Cada vez que aceleramos
bruscamente o motor consome mais combustível e produz mais CO2. Porque cada vez
que travamos bruscamente submetemos a um esforço adicional todos os sistemas de
travagem e suspensão, bem como as rodas e pneus. Acelerar fortemente para
acabar por travar logo após uns segundos é deitar dinheiro fora. Não vale a
pena. A curto prazo, a suavidade ao volante é economia para o nosso bolso. A
longo prazo, a suavidade ao volante é vida para o veículo.
8. Tente
antecipar-se ao tráfego.
Desta forma evitaremos os
extremos a que nos referimos no ponto anterior. Para antecipar-se é essencial
manter sempre uma distância razoável em relação aos restantes veículos,
observar e entender o que nos rodeia e decidir e atuar o quanto antes, para
evitar que as situações nos apanhem desprevenidos.
9. Mude a
velocidade o mais cedo possível.
As velocidades mais
longas (4ª, 5ª e 6ª) são as que menos combustível consomem, segundo dados da
Comissão Europeia. Claro que de nada servirá passar a uma velocidade longa se
nos empenhamos em acelerar bruscamente para recuperar a velocidade a todo o
custo depois de ter mudando de velocidade. A ideia é que mudemos de velocidade
para relaxar o motor, fazendo-o trabalhar ao mínimo regime de rotação possível.
10. Considere
a possibilidade de partilhar o automóvel para ir trabalhar ou durante o seu
tempo livre.
Desta forma se reduz o
tráfego e o consumo de combustível. Quando várias pessoas partilham uma
necessidade de mobilidade, o mais inteligente é economizar recursos. Procurar
desculpas peregrinas é sinónimo de enveredar pelo consumo irracional. Se se
puder fazer e todos os ocupantes forem pessoas honradas, limpas e asseadas,
porque não partilhar a viagem?
Conselhos de bolso para
benefício da nossa bolsa. Nem mais, nem menos
Apps e uso
A utilização de apps para
ajudar na condução está a ter uma grande
adesão por parte dos condutores portugueses, seja derivado à
maior oferta de apps, seja pela maior penetração dos smartfones no mercado
móvel.
Atualmente é possível
descarregar aplicações sobre quase tudo o que se relaciona com a condução, com
o trânsito, com as zonas em obras, até permite selecionar os melhores trajetos,
os mais económicos ou os mais rápidos.
Uma área onde a oferta
era mais limitada era
a da condução considerada mais avançada, fosse na vertente defensiva, fosse na
vertente ecológica, mas diversas empresas começaram a desenvolver e apresentar
propostas nessas áreas.
Por intermédio de módulos
de aprendizagem em vídeo, o instruendo tem a oportunidade de obter novos
conhecimentos ou relembrar-se dos mesmos, atualizando os seus conhecimentos
relativamente às técnicas e práticas de condução automóvel.
Outras aplicações mais
viradas para a vertente ecológica e de economia
de combustível, e já agora porque não de redução do desgaste da
viatura, estão a ser colocadas à disposição do público em geral, permitindo que
seja possível economizar nas suas deslocações diárias.
A metodologia de
funcionamento por detrás destas apps é geralmente a que o condutor interessado
descarrega para o smartfone, lê, aprende e depois ao conduzir aplica esses
conhecimentos.
No entanto algumas
essencialmente as que monitorizam
a eficiência da condução na vertente dinâmica e que por isso
estão ligadas ao GPS, informam em tempo real as opções do condutor em virtude
das alterações de velocidade mais brusca ou suaves.
Boa utilização das apps
Estas aplicações podem
ser uma grande ajuda se a informação disponibilizada seja simples, intuitiva e relevante,
pois como a Ferrari referia para os seus modelos de competição, informação que
não cumpra esses critérios são distração.
Voltando às apps para
ajudar na condução, como em qualquer formação específica estas demonstram um
conjunto de técnicas que possibilitam ao condutor melhorar o seu desempenho na
estrada, possibilitando o aumento do nível segurança ao de todos.
A qualidade da circulação
automóvel, a também chamada fluência do trânsito, acaba sendo beneficiada com
uma consciencialização dos
automobilistas para não conduzirem de
forma impulsiva e agressiva.
