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terça-feira, 8 de abril de 2014

ENCICLOPEDIA DO CONDUTOR 2


Cada vez que aceleramos bruscamente o motor consome mais combustível e produz mais CO2. Porque cada vez que travamos bruscamente submetemos a um esforço adicional todos os sistemas de travagem e suspensão, bem como as rodas e pneus. Acelerar fortemente para acabar por travar logo após uns segundos é deitar dinheiro fora. Não vale a pena. A curto prazo, a suavidade ao volante é economia para o nosso bolso. A longo prazo, a suavidade ao volante é vida para o veículo.

8. Tente antecipar-se ao tráfego.

Desta forma evitaremos os extremos a que nos referimos no ponto anterior. Para antecipar-se é essencial manter sempre uma distância razoável em relação aos restantes veículos, observar e entender o que nos rodeia e decidir e atuar o quanto antes, para evitar que as situações nos apanhem desprevenidos.

9. Mude a velocidade o mais cedo possível.

As velocidades mais longas (4ª, 5ª e 6ª) são as que menos combustível consomem, segundo dados da Comissão Europeia. Claro que de nada servirá passar a uma velocidade longa se nos empenhamos em acelerar bruscamente para recuperar a velocidade a todo o custo depois de ter mudando de velocidade. A ideia é que mudemos de velocidade para relaxar o motor, fazendo-o trabalhar ao mínimo regime de rotação possível.

10. Considere a possibilidade de partilhar o automóvel para ir trabalhar ou durante o seu tempo livre.

Desta forma se reduz o tráfego e o consumo de combustível. Quando várias pessoas partilham uma necessidade de mobilidade, o mais inteligente é economizar recursos. Procurar desculpas peregrinas é sinónimo de enveredar pelo consumo irracional. Se se puder fazer e todos os ocupantes forem pessoas honradas, limpas e asseadas, porque não partilhar a viagem?

Conselhos de bolso para benefício da nossa bolsa. Nem mais, nem menos

Apps e uso

A utilização de apps para ajudar na condução está a ter uma grande adesão por parte dos condutores portugueses, seja derivado à maior oferta de apps, seja pela maior penetração dos smartfones no mercado móvel.

Atualmente é possível descarregar aplicações sobre quase tudo o que se relaciona com a condução, com o trânsito, com as zonas em obras, até permite selecionar os melhores trajetos, os mais económicos ou os mais rápidos.

Uma área onde a oferta era mais limitada era a da condução considerada mais avançada, fosse na vertente defensiva, fosse na vertente ecológica, mas diversas empresas começaram a desenvolver e apresentar propostas nessas áreas.

Por intermédio de módulos de aprendizagem em vídeo, o instruendo tem a oportunidade de obter novos conhecimentos ou relembrar-se dos mesmos, atualizando os seus conhecimentos relativamente às técnicas e práticas de condução automóvel.

Outras aplicações mais viradas para a vertente ecológica e de economia de combustível, e já agora porque não de redução do desgaste da viatura, estão a ser colocadas à disposição do público em geral, permitindo que seja possível economizar nas suas deslocações diárias.

A metodologia de funcionamento por detrás destas apps é geralmente a que o condutor interessado descarrega para o smartfone, lê, aprende e depois ao conduzir aplica esses conhecimentos.

No entanto algumas essencialmente as que monitorizam a eficiência da condução na vertente dinâmica e que por isso estão ligadas ao GPS, informam em tempo real as opções do condutor em virtude das alterações de velocidade mais brusca ou suaves.

Boa utilização das apps


Estas aplicações podem ser uma grande ajuda se a informação disponibilizada seja simples, intuitiva e relevante, pois como a Ferrari referia para os seus modelos de competição, informação que não cumpra esses critérios são distração.

Voltando às apps para ajudar na condução, como em qualquer formação específica estas demonstram um conjunto de técnicas que possibilitam ao condutor melhorar o seu desempenho na estrada, possibilitando o aumento do nível segurança ao de todos.

A qualidade da circulação automóvel, a também chamada fluência do trânsito, acaba sendo beneficiada com uma consciencialização dos automobilistas para não conduzirem de forma impulsiva e agressiva.

