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sábado, 6 de dezembro de 2014

REAÇAO 3

Elas são a intensidade (a atenção é mais facilmente atraída para estímulos que se apresentam com uma intensidade mais elevada); o contraste (a atenção é despertada mais facilmente quanto mais contrastantes forem os estímulos); o movimento (a atenção é facilmente dirigida para objectos ou pessoas em movimento); e a incongruência (a atenção é mais facilmente atraída para coisas que são absurdas, pouco usuais, ou que não seguem a ordem natural do que julgamos ser correcto em determinadas situações).

No entanto, a atenção dos condutores não é unicamente condicionada pelos factores externos e pelas características que estes estímulos apresentam. A atenção também pode ser controlada por factores endógenos, ou seja, originados no ser humano. Considere-se alguém que está concentrado a conduzir. A certa altura este condutor recorda-se de um assunto que ficou por tratar, passando a partir daí a dar mais atenção aos seus pensamentos do que à própria tarefa de condução. Nestes casos, a atenção é dirigida de forma voluntária e consciente, sendo orientada pelos seguintes factores: a motivação do indivíduo; a experiência anterior; e o contexto.

Quando se fala de atenção fala-se também dos processos pelos quais é possível os seres humanos seleccionarem a informação, manterem a atenção durante determinados períodos de tempo e dividirem-na por mais do que uma tarefa. Na verdade, todos estes processos entram em acção quando estamos a conduzir.
A atenção selectiva é o processo pelo qual os estímulos são seleccionados de entre os diversos que podem estar presentes no envolvimento. Este processo de selecção envolve a capacidade para escolher e integrar estímulos específicos e assegura igualmente que a informação recebida e processada posteriormente é a mais relevante para a realização da tarefa de condução. Imagine-se um indivíduo a conduzir. Diversos são os estímulos que chegam aos seus órgãos sensoriais, mas ele selecciona para tratamento somente a informação que lhe será necessária para realizar a condução. Por este motivo é que, ao passar no centro de uma cidade, ele observa os carros à sua frente e as trajectórias que realizam, desprezando completamente outros pormenores presentes no envolvimento como as cores das casas ou a sua arquitectura. 6


Durante a condução pode acontecer que este indivíduo não dirija a sua atenção somente para esta tarefa, realizando outras em simultâneo, como por exemplo falar com o passageiro que segue com ele no carro, ou até falar ao telemóvel. Quando isto acontece pode falar-se de atenção dividida pois trata-se da capacidade de estar atento a dois ou mais eventos ou estímulos que se apresentem de forma simultânea. Durante a realização de uma única tarefa, o condutor dedica certa quantidade de recursos atencionais para capturar a informação importante do envolvimento. Quando se realiza mais do que uma tarefa em simultâneo, aumenta a quantidade de recursos atencionais que o sujeito tem de despender para as efectuar. Esses recursos devem então ser divididos pelas duas tarefas para que ambas sejam realizadas convenientemente. O que acontece frequentemente quando se realizam duas tarefas em simultâneo é que as exigências atencionais de ambas as tarefas são superiores às capacidades do condutor, e por muito que este se esforce a realiza-las em simultâneo, é humanamente impossível que as duas sejam desempenhadas na perfeição. Quando as exigências das tarefas são superiores aos recursos que o indivíduo consegue disponibilizar, é frequente verificar um declínio no seu desempenho que pode prejudicar a tarefa de condução e impedir que o condutor detecte uma informação que pode ser essencial para a realização segura da mesma.

Depois do estímulo ser detectado passa para uma segunda fase intitulada de identificação. Esta segunda fase inicia-se depois de ter sido dada atenção à informação presente no envolvimento e o processo subsequente, que se denomina igualmente por percepção, é o processo activo pelo qual os seres humanos transformam a informação sensorial (que chega aos sentidos) em informação com significado. Nesta fase existe então uma interpretação dos estímulos que chegam aos sentidos. Esta interpretação está intimamente dependente das experiências passadas uma vez que quando alguém atribui significado a determinada informação sensorial, o que faz é uma comparação com experiências anteriores criando um mapa mental de determinada situação ou evento. É através da percepção que os indivíduos interpretam e organizam as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao meio e é através destas interpretações que fazem da realidade que fundamentam as suas acções, o seu comportamento.
MANUAL DO ENSINO DA CONDUÇÃO FT [3] [256] [16]

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