Utilize as apps de forma
responsável, algumas técnicas ensinadas são de utilização exclusiva em manobras
de recurso, para evitar acidentes ou reduzir a gravidade de acidentes
inevitáveis, mas nunca numa condução normal.
O bom uso dado às apps
desenvolvidas para ajudar na condução, depende em primeiro lugar do criador da
aplicação que deverá torna-la o mais clara
e intuitiva possível mas, na minha opinião, nunca pode ser
descurada a vertente prática.
Após sabermos a teoria e
o porquê de como algo funciona de determinada forma, deveremos passar à prática
e nada melhor que fazê-lo num espaço próprio e principalmente acompanhado de
quem sabe. Utilize os serviços das escolas
de condução defensiva existentes no país.
Coimas pelo uso durante a
condução
Em 2012 foram 55.000 condutores os
autuados em Portugal, pela utilização do telemóvel durante a condução. O que se
traduz numa média de 150
coimas por dia, estes são dados oficiais apurados pela
Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).
A infração de conduzir ao
utilizar telemóvel é considerada grave, de acordo com o Código da Estrada, e
sancionado com uma coima mínima de 120 euros. Um valor já significativo,
representa cerca de 25% do
ordenado mínimo português.
O Código da Estrada, no
seu artigo 84.º, determina que é proibido “ao condutor utilizar, durante a
marcha do veículo, qualquer tipo de equipamento
ou aparelho suscetível de prejudicar a condução, a não ser que
estejam equipados com auricular-mono ou sistema de alta voz, e cuja utilização
não implique manuseamento continuado”.
Se anteriormente a
maioria dos condutores autuados estavam a falar ao telemóvel, atualmente são
cada vez mais os casos de utilização não só para o envio de SMS, mas para
consultar e actualizar os perfis em páginas socias.
Como é possível que
tantos condutores continuem a ser apanhados em situações que todos sabem de
antemão que gerará coimas? Será que o proveito
ou prazer de utilizar os equipamentos e respetivas aplicações
se sobrepõem aos custos?
Altruismo rodoviario
A segurança rodoviária está
e tem inicio na atitude e comportamentos rodoviários de cada condutor.
Um condutor, seja ele
qual for, tem uma evolução na sua prestação, que percorre três estados;
Principiante, Confiante e Alarmante. Este três “estados” não têm fronteiras ou
demarcações, não sendo portanto possível determinar ou avaliar o seu momento
exato de transição ou se este já aconteceu. Existem casos em que nunca se chega
a sair do primeiro “estado”, com abordagens ao terceiro “estado”, e outros
em que nunca chegam a conhecer o segundo “estado”, passando de imediato para o
terceiro.
Em todos estes “estados”
a prestação rodoviária pode ser discreta, não condicionando o trânsito e a sua
segurança, no entanto muitas são as vezes em que essa mesma prestação é
provocadora de conflitos vários, levando ao sinistro. Para melhor percebermos do que se
está a debater, e o seu alcance na segurança rodoviária, vamos identificar os
três “estados” como:
Principiante
Todo o condutor que se
encontra numa fase de aprendizagem
no manejo de uma viatura.
Confiante
Todo o condutor que está
convencido ter o controlo total da atuação da sua viatura.
Alarmante
Todo o condutor que se
apresente na via publica, demonstrando julgar ser o único a transitar nessa
mesma via.
Este é o momento em que
cada um de nós se encontra a pensar e a autodefinir em que “estado” nos
encontramos. Este é o momento em que grande parte dos leitores se incluí
no segundo “estado”, o do confiante, aquele que está certo do seu total domínio do veículo.
Na verdade e como foi
referido anteriormente, não é possível determinar, em concreto, em que
“estado” estamos a determinado tempo. A verdade é que estamos envolvidos neles
todos a determinado momento. A saber:
Principiante
Associamos esta fase da
nossa vida de condutor ao facto de sermos encartados à pouco tempo. Este tempo
é definido como os três primeiros anos de carta, uma vez que é neste período
temporal que o condutor está integrado no “carater provisório” previsto por legislação
em vigor. Acontece que muitos são os condutores que não efetuam prática de condução
continuada, levando mais tempo a sair desta primeira fase pela razão dos recém
encartados.