Utilize as apps de forma responsável, algumas técnicas ensinadas são de utilização exclusiva em manobras de recurso, para evitar acidentes ou reduzir a gravidade de acidentes inevitáveis, mas nunca numa condução normal.

O bom uso dado às apps desenvolvidas para ajudar na condução, depende em primeiro lugar do criador da aplicação que deverá torna-la o mais clara e intuitiva possível mas, na minha opinião, nunca pode ser descurada a vertente prática.

Após sabermos a teoria e o porquê de como algo funciona de determinada forma, deveremos passar à prática e nada melhor que fazê-lo num espaço próprio e principalmente acompanhado de quem sabe. Utilize os serviços das escolas de condução defensiva existentes no país.

Coimas pelo uso durante a condução


Em 2012 foram 55.000 condutores os autuados em Portugal, pela utilização do telemóvel durante a condução. O que se traduz numa média de 150 coimas por dia, estes são dados oficiais apurados pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR).

A infração de conduzir ao utilizar telemóvel é considerada grave, de acordo com o Código da Estrada, e sancionado com uma coima mínima de 120 euros. Um valor já significativo, representa cerca de 25% do ordenado mínimo português.

O Código da Estrada, no seu artigo 84.º, determina que é proibido “ao condutor utilizar, durante a marcha do veículo, qualquer tipo de equipamento ou aparelho suscetível de prejudicar a condução, a não ser que estejam equipados com auricular-mono ou sistema de alta voz, e cuja utilização não implique manuseamento continuado”.

Se anteriormente a maioria dos condutores autuados estavam a falar ao telemóvel, atualmente são cada vez mais os casos de utilização não só para o envio de SMS, mas para consultar e actualizar os perfis em páginas socias.

Como é possível que tantos condutores continuem a ser apanhados em situações que todos sabem de antemão que gerará coimas? Será que o proveito ou prazer de utilizar os equipamentos e respetivas aplicações se sobrepõem aos custos?

Altruismo rodoviario

A segurança rodoviária está e tem inicio na atitude e comportamentos rodoviários de cada condutor.

Um condutor, seja ele qual for, tem uma evolução na sua prestação, que percorre três estados; Principiante, Confiante e Alarmante. Este três “estados” não têm fronteiras ou demarcações, não sendo portanto possível determinar ou avaliar o seu momento exato de transição ou se este já aconteceu. Existem casos em que nunca se chega a sair do primeiro “estado”, com abordagens ao terceiro “estado”, e outros em que nunca chegam a conhecer o segundo “estado”, passando de imediato para o terceiro.

Em todos estes “estados” a prestação rodoviária pode ser discreta, não condicionando o trânsito e a sua segurança, no entanto muitas são as vezes em que essa mesma prestação é provocadora de conflitos vários, levando ao sinistro. Para melhor percebermos do que se está a debater, e o seu alcance na segurança rodoviária, vamos identificar os três “estados” como:

Principiante

Todo o condutor que se encontra numa fase de aprendizagem no manejo de uma viatura.

Confiante

Todo o condutor que está convencido ter o controlo total da atuação da sua viatura.

Alarmante

Todo o condutor que se apresente na via publica, demonstrando julgar ser o único a transitar nessa mesma via.

Este é o momento em que cada um de nós se encontra a pensar e a autodefinir em que “estado” nos encontramos. Este é o momento em que grande parte dos leitores se incluí no segundo “estado”, o do confiante, aquele que está certo do seu total domínio do veículo.

Na verdade e como foi referido anteriormente, não é possível determinar, em concreto,  em que “estado” estamos a determinado tempo. A verdade é que estamos envolvidos neles todos a determinado momento. A saber:

Principiante


Associamos esta fase da nossa vida de condutor ao facto de sermos encartados à pouco tempo. Este tempo é definido como os três primeiros anos de carta, uma vez que é neste período temporal que o condutor está integrado no “carater provisório” previsto por legislação em vigor. Acontece que muitos são os condutores que não efetuam prática de condução continuada, levando mais tempo a sair desta primeira fase pela razão dos recém encartados.

Mas, e os condutores cuja data de aquisição de carta de condução já excedeu esses primeiros três anos provisórios, também podem ser integrados no “estado” principiantes? A resposta é sim.  Ou seja, sempre que um condutor, por mais experiencia que tenha, se coloque  aos comandos de uma viatura diferente daquela a que está habituado ou para a qual está “formatado”, não deixa de ser um principiante.

