em relação com outros revestimentos é de até 3º C, mas com sensação térmica de até 5º C.

Segundo a EcoPisos, empresas especializada em pavimentos, as estradas asfaltadas, em dias de calor extremo, o pavimento chega por vezes a derreter e até enrugar, nos pontos onde o trânsito é intenso e é mais notório onde passam veículos pesados de mercadoria.

No piso de paralelepípedos o comportamento é totalmente diferente, segundo afirma a EcoPisos, uma vez que este tipo de pavimento, por características geológicas da pedra, absorve menos calor.

Este comportamento se deve, além das características da própria rocha, a espessura do calçamento em contato com a base, com o solo, facilita a dispersão do calor absorvido, não irradiando o calor por muito tempo depois do período de insolação, deixando a temperatura mais amena e tornando o clima mais agradável.

Vegetação e escoamento de água


Outra grande vantagem dos pavimentos paralelepípedo, é que depois de algum tempo aparecem fungos e gramíneas inseridas entre as juntas, ou seja,no topo da junta, partes que normalmente acumulam areia.

Estas colônias de vegetais que aí proliferam podem ser impercetíveis para muitos, mas desempenham funções importantes para o meio ambiente como a absorção de água e nutrientes, fazem ainda a retenção de parte dos sólidos trazidos pela água de chuva, de micro partículas de poluição como borracha do desgaste de pneus e resíduos de travões dos veículos.

O papel exercido por estas vegetações contribui diretamente para a qualidade da água e consequentemente da vida aquática. Estas plantas que crescem entre os calçamentos, ajudam ainda, a diminuir a velocidade de escoamento das águas superficiais e contribuem de forma substancial para dissipar o calor recebido pelo calçamento.

A nível ambiental, estas pequenas plantas realizam a fotossíntese capturando o CO2 libertado pelos carros e libertando  O2 para a atmosfera. É bom lembrar que elas não prejudicam os aspetos visuais das vias, uma vez que são muito pequenas e as que sobressaem das juntas das pedras, os pneus já fazem a poda com o atrito no calçamento.

Outro ponto agravante com o asfaltamento das ruas é o aumento da velocidade de escoamento das águas de chuva, uma vez que a camada de asfalto normal é impermeável, e visivelmente mais regular que o pavimento de paralelepípedo, o que facilita o escoamento da água. Como tem uma vida útil pequena em relação aos pavimentos de paralelepípedo, fato já comprovado, pelo desgaste do atrito e de intempéries, ainda temos o aumento da velocidade de escoamento da água de chuva que provoca um desgaste considerável para o pavimento asfáltico.

Duração do pavimento


O pavimento asfáltico tem pequena vida útil quando confrontado com os calçamentos de paralelepípedo. Segundo a EcoPisos, a vida útil do pavimento asfáltico é menor que um milionésimo da vida útil dos pavimentos de paralelepípedo.

A resistência mecânica ao desgaste da rocha do paralelepípedo é muito superior à do asfalto, porém a aderência do pneu é inversamente proporcional, pelo que este tipo de piso é geralmente usado em zonas de trafego de baixa velocidade, onde a menor aderência não é comprometedora da segurança rodoviária

ASFALTO

As estradas cumprem uma função fundamental na sociedade moderna, proporcionando maior mobilidade para as pessoas, bens e serviços. Permitem impulsionar o crescimento sócio-econômico de uma região e de um povo, para que cumpram bem a sua função usamos geralmente asfalto como superfície de eleição. O asfalto é um aliado da segurança rodoviária.

As estradas de asfalto oferecem muitas vantagens, incluindo a eficiência de custos, redução da poluição sonora, melhoria da segurança e conforto, durabilidade e reciclabilidade. Utilizando materiais derivados de asfalto na construção de estradas e manutenção podemos melhorar as condições para todos os utentes.


As novas tecnologias estão tornando o asfalto no líder do acabamento das vias de circulação rodoviária. O uso de superfícies de estrada de asfalto permite reduzir significativamente o ruído, tanto dentro como fora do carro, ajudando a evitar acidentes por aliviar uma fonte de stress que contribui para a fadiga do condutor.

Estradas de asfalto normal têm os mais baixos níveis de ruído de todos os pavimentos tradicionais e o mais recente desenvolvimento de asfaltos porosos tem reduzido os níveis de ruído ainda mais. Por comparação, a superfície do asfalto produz metade do ruído gerado por uma superfície de cimento, e asfalto poroso, mencionado no parágrafo anterior, reduz este em mais de 50%.

O asfalto é indicado para todo o tipo de vias, desde autoestradas, vias urbanas, suburbanas e rurais e sua flexibilidade é particularmente útil para lidar com as tensões de grandes cargas de tráfego em pontes. Em áreas onde as estradas têm de lidar com a congelação e descongelação frequente, graças à elasticidade do betume, pode ser concebida para suportar os ciclos de temperatura extremas.