Mas, e os condutores cuja
data de aquisição de carta
de condução já excedeu esses primeiros três anos provisórios,
também podem ser integrados no “estado” principiantes? A resposta é sim.
Ou seja, sempre que um condutor, por mais experiencia que tenha, se
coloque aos comandos de uma viatura diferente daquela a que está
habituado ou para a qual está “formatado”, não deixa de ser um principiante.
E não o deixa de ser,
pois também ele vai ter um período de adaptação à nova viatura, nomeadamente à
sua sensibilidade e comportamentos. Afinal existem diferenças de comportamentos
de veículos. Basta para tal observarmos fatores como; suspensão, travões, ponto de embraiagem,
distância entre eixos, centro de gravidade, visibilidade de dentro para o
exterior do veículo, dimensão do veículo, dimensões dos pneumáticos, tipo de
veículo, etc…
Afinal não podemos
ignorar o facto de muitos acidentes ocorrem pela razão de muitos condutores
aplicarem o mesmo tipo de condução nas mesmas circunstancias a veículos
tecnicamente diferentes e com reações muito distintas.
Confiante
Este é o “estado” em que
grande parte dos condutores se julgam situar. Ou porque já têm carta de
condução à muitos anos, ou porque conduzem regularmente ou porque a necessidade
de afirmação social assim o exige. Na verdade tal confiança deve existir porque
é necessária. No entanto deve ser moderada e quantitativamente controlada, não
atingindo o excesso.
Tal não acontecendo, como
muitas vezes se verifica, pode dar origem á realização de manobras mal calculadas ou deficientemente
realizadas, em muitos casos com resultados catastróficos. Este
“estado” requer e exige dos condutores um saber-estar e saber-fazer de elevada
qualidade, afim de diminuir a possibilidade de erro.
Alarmante
Este é um “estado” quase
extremo e que facilmente é atingível pelo condutor principiante, pelo confiante
e por um condutor mais veterano, aquele cuja idade já lhe condiciona os canais
de recolha de informação (visão, audição, etc…), assim como a noção de posição
na via.
O “estado” alarmante é
facilmente alcançado pelo condutor principiante que não consegue abstrair-se da
ansiedade que o acompanha inicialmente, levando-o a cometer erros que podem
fazer a diferença entre dar-se ou não o acidente. esta situação acontece,
essencialmente, na fase do “desmame” do novo condutor. aquele período em que
deixa de andar acompanhado pelo formador e passa a estar sozinho.
Uma vez conquistada a
confiança, muitos são os condutores que se acham “os melhores condutores do mundo”
e, abandonando os bons comportamentos rodoviários, projetam-se para um
estilo de condução agressivo, que coloca em perigo eminente os utilizadores da
via publica. Já alguns condutores de idosa idade, não fazendo regra,
abraçam o “estado” alarmante, uma vez que as suas condições psicofísicas
se encontram, de certo modo, debilitadas.
Tal exige dos outros
condutores um alerta redobrado e uma conduta mais altruísta e da classe médica
uma atenção mais profunda na avaliação das condições físicas e psicológicas dos
candidatos à renovação da sua carta de condução.
A segurança rodoviária é
uma atitude do condutor que requer comportamentos
cívicos e tolerantes.
Mau estado das vías…
Algum tempo atrás
aconteceu-me um caso surpreendente. Digamos que, para ir do ponto A ao ponto B
(cerca de 25 km) podia
escolher entre dois caminhos. O primeiro é uma estrada com bom
asfalto e em que você pode manter uma velocidade mais ou menos constante de 90
km/h, com relativa facilidade.
A segunda opção, uma
estrada secundária com o piso destruído pela passagem de centenas de camiões
diários, com muitas curvas, mas onde também pode ser mantida uma velocidade
mais ou menos constante de cerca de 60 km/h.
Com a segunda opção poupo
alguns quilómetros e um controverso cruzamento para juntar-se a estrada
nacional. Claramente, por ser menos perigoso e com menos percurso,compensava-me fazer
a minha viagem por essa segunda opção, mesmo com os solavancos e o facto de ser
um pouco menos confortável.
Como observo
consistentemente todas as despesas do veículo, apercebi-me de que ao longo dos
dias, o consumo tinha
aumentado ligeiramente. Eu culpabilizava o facto com o nível de
conhecimento que tinha dessa estrada ou que talvez a minha condução fosse um
pouco mais rápida, mas para descobrir com certeza, eu comecei a fazer a viagem
pela primeira opção, a estrada nacional.