E não o deixa de ser, pois também ele vai ter um período de adaptação à nova viatura, nomeadamente à sua sensibilidade e comportamentos. Afinal existem diferenças de comportamentos de veículos. Basta para tal observarmos fatores como; suspensão, travões, ponto de embraiagem, distância entre eixos, centro de gravidade, visibilidade de dentro para o exterior do veículo, dimensão do veículo, dimensões dos pneumáticos, tipo de veículo, etc…

Afinal não podemos ignorar o facto de muitos acidentes ocorrem pela razão de muitos condutores aplicarem o mesmo tipo de condução nas mesmas circunstancias a veículos tecnicamente diferentes e com reações muito distintas.

Confiante


Este é o “estado” em que grande parte dos condutores se julgam situar. Ou porque já têm carta de condução à muitos anos, ou porque conduzem regularmente ou porque a necessidade de afirmação social assim o exige. Na verdade tal confiança deve existir porque é necessária. No entanto deve ser moderada e quantitativamente controlada, não atingindo o excesso.

Tal não acontecendo, como muitas vezes se verifica, pode dar origem á realização de manobras mal calculadas ou deficientemente realizadas, em muitos casos com resultados catastróficos. Este “estado” requer e exige dos condutores um saber-estar e saber-fazer de elevada qualidade, afim de diminuir a possibilidade de erro.

Alarmante


Este é um “estado” quase extremo e que facilmente é atingível pelo condutor principiante, pelo confiante e por um condutor mais veterano, aquele cuja idade já lhe condiciona os canais de recolha de informação (visão, audição, etc…), assim como a noção de posição na via.

O “estado” alarmante é facilmente alcançado pelo condutor principiante que não consegue abstrair-se da ansiedade que o acompanha inicialmente, levando-o a cometer erros que podem fazer a diferença entre dar-se ou não o acidente. esta situação acontece, essencialmente, na fase do “desmame” do novo condutor. aquele período em que deixa de andar acompanhado pelo formador e passa  a estar sozinho.

Uma vez conquistada a confiança, muitos são os condutores que se acham “os melhores condutores do mundo” e, abandonando os bons comportamentos rodoviários, projetam-se para um estilo de condução agressivo, que coloca em perigo eminente os utilizadores da via publica. Já alguns condutores de idosa idade, não fazendo regra, abraçam o “estado” alarmante, uma vez  que as suas condições psicofísicas se encontram, de certo modo, debilitadas.

Tal exige dos outros condutores um alerta redobrado e uma conduta mais altruísta e da classe médica uma atenção mais profunda na avaliação das condições físicas e psicológicas dos candidatos à renovação da sua carta de condução.

A segurança rodoviária é uma atitude do condutor que requer comportamentos cívicos e tolerantes.

Mau estado das vías…

Algum tempo atrás aconteceu-me um caso surpreendente. Digamos que, para ir do ponto A ao ponto B (cerca de 25 km) podia escolher entre dois caminhos. O primeiro é uma estrada com bom asfalto e em que você pode manter uma velocidade mais ou menos constante de 90 km/h, com relativa facilidade.

A segunda opção, uma estrada secundária com o piso destruído pela passagem de centenas de camiões diários, com muitas curvas, mas onde também pode ser mantida uma velocidade mais ou menos constante de cerca de 60 km/h.

Com a segunda opção poupo alguns quilómetros e um controverso cruzamento para juntar-se a estrada nacional. Claramente, por ser menos perigoso e com menos percurso,compensava-me fazer a minha viagem por essa segunda opção, mesmo com os solavancos e o facto de ser um pouco menos confortável.

Como observo consistentemente todas as despesas do veículo, apercebi-me de que ao longo dos dias, o consumo tinha aumentado ligeiramente. Eu culpabilizava o facto com o nível de conhecimento que tinha dessa estrada ou que talvez a minha condução fosse um pouco mais rápida, mas para descobrir com certeza, eu comecei a fazer a viagem pela primeira opção, a estrada nacional.