Dias de chuva


Novas tecnologias garantem uma rápida dispersão e de drenagem de água de superfície, reduzindo a pulverização de água e, portanto, melhorando a visibilidade para o motorista em dias de pluviosidade.

Os novos materiais de asfalto poroso aumentam drasticamente a dispersão da água da superfície, reduzindo assim o risco de aquaplanagem e aumentar a visibilidade das marcas rodoviárias.

Resistência à derrapagem


A drenagem e textura da superfície da estrada são os dois elementos cruciais que resistência à derrapagem. A capacidade de drenagem de asfaltos porosos e precisão na mistura do asfalto usado desempenham um papel vital na resistência à derrapagem.

Superfícies de asfalto que proporcionam elevados níveis de resistência à derrapagem podem ser utilizados quando a segurança é primordial, por exemplo, em zonas de escolas ou onde existem condições de estrada extremas, por exemplo declives ou curvas acentuados, ou regiões onde a orografia naturalmente é acidentada.

Manutenção fácil


As propriedades do próprio asfalto são cruciais em momentos de reparação da superfície, pois significa que podem ser facilmente reparadas e rapidamente restabelecido o fluxo de trânsito, isto é muito importante para os responsáveis da gestão da estrada, a fim de reduzir a ocorrência longos períodos de obra.

Estradas de asfalto são rápidas de construir porque, efetivamente, o asfalto não precisa de tempo de “cura”, os condutores podem utilizar as vias logo que o último rolo compressor sair da zona de construção.

Isso significa menos atrasos nas deslocações e estradas mais seguras para o público que as utiliza. A velocidade e facilidade de acesso ao subsolo também são importantes, pois permite a instalação ou substituição de condutas e cabos para serviços de utilidade pública, tais como a comunicação, água, gás e eletricidade, o que é crucial para minimizar o congestionamento associado e frustração condutor

Asfalto colorido


Outro recente avanço no asfalto tem sido o desenvolvimento de superfícies coloridas ou com texturas. Estes são cada vez mais utilizados como um mecanismo de segurança para tornar mais fácil para os motoristas a identificar faixas reservadas para fins especiais, como corredores de autocarros, paragens de autocarros e as cada vez mais populares ciclovias.

Asfalto colorido também pode ser usado para alertar o condutor para áreas perigosas, tais como junções escondidas ou curvas acentuadas, bem como as áreas que requerem precauções especiais de segurança, tais como zona junto a escolas.

Totalmente recicláveis


O asfalto é 100% reciclável e é rotineiramente moído e colocado juntamente com materiais frescos, economizando dinheiro e preservando os recursos naturais não renováveis. A reciclagem também reduz o uso de cascalho virgem, preserva aterros e poupando no transporte.

Quando circular numa via asfaltada relembre-se os responsáveis pela manutenção das estradas dispõem de tecnologia para tornar mais segura a sua viagem, pois o asfalto é um aliado da segurança rodoviária, mas depende também de si informar-se e utilizar de forma adequada e responsável o seu veículo.

PASSAGENS DE NIVEL

O meio rodoviário comporta diversos pontos de circulação que condicionam a segurança comum. Tal deve-se ao facto de no meio rodoviário circularem diversos tipos de utilizadores, uns mais vulneráveis que outros, com diversas dimensões e comportamentos. Acontece que, em determinados espaços,  as vias rodoviárias se cruzam com via ferroviárias, o que faz aumentar exponencialmente o risco de sinistro.

Algumas são as vezes, felizmente cada vez menos, em que sabemos de um caso de acidente envolvendo veículos, peões e comboios em espaço de passagem de nível.  Ficamos a pensar qual a verdadeira razão que fez acontecer o referido acidente, pois as passagens de nível que conhecemos, habitualmente, têm guardas de segurança.

Acidentes em passagens de nível


Até à relativamente poucos anos, havia em Portugal um grande número de passagens de nível que não tinham qualquer tipo de barreiras de segurança. No entanto, nestes últimos anos, a entidade responsável pela  gestão da rede ferroviária portuguesa, tem desenvolvido esforços no sentido de, não apenas acabar com essas passagens de nível sem barreiras de guarda, como também terminar com as que dispõem dessas barreiras de guarda.

Acontece que não será de todo possível reduzir a zero a existência das passagens de nível. Tal não será possível porque muitos são os locais em que a envolvência do meio não tem capacidade para a realização de obras que permitam a edificação de um viaduto ou de uma passagem subterrânea.  Deste modo, vamos continuar a encontrar, por essas estradas de Portugal, alguns pontos de interseção entre vias rodoviárias e vias ferroviárias.

Muitos dos acidentes rodoviários que existem em passagens de nível são mortais. Tal facto deve-se à diferença entre a estrutura de um veículo e a estrutura do comboio, sua velocidade e força de impacto. Mas, continua-se, após cada acidente, a questionar-se da verdadeira razão de se ter dado, em determinado lugar, tal conflito. Sabemos que algumas vezes, principalmente quando envolve peões, se trata de suicídio. No entanto, outras tantas devem-se realmente a que factores?

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