Para minha surpresa, o
consumo foi inferior, muito mais em linha com a média do veículo. Cheguei então
à conclusão de que o
estado da estrada de alguma forma influenciou o consumo do
veículo e veja onde, nos dias de hoje, eu encontrei uma notícia que o confirma.
De acordo com um estudo
realizado pela Associação
Espanhola de Fabricantes de Misturas Asfálticas (Asefma),
as estradas em mau estado elevam o consumo de combustível dos veículos em 34% e
diminuem a sua vida útil em até 25%.
Eu não tenho outra
escolha a não estar um pouco cético relativamente aos valores, principalmente
vindo de alguém que se dedica ao asfalto. Todos já fizemos algo no
arredondamento de valores, para melhorar um pouco os resultados. Mas o que está
claro é que talvez a
falta de manutenção das estradas têm um efeito nocivo sobre
os nossos veículos e a nossa segurança.
Eu ia dizer que,
logicamente, os amortecedores são
os primeiros itens a sofrer mais nos veículo durante a condução diária em
terrenos acidentados. Mas no momento eu pensei que quando a sua substituição é
realmente necessária torna-se uma das não resolvidas na manutenção de veículos,
pois quantos de vocês mudaram os amortecedores antes que na inspeção
obrigatória lhes dissesse que deveriam de mudar? Quantos os mudaram antes dos
100.000 kms? Quantos fazem a revisão a cada 40.000 km em busca de derrames ou
mau funcionamento?
A ver se teremos sorte e
com o novo
investimento em manutenção concedido pelo Governo, o carro
me dura um pouco mais, pois ainda não é a hora de mudar por muito que outros
modelos me pisquem o olho.
Stress e condução
O estresse é
um estado do organismo que se
baseia num pedido extraordinário de capacidades físicas ou psicológicas para
desenvolver uma atividade de forma pontualmente mais eficaz. Em qualquer
reportagem sobre o tema que toda a gente vê à hora da sesta observamos o
estresse no animal que aguarda o momento certo para saltar sobre a sua presa.
Nesses momentos, o bicho em questão carrega-se de estresse para conseguir uma
saída imediata que lhe permita lutar para alimentar-se. Então, consumado o
banquete, o estresse desaparece e fica guardado para a próxima ocasião em que
seja necessário.
Visto assim, o estresse
em si não é algo mau, mas sim algo que faz parte da Natureza. O ser humano
funciona de forma semelhante: nós estressamo-nos para conseguir um maior
rendimento. Mas este maior rendimento tem uma consequência lógica: a fadiga.
Portanto, quando o estresse se torna uma situação pontual é um inconveniente. O
estresse continuado é uma fonte de problemas quando se combina com uma
atividade que requer concentração, como a
condução de um veículo. Neste texto abordamos o estresse
continuado, o ‘mau’, aquele que é incompatível
com a condução.
Como causas
de estresse externas à pessoa temos
pontos tão diferentes como a temperatura, a umidade ambiental, a existência de
eletricidade estática, o ritmo do tráfego, o ruído… As causas internas têm a
sua base na tensão emocional e na incapacidade de desligar mentalmente das
preocupações. Isto leva a uma série de consequências que há que ter bem
controladas quando nos sentamos ao volante.
Uma das
consequências fisiológicas do estresse é a midríase. Os olhos adaptam-se para captar mais luz, pelo que as
pupilas dilatam-se e por esse motivo, a visão geral vê-se afetada uma vez que a
luz ambiente magoa muito mais e dificulta a focagem dos objetos a curta e média
distância.
Não parece o melhor
estado para se sentar ao volante de um veículo, pois não? O estresse cansa. Ao
pedir ao corpo para trabalhar acima das suas possibilidades ficamos sem
recursos. A fadiga e o cansaço aumentam. E o cérebro, que de tolo não tem nada,
tentará preservar a nossa saúde desconectando o nível de consciência e
deixando-nos num estado de descanso para recuperar forças. Dito em bom
português, ficaremos adormecidos. Isto não
está mal de todo se nos acontecer no sofá lá de casa, mas será muito grave se
nos acontecer na estrada.