Para minha surpresa, o consumo foi inferior, muito mais em linha com a média do veículo. Cheguei então à conclusão de que o estado da estrada de alguma forma influenciou o consumo do veículo e veja onde, nos dias de hoje, eu encontrei uma notícia que o confirma.

De acordo com um estudo realizado pela Associação Espanhola de Fabricantes de Misturas Asfálticas (Asefma), as estradas em mau estado elevam o consumo de combustível dos veículos em 34% e diminuem a sua vida útil em até 25%.

Eu não tenho outra escolha a não estar um pouco cético relativamente aos valores, principalmente vindo de alguém que se dedica ao asfalto. Todos já fizemos algo no arredondamento de valores, para melhorar um pouco os resultados. Mas o que está claro é que talvez a falta de manutenção das estradas têm um efeito nocivo sobre os nossos veículos e a nossa segurança.

Eu ia dizer que, logicamente, os amortecedores são os primeiros itens a sofrer mais nos veículo durante a condução diária em terrenos acidentados. Mas no momento eu pensei que quando a sua substituição é realmente necessária torna-se uma das não resolvidas na manutenção de veículos, pois quantos de vocês mudaram os amortecedores antes que na inspeção obrigatória lhes dissesse que deveriam de mudar? Quantos os mudaram antes dos 100.000 kms? Quantos fazem a revisão a cada 40.000 km em busca de derrames ou mau funcionamento?

A ver se teremos sorte e com o novo investimento em manutenção concedido pelo Governo, o carro me dura um pouco mais, pois ainda não é a hora de mudar por muito que outros modelos me pisquem o olho.

Stress e condução

O estresse é um estado do organismo que se baseia num pedido extraordinário de capacidades físicas ou psicológicas para desenvolver uma atividade de forma pontualmente mais eficaz. Em qualquer reportagem sobre o tema que toda a gente vê à hora da sesta observamos o estresse no animal que aguarda o momento certo para saltar sobre a sua presa. Nesses momentos, o bicho em questão carrega-se de estresse para conseguir uma saída imediata que lhe permita lutar para alimentar-se. Então, consumado o banquete, o estresse desaparece e fica guardado para a próxima ocasião em que seja necessário.

Visto assim, o estresse em si não é algo mau, mas sim algo que faz parte da Natureza. O ser humano funciona de forma semelhante: nós estressamo-nos para conseguir um maior rendimento. Mas este maior rendimento tem uma consequência lógica: a fadiga. Portanto, quando o estresse se torna uma situação pontual é um inconveniente. O estresse continuado é uma fonte de problemas quando se combina com uma atividade que requer concentração, como a condução de um veículo. Neste texto abordamos o estresse continuado, o ‘mau’, aquele que é incompatível com a condução.

Como causas de estresse externas à pessoa temos pontos tão diferentes como a temperatura, a umidade ambiental, a existência de eletricidade estática, o ritmo do tráfego, o ruído… As causas internas têm a sua base na tensão emocional e na incapacidade de desligar mentalmente das preocupações. Isto leva a uma série de consequências que há que ter bem controladas quando nos sentamos ao volante.

Uma das consequências fisiológicas do estresse é a midríase. Os olhos adaptam-se para captar mais luz, pelo que as pupilas dilatam-se e por esse motivo, a visão geral vê-se afetada uma vez que a luz ambiente magoa muito mais e dificulta a focagem dos objetos a curta e média distância.

Não parece o melhor estado para se sentar ao volante de um veículo, pois não? O estresse cansa. Ao pedir ao corpo para trabalhar acima das suas possibilidades ficamos sem recursos. A fadiga e o cansaço aumentam. E o cérebro, que de tolo não tem nada, tentará preservar a nossa saúde desconectando o nível de consciência e deixando-nos num estado de descanso para recuperar forças. Dito em bom português, ficaremos adormecidos. Isto não está mal de todo se nos acontecer no sofá lá de casa, mas será muito grave se nos acontecer na estrada.

A falta de apetite também é um sintoma de quem sofre de estresse. E o extremo oposto, o de comer por comer, também. Estas desordens na alimentação, na hora de circular com o veículo, são como a gasolina para o fogo: sem uma dieta saudável não é possível uma condução segura

O medo é outra consequência que podemos encontrar numa situação de estresse. Sigamos a cadeia: queimamos tantos recursos que nos encontramos mal. Estamos cansados, ficamos com dores de cabeça, dores articulares e musculares… Não, não estamos bem. E, além disso, não nos alimentamos como deveríamos para repor as forças. Por outro lado, a situação que nos estressa fica como está, ainda que nós, que não somos tolos, nos vejamos em inferioridade de condições para superar os problemas. E sentimos, portanto, o medo. E esse medo leva ao nervosismo, à irritabilidade e à agressividade, estados todos eles incompatíveis com uma condução segura.

Logicamente deteta-se uma falta de atenção nas pessoas que sofrem de estresse. A congeminação converte-se no exercício preferido do estressado, e isso significa que não é assim que tem que estar quando se senta ao volante. As distrações e os esquecimentos aumentam. Cresce também o número de ocasiões em que o condutor estressado se dá conta de que se enganou no caminho e, como vai nervoso, tenta refazer a sua rota da maneira mais rápida possível, ainda que não seja a forma mais segura de proceder.

Recomendações para conduzir sem estresse


Como em todos os casos em que o corpo não nos responde adequadamente, é indispensável fazer uma paragem nas boxes pedida pelo organismo. A decisão de ir consultar o médico é de vital importância tanto para determinar as causas do estresse como para procurar uma solução para o problema.

Entretanto…

Não se pode consumir drogas nem álcool enquanto se conduz um veículo. E é necessário vigiar muito atentamente a toma de medicamentos que possam afetar a condução. Numa situação de estresse, quando não estamos a 100%, o que faltaria mesmo seria tomar substâncias que nos prejudicassem ainda mais as nossas capacidades. Não se pode esquecer que quando sofremos de estresse a nossa percepção das coisas pode não se ajustar à realidade, assim como um pequeno gole ou uma pastilha que nos relaxe nos parecerá uma brincadeira de crianças quando na realidade não o é.

A prática de desporto pode ser uma boa terapia contra o estresse. Uma atividade qualquer que nos motive afastar-nos-á mentalmente da fonte das nossas preocupações, pelo que o nosso corpo terá tempo para se recuperar.

Isto é óbvio. Na condução, evitar engarrafamentos, na medida do possível, é uma forma boa de afastar a ameaça do estresse. Mas como isso nem sempre é possível, devemos sempre pensar que por muitos atalhos que haja, chegaremos da mesma forma ao destino. Talvez cinco minutos mais tarde, mas esse atraso existirá sempre, com ou sem a nossa preocupação, pelo que não vale a pena enervarmo-nos.

De fato, acima de tudo é necessário uma mudança na forma de encarar as coisas. Quando uma situação não tem remédio é inútil preocupar-se com ela. E quando tem solução, o pior que podemos fazer até que esse remédio funcione é estressarmo-nos, uma vez que ao preocuparmo-nos excessivamente a única coisa que fazemos é cansarmo-nos física e mentalmente e perdemos recursos para fazer frente ao problema. No que respeita à condução, convém pensar que se nos tranquilizarmos chegaremos ao nosso destino, enquanto se nos deixarmos levar pelo nervosismo poderemos não chegar lá inteiros.

Estimulo visual

É surpreendente como a nossa atitude ao volante pode normalmente ser bastante condicionada pelos sinais visuais explícitos ou implícitos que captamos à nossa volta.

Sempre achei bastante engraçado ver como os carros quando circulam próximo de um veiculo da policia se tornam-se de repente muito respeitadores e bastante educados: até ligam o pisca para qualquer mudança de via, circulando a uma velocidade bastante razoável, sempre cedendo a passagem a outros veículos…! até mesmo parando nas passadeiras dos peões!

Mas estes carros que por uns instantes são um exemplo vivo de educação ao volante, são os mesmo que pouco depois pisam no acelerador a fundo no preciso momento em que o veiculo da policia necessita de virar para uma outra rua, fazendo de tudo e passando todos os amarelos que forem necessários para recuperar o tempo que perderam a fazer de “bom condutor”.