A falta de apetite também
é um sintoma de quem sofre de estresse. E o extremo oposto, o de comer por
comer, também. Estas desordens na alimentação, na hora de circular com o
veículo, são como a gasolina para o fogo: sem uma dieta saudável não é possível uma condução segura
O medo é outra consequência que podemos encontrar
numa situação de estresse. Sigamos a cadeia: queimamos tantos recursos que nos
encontramos mal. Estamos cansados, ficamos com dores de cabeça, dores
articulares e musculares… Não, não estamos bem. E, além disso, não nos
alimentamos como deveríamos para repor as forças. Por outro lado, a situação
que nos estressa fica como está, ainda que nós, que não somos tolos, nos
vejamos em inferioridade de condições para superar os problemas. E sentimos,
portanto, o medo. E esse medo leva ao nervosismo, à irritabilidade e à
agressividade, estados todos eles incompatíveis com uma condução segura.
Logicamente deteta-se uma
falta de atenção
nas pessoas que sofrem de estresse. A congeminação converte-se no exercício
preferido do estressado, e isso significa que não é assim que tem que estar
quando se senta ao volante. As distrações e os esquecimentos aumentam. Cresce
também o número de ocasiões em que o condutor estressado se dá conta de que se
enganou no caminho e, como vai nervoso, tenta refazer a sua rota da maneira
mais rápida possível, ainda que não seja a forma mais segura de proceder.
Recomendações para
conduzir sem estresse
Como em todos os casos em
que o corpo não nos responde adequadamente, é indispensável fazer uma paragem
nas boxes pedida pelo organismo. A decisão de ir consultar o médico é de vital
importância tanto para determinar as causas do estresse como para procurar uma
solução para o problema.
Entretanto…
Não se pode
consumir drogas nem álcool enquanto se
conduz um veículo. E é necessário vigiar muito atentamente a toma de medicamentos que possam afetar
a condução. Numa situação de estresse, quando não estamos a
100%, o que faltaria mesmo seria tomar substâncias que nos prejudicassem ainda
mais as nossas capacidades. Não se pode esquecer que quando sofremos de
estresse a nossa percepção das coisas pode não se ajustar à realidade, assim
como um pequeno gole ou uma pastilha que nos relaxe nos parecerá uma
brincadeira de crianças quando na realidade não o é.
A prática de
desporto pode ser uma boa terapia contra o
estresse. Uma atividade qualquer que nos motive afastar-nos-á mentalmente da
fonte das nossas preocupações, pelo que o nosso corpo terá tempo para se
recuperar.
Isto é óbvio. Na
condução, evitar
engarrafamentos, na medida do possível, é uma forma boa de
afastar a ameaça do estresse. Mas como isso nem sempre é possível, devemos
sempre pensar que por muitos atalhos que haja, chegaremos da mesma forma ao
destino. Talvez cinco minutos mais tarde, mas esse atraso existirá sempre, com
ou sem a nossa preocupação, pelo que não vale a pena enervarmo-nos.
De fato, acima de tudo é necessário uma mudança na forma de
encarar as coisas. Quando uma situação não tem remédio é inútil
preocupar-se com ela. E quando tem solução, o pior que podemos fazer até que
esse remédio funcione é estressarmo-nos, uma vez que ao preocuparmo-nos
excessivamente a única coisa que fazemos é cansarmo-nos física e mentalmente e
perdemos recursos para fazer frente ao problema. No que respeita à condução,
convém pensar que se nos tranquilizarmos chegaremos ao nosso destino, enquanto
se nos deixarmos levar pelo nervosismo poderemos não chegar lá inteiros.
Estimulo visual
É surpreendente como a nossa atitude ao volante
pode normalmente ser bastante
condicionada pelos sinais visuais explícitos ou implícitos que
captamos à nossa volta.
Sempre achei bastante
engraçado ver como os carros quando circulam próximo de um veiculo da policia
se tornam-se de repente muito respeitadores e bastante educados: até ligam o
pisca para qualquer mudança de via, circulando a uma velocidade bastante
razoável, sempre cedendo a passagem a outros veículos…! até mesmo parando nas passadeiras dos peões!