Com os motoristas que vão em motas brancas e vestem fatos amarelos florescentes passa-se uma coisa bastante semelhante. O medo de que ele leve o livro das multas no bolso faz com que a maioria dos condutores adoce a sua conduta na presença desta misteriosa figura que, por via das duvidas, preferimos ver sempre como um agente da autoridade. O mesmo sucede de igual modo, com os carros parados nas laterais de qualquer estrada… afrouxamos travando, não vá ser um radar…

Sempre fico com atenção a estes pequenos detalhes, e a verdade é que dando voltas à cabeça, fazem com que me questione muito seriamente se a melhor camuflagem consiste em utilizar carros civis normais para que não sejam associados a veículos da policia, ou dar a volta completa ao assunto.

Podem simplesmente imaginar quais dos carros que andam na via pública, os que foram obrigatoriamente marcados como sendo os carros da GNR, e os que entre deles o são realmente? Não tenho a mais mínima dúvida de que o simples facto de sentir-se a ameaça em cada um dos veículos que nos rodeiam faria que, “apenas por acaso”, todo o mundo respeitasse as normas e fossem um pouco mais cívicos ao volante.

Gravidez e volante

Todos os anos os acidentes de trânsito causam entre 200 e 700 abortos. Na verdade, entre 2% a 3% das mulheres grávidas vêem-se envolvidas num acidente durante a gravidez. Ainda que estar grávida não seja incompatível com viagens de carro há que ter em mente algumas dicas de protecção para mulheres grávidas, pois a falta de informação é precisamente o principal problema das mulheres grávidas em relação à condução.

O cinto de segurança


Deve utilizar sempre, a não ser que o médico tenha aconselhado explicitamente outra alternativa. O cinto superior deve passar entre o peito e o cinto inferior tão baixa quanto for possível, evitando a pressão directa sobre o abdómen. Se este ajuste causar incómodo, existem no mercado dispositivos de retenção do cinto de segurança que evitam a sua deslocação.

O airbag


O accionamento do airbag não é perigoso se este tiver uma distância mínima entre 20 a 25 centímetro, já que o bloco não dispara sobre o abdómen, mas contra o peito e a cabeça.

Movimentação de veículos


Nas últimas semanas de gravidez geralmente a condução é desaconselhada, mas pode ser transportada em carros. Depois do parto, será o medico a estabelecer qual é o momento adequado para regressar a conduzir veículos.

O que fazer em caso de acidente?


Assim que possível visitar o médico para evitar qualquer complicação no processo de gestação

Posição de condução

Que a maioria dos condutores não ajustam correctamente os encostes de cabeça, é já um clássico que podemos ler e ouvir habitualmente nas diversas fontes de informação. O que não se ouve com tanta frequência é que muitas pessoas regulam mal todo o seu assento, incluindo o encosto lombar e a distância dos pedais.

Nestas circunstâncias o condutor força a sua posição no volante, cansa-se mais, o que torna menor a sua capacidade de manobra, expondo-se a possíveis lesões graves e inclusive, em caso de colisão pode impedir o correcto funcionamento do airbag. De seguida mostramos as três posições incorrectas mais frequentes ao volante, segundo o Club Automóvel Alemão (ADAC):

Posição incorrecta 1. Encolhido


Nesta posição o condutor não tem margem de manobra para movimentos, pelo que isso aumenta a sua fatiga e diminui a capacidade de manobra do veículo. Por outro lado, o condutor situa-se demasiado perto do airbag.

Posição incorrecta 2. Esticado


Invalida o funcionamento do encosto das costas e cabeça. Em caso de colisão, o condutor pode sofrer desde uma lesão por golpe de chicote cervical até um deslocamento. Os braços esticados impedem-no de realizar manobras rápidas com o volante.

Posição incorrecta 3. Com uma mão


Reduz a possibilidade de manobra de todo o volante a um só ponto, quer seja superior ou inferior. Desta forma, qualquer actuação repentina sobre o volante não terá a precisão necessária por parte do condutor.

Posição correcta para conduzir


Em oposição, a posição correcta para conduzir, de acordo com a instituição alemã, seria algo como mostra a imagem seguinte:


A distância e altura do acento (1) devem permitir o fácil acesso aos pedais e a correcta visualização da informação que precede o condutor, cujos olhos devem de estar a meio da altura do pára-brisas. A parte frontal do assento estará um pouco atrás do joelho e a uma altura que não pressione a parte de trás das pernas.