Mas estes carros que por
uns instantes são um exemplo vivo de educação ao volante, são os mesmo que
pouco depois pisam no acelerador a fundo no preciso momento em que o veiculo da
policia necessita de virar para uma outra rua, fazendo de tudo e passando todos
os amarelos que forem necessários para recuperar o tempo que perderam a fazer de
“bom condutor”.
Com os motoristas que vão
em motas brancas e vestem fatos amarelos florescentes passa-se uma coisa
bastante semelhante. O medo de que ele leve o livro das multas no bolso faz com
que a maioria dos condutores adoce a sua conduta na presença desta misteriosa
figura que, por via das duvidas, preferimos ver sempre como um agente da
autoridade. O mesmo sucede de igual modo, com os carros parados nas laterais de
qualquer estrada… afrouxamos travando, não vá ser um radar…
Sempre fico com atenção a
estes pequenos detalhes, e a verdade é que dando voltas à cabeça, fazem com que
me questione muito seriamente se a melhor camuflagem consiste em utilizar
carros civis normais para que não sejam associados a veículos da policia, ou
dar a volta completa ao assunto.
Podem simplesmente
imaginar quais dos carros que andam na via pública, os que foram
obrigatoriamente marcados como sendo os carros da GNR, e os que entre deles o
são realmente? Não tenho a mais mínima dúvida de que o simples facto de
sentir-se a ameaça em cada um dos veículos que nos rodeiam faria que, “apenas
por acaso”, todo o mundo respeitasse as normas e fossem um pouco mais cívicos
ao volante.
Gravidez e volante
Todos os anos os
acidentes de trânsito causam entre 200 e 700 abortos. Na verdade, entre 2% a 3%
das mulheres grávidas vêem-se envolvidas num acidente durante a gravidez. Ainda
que estar grávida não seja incompatível com viagens de carro há que ter em
mente algumas dicas de protecção para mulheres grávidas, pois a falta de
informação é precisamente o principal problema das mulheres grávidas em relação à condução.
O cinto de segurança
Deve utilizar sempre, a
não ser que o médico tenha aconselhado explicitamente outra alternativa. O
cinto superior deve passar entre o peito e o cinto inferior tão baixa quanto
for possível, evitando a pressão directa sobre o abdómen. Se este ajuste causar
incómodo, existem no mercado dispositivos de retenção do cinto de segurança que
evitam a sua deslocação.
O airbag
O accionamento do airbag
não é perigoso se este tiver uma distância mínima entre 20 a 25 centímetro, já
que o bloco não dispara sobre o abdómen, mas contra o peito e a cabeça.
Movimentação de veículos
Nas últimas semanas de
gravidez geralmente a condução é desaconselhada, mas pode ser transportada em
carros. Depois do parto, será o medico a estabelecer qual é o momento adequado
para regressar a conduzir veículos.
O que fazer em caso de
acidente?
Assim que possível
visitar o médico para evitar qualquer complicação no processo de gestação
Posição de condução
Que a maioria dos
condutores não ajustam
correctamente os encostes de cabeça, é já um clássico que
podemos ler e ouvir habitualmente nas diversas fontes de informação. O que
não se ouve com tanta frequência é que muitas pessoas regulam mal todo o seu assento,
incluindo o encosto lombar e a distância dos pedais.
Nestas circunstâncias o
condutor força a sua posição no volante, cansa-se
mais, o que torna menor a sua capacidade de manobra, expondo-se
a possíveis lesões graves e inclusive, em caso de colisão pode impedir o correcto funcionamento do airbag. De seguida mostramos as
três posições incorrectas mais frequentes ao volante, segundo o
Club Automóvel Alemão (ADAC):
Posição incorrecta 1.
Encolhido
Posição incorrecta 2.
Esticado
Posição incorrecta 3. Com
uma mão
Posição correcta para
conduzir
Em oposição, a posição
correcta para conduzir, de acordo com a instituição alemã, seria algo como
mostra a imagem seguinte:
A distância e altura do
acento (1)
devem permitir o fácil acesso aos pedais e a correcta visualização da
informação que precede o condutor, cujos olhos devem de estar a meio da altura
do pára-brisas. A parte frontal do assento estará um pouco atrás do joelho e a
uma altura que não pressione a parte de trás das pernas.
O encosto lombar (2) deve estar colocado
tão vertical quanto possível deixando as costas totalmente assentadas sobre
ele.
A posição do volante (3) deve ser alta,
permitindo que o condutor situe os seus pulsos altos, sem que os seus ombros se
separem da parte superior do encosto lombar.
O encosto de cabeça (4), ao contrário do que o
seu nome indica, não serve para encostar a cabeça, assim, deverá situar-se a
uma distância mínima do condutor e sempre fazendo coincidir a parte superior da
cabeça com o ponto mais alto deste dispositivo de segurança.
Medo de conduzir
o porquê da
amaxofobia. Estima-se que cerca de
8,5 milhões de pessoas sofrem com o medo de conduzir em determinadas
circunstâncias relacionadas com o clima, densidade de tráfego, condução
nocturna e novas rotas, para nomear alguns exemplos.
Assim sendo, um terço dos
condutores sente medo de conduzir e existem alguns dados curiosos, como o fato
de que a percentagem de mulheres com amaxofobia é quase o dobro em relação aos
homens. O medo de
conduzir é um distúrbio no qual os afetados sofrem em
silêncio e que afeta a autoestima do mesmo, mas que pode ser superado com a
ajuda de um especialista.
Os factores que
influenciam a amaxofobia são diversos, mas há alguns aspectos comuns
às pessoas afetadas, como por exemplo a predominância do distúrbio em mulheres acima de 40 anos,
geralmente com carta de condução há mais de 15 anos, mas que não conduzem com muita frequência ou,
inclusive, tenham desistido de conduzir.
É comum que essas pessoas
sintam inicialmente medo logo após obterem a carta de condução, e o problema é
desencadeado especialmente se eles sofreram ou testemunharam um grave acidente
de viação ou agindo pessoas inseguras, porque eles precisam para controlar
múltiplas facetas de sua vida, incluindo a condução.
A
amaxofobia afecta sobretudo as pessoas que ficam com medo pela falta de controlo,
são inseguras e muitas vezes sofrem
de estresse e depressão. O distúrbio também tende a ocorrer em
pessoas que deixaram de conduzir por um determinado período de tempo e
que padecem de outras
fobias, como o medo de voar ou de espaços fechados.
Falamos também de pessoas muito responsáveis, auto
exigentes, perfeccionista, que necessitam de alguém para cuidar
deles e que gostam de ter todas as variáveis possíveis sob seu controle, incluindo a
condução. Qual é o problema? O problema acontece quando imprevistos interrompem
a sua ordem, e assim a insegurança ataca. Além disso, a amaxofobia macho geralmente surge após os 60 anos e está ligada à redução da aptidão
física e mental.
Ao sentir o
mínimo dos risco, os amaxófobos preferem não conduzir, tornando-os pessoas
muito dependentes e acostumadas a mudar continuamente de planos.
Consequentemente, eles sentem-se frustrados, tristes, desamparados e com baixa
autoestima, especialmente porque não compreendem o motivo porquesofrem do medo de
conduzir e não sabem como superá-lo.
Os amaxofóbicos que e veem forçados a conduzir, fazem-no com
ansiedade, nervosismo, sentindo palpitações e as palmas das mãos suadas.
Mais de metade das
pessoas que sofrem de amaxofobia passam a conduzir de forma esporádica,
realizando sempre as mesmas
rotas e evitam situações que os façam sentir mais
inseguros, como por exemplo conduzir em autoestradas, rodovias com tráfego intenso ou durante a noite.
Tal como acontece com
outros distúrbios semelhantes, o
medo da condução pode ser tratado com a ajuda de um
psicólogo especializado em fobias. O primeiro passo é tomar consciência do
problema e procurar ajuda junto de um professor rodoviária ou, dependendo do
caso, junto da família, para a ganhar confiança durante a condução. Além disso,
se a amaxofobia está relacionada com acidente de viação, você poderá necessitar
de procurar ajuda para o stress pós-traumático.
Estas são apenas algumas
das conclusões do segundo estudo realizado pelo Instituto de Segurança
Rodoviária da FUNDAÇÃO MAPFRE acerca do medo de conduzir medo, para encontrar
denominadores comuns em pessoas que sofrem amaxofobia e compreender melhor o
distúrbio, com o intuito de tratá-lo correctamente e ajudar
preveni-lo.
Os motivos pr
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