O encosto lombar (2) deve estar colocado tão vertical quanto possível deixando as costas totalmente assentadas sobre ele.

A posição do volante (3) deve ser alta, permitindo que o condutor situe os seus pulsos altos, sem que os seus ombros se separem da parte superior do encosto lombar.

O encosto de cabeça (4), ao contrário do que o seu nome indica, não serve para encostar a cabeça, assim, deverá situar-se a uma distância mínima do condutor e sempre fazendo coincidir a parte superior da cabeça com o ponto mais alto deste dispositivo de segurança.

Medo de conduzir

o porquê da amaxofobia. Estima-se que cerca de 8,5 milhões de pessoas sofrem com o medo de conduzir em determinadas circunstâncias relacionadas com o clima, densidade de tráfego, condução nocturna e novas rotas, para nomear alguns exemplos.

Assim sendo, um terço dos condutores sente medo de conduzir e existem alguns dados curiosos, como o fato de que a percentagem de mulheres com amaxofobia é quase o dobro em relação aos homens. O medo de conduzir é um distúrbio no qual os afetados sofrem em silêncio e que afeta a autoestima do mesmo, mas que pode ser superado com a ajuda de um especialista.

Os factores que influenciam a amaxofobia são diversos, mas há alguns aspectos comuns às pessoas afetadas, como por exemplo a predominância do distúrbio em mulheres acima de 40 anos, geralmente com carta de condução há mais de 15 anos, mas que não conduzem com muita frequência ou, inclusive, tenham desistido de conduzir.

É comum que essas pessoas sintam inicialmente medo logo após obterem a carta de condução, e o problema é desencadeado especialmente se eles sofreram ou testemunharam um grave acidente de viação ou agindo pessoas inseguras, porque eles precisam para controlar múltiplas facetas de sua vida, incluindo a condução.

A amaxofobia afecta sobretudo as pessoas que ficam com medo pela falta de controlo, são inseguras e muitas vezes sofrem de estresse e depressão. O distúrbio também tende a ocorrer em pessoas que deixaram de conduzir por um determinado período de tempo e que padecem de outras fobias, como o medo de voar ou de espaços fechados.

Falamos também de pessoas muito responsáveis, auto exigentes, perfeccionista, que necessitam de alguém para cuidar deles e que gostam de ter todas as variáveis ​​possíveis sob seu controle, incluindo a condução. Qual é o problema? O problema acontece quando imprevistos interrompem a sua ordem, e assim a insegurança ataca. Além disso, a amaxofobia macho geralmente surge após os 60 anos e está ligada à redução da aptidão física e mental.

Ao sentir o mínimo dos risco, os amaxófobos preferem não conduzir, tornando-os pessoas muito dependentes e acostumadas a mudar continuamente de planos. Consequentemente, eles sentem-se frustrados, tristes, desamparados e com baixa autoestima, especialmente porque não compreendem o motivo porquesofrem do medo de conduzir e não sabem como superá-lo. Os amaxofóbicos que e veem forçados a conduzir, fazem-no com ansiedade, nervosismo, sentindo palpitações e as palmas das mãos suadas.

Mais de metade das pessoas que sofrem de amaxofobia passam a conduzir de forma esporádica, realizando sempre as mesmas rotas e evitam situações que os façam sentir mais inseguros, como por exemplo conduzir em autoestradas, rodovias com tráfego intenso ou durante a noite.

Tal como acontece com outros distúrbios semelhantes, o medo da condução pode ser tratado com a ajuda de um psicólogo especializado em fobias. O primeiro passo é tomar consciência do problema e procurar ajuda junto de um professor rodoviária ou, dependendo do caso, junto da família, para a ganhar confiança durante a condução. Além disso, se a amaxofobia está relacionada com acidente de viação, você poderá necessitar de procurar ajuda para o stress pós-traumático.

Estas são apenas algumas das conclusões do segundo estudo realizado pelo Instituto de Segurança Rodoviária da FUNDAÇÃO MAPFRE acerca do medo de conduzir medo, para encontrar denominadores comuns em pessoas que sofrem amaxofobia e compreender melhor o distúrbio, com o intuito de tratá-lo correctamente e ajudar preveni-lo.
Os motivos pr

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